9. Amizades, Amores e Basquete

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1 semana depois
Cá estou sentada em uma das arquibancadas do ginásio de Marina Pequena, assistindo o jogo de basquete entre Marina Grande e uma escola de Anacapri. O time do Matteo está vencendo de 20 a 9, porém ainda existe uma diversão no meu ver, já que os garotos que estão perdendo correm de lá para cá, tentando tocar na bola.
Apenas um garotinho de mais ou menos 1,50 de altura, conseguia fazer alguma cesta.

O garoto, pelo que ouvi, pertencia à sétima C de um colégio de Anacapri e se chamava Julian Palmieri.
Era dono de um par de olhos azuis acinzentados brilhantes e tinha um lindo cabelo castanho claro. Além de sua beleza inquestionável, sua família era de grande nome e importância na Ilha, todavia ele nunca se gabou por isso, diferente de alguma garota que conheci em um colégio por ai.

O jogo continuava a rolar e... Wow! Matteo faz uma cesta de três pontos e o mesmo, roda seus olhos nas arquibancadas para me encontrar e quando me acha, dita algumas palavras que pela minha burrice, não consigo entender.

A última semana para mim tinha sido uma loucura total desde colégio ao treino de tênis.
Ah, quase vou me esquecendo de dizer: fui convocada para o campeonato de tênis. O professor Ravi havia convidado alguns treinadores italianos para decidir quem iria para os jogos e por "sorte", eu acabei passando.
Sorte está entre aspas porquê Ana Violet Lembo também passou, e, tudo indica que eu e ela joguemos em dupla.
Enfim, tenho que me manter positiva porque eu e Matteo nos aproximamos mais um pouquinho.
Ele me encontrou no Quiosque no domingo à tarde, e, no final de tudo, assistimos o pôr do sol na praia juntos... E de mãos dadas.

— Diane! — Mônica chega aos prantos fazendo com que eu me assuste. — Tenho algo muito sério para te dizer.

— Oi, para você também! — exclamei sarcástica. — diga-me. — ofereci a mesma um lugar vago ao meu lado na arquibancada.

— A Lúcia está espalhando fofocas sobre você! — sua expressão era de pavor e surpresa ao mesmo tempo.

— Entendi. Mas, você sabe o porquê? — minha curiosidade foi maior que minha importância.

— Pelo que rumores apontam, no final do ano passado ela e o Seu Grimaldi acabaram ficando. — ela prosseguiu. — E também, pelo que rumores apontam, ela está espalhando por ai que você é uma talarica das grandes e que só pega homem namorando. — a fofoca bombástica acaba de chegar ao fim e minha pessoa tenta disfarçar desimportância.

Lúcia é uma garota de cabelo liso escorrido castanho claro e tem um lindo par de olhos azuis gelo.
Quando cheguei ao colégio, pude perceber o ar de falsidade e nojo quando a garota chegava aos lugares. Parece exagero meu, porém estava certa desde o início.

— Eu não ligo muito para o que ela diz, Mônica.

— Como não? — a menina parecia indignada com minha resposta. — Ela está falando poucas e boas e você não faz nada?

— Vamos lá fora um pouco? — cortei aquela conversa chata e séria. — Estou aqui desde as oito e quinze da manhã.

— Tudo bem. Vamos.

[...]

— Na minha opinião, o colégio Alberto Sordi tem os garotos mais bonitos da Ilha. — Arianna confere seu cabelo loiro na câmera do celular.

— Que besteira, Arianna. — Lívia entra na conversa.

— Ari, eu também sou muito lindo, não acha? — Giulio implora atenção da garota. Eles estão brigados desde que ele foi ao aniversário de uma garota em Anacapri e não avisou a sua linda namorada.

— Nem comece. — Seca e ríspida foi à resposta dela.

— Chega né gente? — Isabel interrompe aquela conversa melosa e sem sal de casal brigado. — Vamos falar de coisa boa.

— O que você sugere Isabel? — meu melhor amigo pergunta com sua voz calma e serena.

— Matteo e Diane, claro. — Isabel responde empolgada.

Fazem apenas alguns dias que minhas amigas se acostumaram com a ideia de mim e Matteo juntos. Ele também está se esforçando bastante para conseguir a aprovação delas, como nos levar para dar uma volta no parque ou passar a tarde jogando futebol no campinho.

— Galera, eu vou lá dentro ver qual jogo está rolando.

— Acabei de vir de lá e a disputa está entre um colégio de Marina Pequena e outro de Anacapri. — Silvério foi ágil com sua resposta, porém continuou a falar: — E, aliás Pietro, você sempre foge quando alguém coloca Matteo e Diane em uma única conversa. O que tá acontecendo contigo?

— Nada, seu idiota. — Ele dá um soco de leve no garoto. — To indo lá pra dentro mesmo assim. Fui! — o mesmo começa a caminhar para dentro do colégio sem dizer mais nada.

— Escroto. — Lívia revira os olhos e diz: — Mas, como vai você e o Matteo?

— Está tudo ótimo e falando nele, olha ele aí. — meu menino vem em nossa direção com aquele sorriso brilhante e seu par único de olhos castanhos.

— Eai, garotas. — o mesmo coloca a mão no ombro direito de Isabel. — Oi, Minha Preciosa. — seus braços me agarram em um ritmo lento, e sua boca, molha minha testa de sabonete barato com um beijo. — Preciso falar com você a sós.

— Vamos, meninas. — Mônica dialoga e gesticula com Isabel e Lívia.

— Aconteceu alguma coisa, Matteo? — pergunto curiosa, porém com receio de ter feito algo que não tenha agradado ele.

— Aconteceu, mas não é algo muito sério. — seu rosto está sereno e tranquilo.

— O que deu? — me sento na calçada e ele me acompanha.

— Você já ouviu alguém comentando sobre um rolo que eu tive com a Lúcia, no final do ano passado? — aquela pergunta me pegou desprevenida.

— Já sim. — minha afirmação o fez passar a mão em seus fios castanhos, mas em forma de nervosismo.

— Olha realmente a gente ficou, porém agora eu só quero você. — ele pega uma de minhas mãos, e, beija.

— E quando você vai me pedir em namoro?

— Nossa, mas você é direta pra caramba. — seu questionamento fez inúmeras teorias surgirem em minha cabeça, como: ele não está interessado em mim e está só me usando. — Mas, você tem que se acalmar. Eu tenho que melhorar meus estudos e endireitar minha vida, entende?

— Como assim? — fiquei curiosa e anseio por mais.

— Você vai entender mais lá pra frente, linda. — ele se levantou e esticou a mão. — Enquanto isso, vamos para meu jogo, que vai começar em 10 minutos.

— Tá bom. — peguei em sua mão e me levantei também.

Sua mão passa por trás do meu pescoço enquanto caminhamos para dentro do colégio.
Eu estou apaixonada por ele, mas têm coisas que saem de sua boca, que simplesmente, não fecham.

[...]

Oie, pessoal!

Mil perdões pela demora em publicar mais um capítulo.
É que eu estava com alguns problemas.

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