As estrelas que ouvem

O laço que nos une

Corte primaveril

Feyre P.O.V

Mais uma manhã sem nenhuma inspiração para que eu pudesse passar para a tela de pintura, todas as paisagens que eu observo e guardo na memória para pintar, de repente pareciam inadequadas, elas não representavam o que se passava em minha vida. Levantei daquele jardim que era o limite do que a liberdade que Tamlin me fornecia me deixava ir, o sol já não tão agradável eu meu rosto, caminhando para dentro daquela casa, meu coração já começava a palpitar mais rápido só de lembrar das cobranças de Ianthe sobre os preparativos do casamento, pelo caldeirão, essa mulher não sabe o significado de privacidade.

Quando cheguei a sala Tamlin estava se preparando para sair juntamente com Lucien, pelo visto iam resolver mais algum problema com as nagas, o que, ultimamente, faziam com frequência.

- Já está indo? - perguntei tomando coragem para falar o que eu mais queria. - eu posso ir com você dessa vez? Eu não aguento mais a Ianthe falando sobre os preparativos, já está tudo encaminhado mas ela sempre acha algo para resolver.

- É melhor ficar em casa Feyre, eu não irei demorar, caso queira fugir um pouco da grã-sacerdotisa vá para sala de pintura e use das tintas novas que trouxe para você. - Ele nem mesmo olhou no meu rosto enquanto arrumava seu boldríe. - caso não queira pintar pode pedir a alguém que cele seu cavalo, assim pode cavalgar até o limite do bosque.

- Mas eu não aguento mais ficar nos limites de casa. - suspirei sabendo que eu estava travando uma batalha perdida. - queria ver lugares novos, quem sabe assim eu consiga pintar quadros novos, nada mais aqui me dá aquele ânimo em pintar.

- Sinto muito, a sua segurança vem em primeiro lugar e assim fico mais tranquilo para cuidar dos assuntos da corte. - depois dessa eu sabia que já não adiantava falar mais nada. - prometo que volto logo, tudo bem?

Ele me deu um beijo na testa depois que eu assenti, enquanto ele saia por aquela porta novamente sem mim eu olhei para Lucien.

- Desculpa Feyre, eu vou continuar conversando com ele sobre esse assunto, ele só está preocupado depois de tudo o que aconteceu. - assenti novamente sem nem ao menos falar mais.

Depois que eles saíram fui para o meu quarto, aquele que está sendo o meu refúgio até Ianthe e todas as pessoas que estava a ajudando invadissem meu quarto. Mas não deu tempo nem de jogar meu corpo no colchão que soou a batida na porta.

- Senhorita? Podemos continuar os preparativos? - era Ianthe novamente, revirei os olhos antes de virar e olhar pra ela. - falta apenas 1 semana para o casamento, e precisa estar tudo certo.

- Sacerdotisa, já não tem mais o que ver ou preparar. A senhora já não tinha dito que tudo estava em ordem?

- Se me permite dizer, como futura mulher de nosso grão senhor é importante que tudo siga perfeito até o final do dia esperado. - ela que me desculpe, mas hoje eu não abriria mão de ficar sozinha.