🐰Heyo~
Um capítulo pitico para saciar minha vontade de postar rsrs
Na realidade esse capítulo ia ser maior, mas decidi dividir ele em dois capítulos, já que ainda não terminei a outra parte, então o próximo vai sair mais rápido que esse! :3••
O garoto encarava o teto da enfermaria enquanto chupava um pirulito de morango, o qual roubou do pote que a enfermeira guardava para os mais novos. Havia se deitado ao Ymir lhe trazer e, de fato, cochilado por mais ou menos 20 minutos. Nesse meio tempo havia sido como se tivesse tido, mais uma vez, um longo pesadelo. Sua mente ainda estava repleta de "Preciso salva-los. Preciso ser forte. Vai dar tudo certo se for assim." , mas Eren ainda se perguntava, tal como em todas as vezes em que possuía esses pensamentos rondando sua cabeça, como se fosse uma vontade distante de alguém que jamais conheceu.
Ele se questionava quem ele precisava tanto salvar, pois era desesperador a maneira com a qual pensava sobre salvar essas pessoas. Era, de certa forma, agonizante de tal maneira que tirava sua fome e sono.
Ele se questionava para o que precisava ser forte. O que era essa situação que exigia tanto de si, a ponto de chorar e sofrer sozinho, como era em alguns de seus sonhos.
Se questionava o que ia dar certo, o que precisava ser "daquela maneira".
Eram coisas tão confusas para si que, por um momento, desejava entender porque tinha aqueles sonhos e aqueles pensamentos, eram tão esquisitos e não faziam sentido algum. Era como se tudo fossem lembranças, mas sabia que jamais tinha vivido aquilo, afinal, era demasiado surreal para alguém viver e sobreviver aquelas condições. Certo?
Um suspiro alto escapou de sua garganta e ele segurou com força o cabo do pirulito, o girando na boca enquanto tentava afastar todos aqueles pensamentos e questionamentos loucos.— Sonhos são apenas sonhos, Eren. Só isso. — repetiu para si mesmo, se sentando na maca e olhando o relógio em seu pulso. Havia se ausentado por uma hora, mais ou menos, era o suficiente para informar que estava melhor e voltar para o festival. Não iria perder nada por conta de uns pesadelos.
O moreno então voltou a sala, confirmando que estava bem após uma hora de descanso, por isso tinha direito de curtir o evento até que este tivesse acabado. Afinal, haviam sido dias e dias de preparação para tudo, não queria perder e nem deixar os amigos na mão.
O moreno servia os clientes, comendo e fazendo palhaçadas como sempre, também dançou com seus amigos até dizer chega, até mesmo havia caído de bunda no chão quando segurou Historia no colo e Floch pegou a si no colo, não aguentando o peso e caindo por cima das flores. Haviam levado um bom esporro, mas eram memórias boas e registradas todas por Carla, que fez questão de fotografar cada pequeno momento de seu menino sorridente.
Eren estava bem, alegre e sorria demonstrando a Zeke, Reiner e Carla que podia claramente ficar por ali e também ajudar na arrumação. Mesmo tendo que insistir quando sua mãe disse que o levaria para casa mais cedo e Historia começou a concordar, preocupada como era, mas o garoto se negava a deixar seus amigos arrumarem tudo, estava bem, não era de vidro e não iria quebrar. Então, por fim, após muito debate, ficou após o festival acabar e apenas seguiu seu caminho quando fecharam a escola, indo junto com seus amigos pelo caminho até terem que se separar, já que Historia iria para a casa de Ymir e Floch morava para a mesma direção que a morena, sem contar que eles ainda pegariam o trem. Então seguiram para a estação e ele, confirmando mais uma vez a sua amiga loira que estava bem, seguiu para o lado oposto, já que ainda tinha chão até sua casa.
Entretanto, como se pagasse sua língua dizendo toda hora que estava perfeitamente bem, foi nesse momento, sozinho andando pela rua, que sua cabeça começou a doer como nunca, seus olhos piscavam numa tentativa frustrada de afastar a dor que somente aumentava, tirando seus sentidos. Os olhos verdes se fechavam com força antes de abrir novamente, mas a cada vez que fazia isso a dor somente piorava, a cada flash sentia como se não soubesse mais diferenciar o que era sua imaginação e o que era a realidade em que estava.
Isso claro, até abrir os olhos e encarar os dois faróis vindo em sua direção, foi quando notou que aquela era a realidade atual.
••••Levi saiu tarde do festival, apenas para garantir de que Eren sairia bem dali. E ele parecia bem, energético como sempre, isso era um alívio para ele e para Armin, que também acabou ficando para observar um tanto o amigo do qual tinha tanta saudade.
Para Armin, foi como se mais uma chance brilhasse nesse futuro que tinham, onde não havia nenhum titan e não estavam em constante guerra, em constante perigo. Aqui poderiam viver sem se preocupar em Eren correndo para a linha de frente, fugindo de suas mãos.
— Esta tudo bem se ele não se lembrar, sabe? Mas ainda sim... quero poder fazer parte de sua vida de novo. — dizia Armin para Levi, enquanto o mesmo dirigia em direção ao apartamento onde moravam, Erwin já havia ido embora em seu próprio carro e já que Armin morava com Mikasa no mesmo conjunto de apartamentos, resolveu leva-lo. Possuíam realmente um bom relacionamento, o garoto morava com sua sobrinha no andar abaixo do seu, o imóvel sendo presente do mais baixo para a Ackerman, já que, ironicamente, havia renascido na família de Mikasa, desta vez como parente próximo. Era irmão mais novo da mãe da garota.
— Eu sinto que minha tarefa mais difícil vai ser entrar na vida dele nova... — sua frase fora corta assim que o mesmo freou bruscamente, fazendo o loiro ao seu lado se assustar quando olhou para frente, somente os faróis do carro iluminavam aquela rua deserta e escura, mas podia ver claramente Eren parado bem a frente do carro, os olhos verdes arregalados em direção ao carro preto que parou a centímetros de si, por pouco não o acertando. Levi saiu do carro praticamente correndo, quase ficando preso pelo cinto de segurança - algo que faria Armin rir, se não fosse a situação, já que o todo certinho Levi Ackerman só perdia a compostura quando se tratava de Jaeger. O loiro seguiu o ato alheio e saiu do carro também, indo em direção ao garoto que havia caído de joelhos ao chão, provavelmente pelo susto.
— Ei, você está bem? — Armin foi o primeiro a se pronunciar, mesmo que Levi já estivesse ao lado de Eren, o segurando para ergue-lo, já que o mesmo parecia sequer se aguentar de pé.
— Achei que havia melhorado. — murmurou o garoto, ainda meio paralisado no mesmo lugar. A cabeça latejando mais uma vez, enquanto seus olhos mal se aguentavam abertos. — Voltou do nada e... — murmurava, sem realmente completar o raciocínio. Se é que ainda conseguia ter um diante da situação em que se encontrava.
— Vem, vamos te levar para o hospital. — foi a primeira coisa que conseguiu pronunciar ao erguer o corpo maior que o seu, os olhos negros fixados no garoto a cada movimento que este fazia. Ia o levando para o carro, até ver a expressão horrorizada de Eren, que começou a murmurar algo que o Ackerman simplesmente não entendia. — Oe, Eren, o que foi?
— Eu... Não quero ir ao hospital. Não gosto de hospitais! — afirmou o mesmo, apertando as roupas de Levi e as puxando enquanto era colocado no banco traseiro.
— Certo. — o mais velho demorou um tanto para responder, ainda meio concentrado nas mãos que lhe agarravam como se precisasse de si, como antes. Balançou então sua cabeça, afastando as mãos macias de si enquanto soltava um longo suspiro, se afastando do garoto e olhando para a rua deserta. — Onde é a sua casa? — questionou enquanto fechava a porta traseira, voltando para seu lugar no banco do motorista. Notando a falta de resposta, voltou seu olhar ao mais novo pelo espelho retrovisor, o encontrando de olhos fechados, caído contra o banco. — Eren?
— Acho que ele desmaiou... Só não sei se foi de dor ou de cansaço. — constatou Armin, que ainda estava do lado de fora do carro e seguiu até a porta traseira, a abrindo para ajeitar o garoto no banco traseiro, deitando seu corpo de uma maneira que não se machucasse caso Levi freasse ou coisa do tipo. — O que vai fazer? Ligar para Zeke?
— Sim, mas antes vamos levar ele para casa. — murmurou, fazendo sinal para que o loiro entrasse logo no carro, o vendo obedecer.
— Sabe onde ele mora? — arqueou a sobrancelha, muito confuso com a nova informação.
— Não. — respondeu, tornando Armin ainda mais confuso e curioso. Entretanto, o mesmo não teve sequer tempo de questionar o que estava pensando quando Levi apenas ligou o carro, dando partida. — Vou leva-lo para minha casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinados | RIREN [hiatus]
FanfictionReencontrar pessoas de sua vida passada ou até mesmo se lembrar de tal, provavelmente é uma coisa que não faz parte da maior parte das crenças. E Eren nunca acreditou nisso, ao menos em sua primeira vida, jamais pensou que poderia se lembrar de sua...