1. Oi, Itália.

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Lá estava eu, dentro de um avião indo para a Itália. Eu não acreditava que isso estava acontecendo, mas, estava. Meus avós moram em Marina Pequena, Ilha Capri e já fazia cerca de dois anos que eu não os visitava. E sempre que eu ia, era com os meus pais — Mas, eles se foram.
— Atenção, passageiros. Coloquem os cintos que o avião está prestes a decolar. Boa viagem a todos!
Ah, era a aeromoça. Eu tenho um pavor desta parte, só que antes mamãe me acalmava e agora, só estou eu, aqui, sozinha.
Tenho que afastar estes pensamentos, vovó não gostaria que eu chegasse lá assim.
Estou morrendo de saudades do Bidu, um cachorrinho que meu avô adotou quando eu tinha dez anos. Ele é pequeno, tem um pelo castanho claro igual à achocolatado.
Certo dia, eu estava dormindo em meu quarto — Lilás e cheio de florezinhas coladas no teto — e quando eu acordo, vejo Bidu deitado na minha poltrona amarelo claro. Foi à cena mais linda do dia para mim, e uma das melhores lembranças da minha vida.
Tem também o quiosque da praia, que era um lugar onde meus pais me levavam quando estávamos por aqui. Jogávamos xadrez por horas em "nossa mesa" de vista para a praia e pequenas palmeiras ao lado. Gostava tanto destas tarde ensolaradas, que não tinha vontade nenhuma de sair de lá. Éramos apenas meus pais e eu.
— Sentirei saudades — Sussurrei baixinho, para que a mulher ao meu lado não escutasse.
Acho melhor eu descansar um pouco. São oito horas da manhã, e eu nem dormi direito noite passada.
Quando me dou conta, já estou de olhos fechados pegando no sono.

Acabo de acordar, quando olho orelógio do celular percebo que faltam vinte minutos para aterrissar. E vejotambém, uma mensagem de minha avó e dos meus amigos: Enrico e Micael. Abro aprimeira de vovó.

"Netinha querida, falta muito para chegar? Eu e seu avô estamos com uma vontade enorme de te ver".

Ah, que fofa! O que eu vou responder?

"Oi! Já estou quase chegando sim. Não vejo a hora de abraçar vocês também. Beijos!"

Agora, a de Enrico e Micael.

"Já chegou gatinha? Eu já estou morrendo de saudade, mesmo que você tenha partido agora de manhã".

Esse era o menino dos cabelos loiros, olhos verdes e a pele morena que nem cacau: Micael. Ele parece que tem uma quedinha por mim, mas não! Ele trata todas as garotas assim e tem uma quedinha especial pela aquela garota do nono ano: Melissa.

"Oi, meu bem! Já estou quase chegando e também estou com muita saudade de você. Vou ver se nas férias de verão, eu vou poder ir te visitar. Prometo!"

Agora, a de Enrico.

"Oi! Mande fotos do Bidu para mim o.k., Didi? Saudades!"

Mas, é claro. Nunca vi alguém gostar tanto de um cachorro que nunca viu — além das fotos. Enrico tem cabelo castanho, olhos azuis e pele branca feito neve.

"Oi, Enri! Mando sim! E, por favor, não me peça fotos dele todo dia viu mocinho? Saudades também".

Já vou aterrissar. Que rápido.
Eu saio do avião, com a minha mochila; minha bolsa para o necessário; minha almofada de pescoço e meu celular.
Entrei no aeroporto de Nápoles, e retirei minhas malas. Eu estava com duas, pois eu não era muito vaidosa, mas, minha avó fazia questão de deixar o meu quarto e tudo que eu vestisse mais bonito.
Quando sai pela porta de vidro, me deparei com um táxi aproximadamente a vinte metros de mim, do modo que eu caminhasse até ele.
— Olá! Tudo bem, senhorita? — Perguntou o motorista me observando pela janela do carro.
— Sim, — respondi sorridente. —bem, você cobra quanto uma corrida daqui até o Porto de Sorrento?
— Você quer ir para a Ilha Capri?— Comentou colocando a mão sobre o painel do carro.
— Sim! Marina Pequena, especificadamente. — Discursei entusiasmada.
— Cinco euros! — Respondeu rapidamente.
— Tudo bem posso pagar. Mas antes, me ajude com essas malas? — Perguntei apontando para a maior, de cor azul com colagens das minhas viagens pela Europa.
— Claro! — Respondeu saindo do carro e me ajudando.
Depois de colocarmos as malas no carro, partimos em direção ao Porto de Sorrento.

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