20. Vida Leve

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Oiie! Vou deixar o nome da playlist do livro aqui nos comentários!
Boa leitura meus amores!

Passaram-se algumas semanas desde o que houve na festa.
Já estou estudando novamente em Marina Pequena, depois de tanto tempo. Estava morrendo de saudades dos meus amigos, e na segunda feira, depois da festa, minha avó me levou para fazer a minha rematrícula.
Além disso, estou me dando melhor com vovó e vovô. Eles não estavam nem um pouco felizes com o meu namoro com Matteo, então depois do término me desculpei com eles. Agora estou me relacionando melhor com os idosos.
Semana passada os pais de Matteo foram presos. Minha avó estava certa desde o início. Eles foram responsáveis por milhares de roubos e assassinatos, e tudo que Matteo me dizia era pura mentira. Os carros que ele tinha eram roubados, as casas eram todas conquistadas através de lavagens de dinheiro, as profissões e tudo mais eram mentira. Tudo era mentira. Matteo foi para um orfanato, porém irá ficar lá por pouco tempo. Ele completa dezoito daqui a alguns meses e só assim poderá sair de lá.
Lívia, que estava namorando com ele e estudando em Marina Grande, voltou para o nosso colégio e ficou de castigo por tempo ilimitado. Não por ter feito isso comigo, mas sim por ter namorado um bandido. Minha avó, graças a Deus, não fez isso.
Outra novidade maravilhosa é que voltei a falar com os meus meninos. Micael levou um pé na bunda do grupo e veio correndo atrás do Enrico. Não achei uma atitude legal essa do Micael, todavia eu o conheço e sei que não vai acontecer de novo. Eles me disseram que estão planejando vir me visitar nas férias de verão, logo após a prova final. Estou tão contente que nem consigo me controlar.

— Você já escolheu sua profissão para a faculdade? — me pergunta Daniele.

— Não sei, na verdade. — paro de mexer no celular e olho para ele. — Até ano passado, eu detestava estudar. Ainda detesto, mas é menos agora.

— Eu quero ser programador de jogos. — Giulio sorri.

— Eu não sei o que quero fazer ainda. — Pietro se aproxima da nossa mesa e me abraça por trás. — Bom dia Diane.

— Olha o casal do ano! — grita Mônica do outro lado da sala.

— Para sua boba! — grito enquanto retribuo o abraço colocando minhas mãos nos braços dele. — Bom dia.

— Qual que é a primeira aula? — pergunta ele enquanto me solta. — Só sei que temos prova de Matemática hoje.

— PROVA DE MATEMÁTICA? — grita Giulio assustando todo mundo. — MÔNICA! ME AJUDA! — ele sai correndo atrás dela.

O sinal toca e todos vão aos seus lugares. Eu voltei a me sentar ao lado de Pietro, algo que me fazia tão bem e eu tinha esquecido.
A professora de Ciências entra e a aula começa.

[...]

— Diane, vamos! — Pietro se levanta para ir ao recreio. — To com fome.

— Tá bem, vamos. — saímos andando em direção ao refeitório. — Posso te dizer uma notícia maravilhosa? — pergunto.

— Notícia maravilhosa? Pode, sim!

— Meus amigos vêm me visitar nas férias de verão! — digo empolgada.

— Ah, sério? Que bom. — ele olha para os lados tentando me evitar. — Micael e Enrico né?

— Sim! Você não tá feliz? — pergunto.

— Ah, sei lá. Se já me disse que o Micael gostava de você. — ele me olha quando chegamos ao refeitório.

— Ah, é sério que você tá preocupado com isso? — me jogo em seus braços rindo. — Eu nunca vou te trocar por eles. É sério! — saio do seu abraço ainda rindo.

— Eu fico feliz. — ele beija minha testa. — Agora vamos comer? O pessoal tá esperando a gente.

— Tá bem.

Andamos um pouco até chegar ao refeitório, onde estava o pessoal. Hoje a comida era sanduíche de queijo com suco. Eu amo! Senti até falta da comida.

— Gente, mas assim, a conta da Mônica deu duzentos e dois e do Giulio deu seiscentos e vinte nove. — riu Arianna. — Não faz sentido!

— Que? É sério isso cara? — pergunta Pietro rindo. — Você é um esperto mesmo. — ele da um soquinho no Giulio.

— A sua deu quantos? — Giulio diz gesticulando e sorrindo. — Hein espertão?

— Quarenta e um. — o grupo todo ri. — O que que tem? A pelo amor de Deus. — o menino ri também.

— Diane. — ouço uma voz feminina me chamar. — Posso falar com você? — olho para o lado e vejo Lívia parada vestindo uma saia comprida cor de rosa com fenda e um cardigan de cerejas.

— Não, não pode. — todos a encaram irritados.

— Por favor. — Ela me olha.

— Tá, tá! — me levanto irritada.

Vamos até a escada para conversar, contra a minha vontade.

— O que você quer? Já não acha que acabou com a minha vida o suficiente? — pergunto mais irritada do que antes.

— Diane, me perdoe. Por favor. — ela pega em minha mão, mas eu não deixo.

— Me solte. Não toque em mim.

— Diane, por favor. Eu sou sua melhor amiga, se lembra? Naquela tarde, do dia da festa, eu não sabia o que fazer. Era notável que naquele dia eu iria te perder e perdi. — vejo lágrimas em seus olhos.

— Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você. — olho para fora. — A culpa não é minha se você resolveu escolher um amor momentâneo em vez da melhor amiga. — meus olhos voltam a cair sobre ela. — Não me procure mais, por favor. Estou melhor sem você. — desço as escadas, mas ela me chama.

— Mas eu estava errada. Eu era tanto o monstro quanto a garota triste. Não conseguia separar os dois. — ela desce e pega em minha mão. — Me dá outra chance Diane e eu vou te mostrar que eu sou uma boa pessoa. Eu morro de saudades suas. — ela chora que nem um bebê.

— Não ouse dizer que sente saudades daquilo que escolheu perder. Eu amava a sua companhia, você sabe disso. Mas, depois daquela noite, eu vi que não significo nada para você. E pela última vez, não volte a falar comigo nunca mais, entendeu? Sinto sua falta todos os dias, mas me especializei em negar sua ausência. — saio andando e ouço as lágrimas abafadas vindo dela.

Eu não quero voltar a falar com ela. Se ela me traiu uma vez, corro o risco de ocorrer de novo. Não posso me distrair com nada nos próximos meses, pois essa semana começo a treinar para o campeonato de tênis que ocorre em julho nas férias de verão. Fora a prova final é em menos de um mês. Estou ansiosa.

— Tudo certo Baixinha? — Pietro me olha e pergunta enquanto me aproximo da mesa.

— Sim, tudo sim. — eles se levantam. — Já bateu o sinal? Nem percebi.

— Já, faz um tempo. — Pietro envolve sua mão em minha cintura e vamos para dentro da sala de aula. Agora vamos ter História.

[...]

— Pietro! — chamo aos espantos enquanto ele saía da sala.

— O que houve? — sua voz está assustada. — Não me chame desse jeito, você sabe que me preocupo.

— Desculpa! — pego em sua mão. — O que acha de ir ao treino comigo hoje de novo? Tenho que começar a treinar para o Campeonato de Verão e sua companhia me ajuda.

— Claro, sim. Sinto sua falta todas as vezes que vou dormir. — ele pisca para mim.

— Oxe, mas tu me vê quase todo dia! — rio.

— Quase. — ele ressalta. — Você é minha rotina e te amar é minha rotina preferida. — ele sorri.

Ás vezes olho para ele e me pergunto como é que tive tanta sorte.

Capítulo mais de leve depois do turbilhão!

Made in ItáliaOnde histórias criam vida. Descubra agora