Destinados | RIREN [hiatus]

Festival Escolar - Parte 1

Eren definitivamente se arrependia de ter dito que faria tudo da forma como História queria, era óbvio que ela abusaria do fato de que o melhor amigo era fraco quando a mesma usava seu olhar de cachorrinho abandonado. Sequer Ymir conseguia lidar com ele, como ele poderia? E, claro, caso deixasse a loira triste, teria sua cara socada pela namorada da mesma, também sua amiga. Isso lhe dava o total de 0 coragem para recusar qualquer pedido.

E era por isso que estava agora vestindo um vestido de Maid, deixando uma das garotas mexer em seus cabelos longos, ficando feliz por, ao menos, não ter que usar uma peruca naquele festival. Entretanto, mesmo após ser forçado a usar rímel incolor e um pouco de blush, se recusou a usar o batom vermelho vibrante que Ymir havia escolhido "especialmente para si".

— Você é um monstro, sai de mim! — brincou, correndo para o canto da sala quando Ymir o perseguia com o batom, fazendo um X com seus braços a frente de seu corpo para "defender-se". — HISTÓRIA SEGURA ELA! — gritou, vendo as outras meninas rirem de si. Não obteve ajuda nem do único cara no local, sendo este Floch, que ainda lhe encarava com um sorrisinho, cara de quem não iria lhe ajudar por estar muito ocupado, rindo de si, obviamente. Olhou para o lado e subiu no parapeito da janela, levando dois dedos até a testa, fazendo um gesto para Ymir. — ASTA LA VISTA, BABY! — gritou, pulando da janela naquele momento e, consequentemente, notando que não havia pensado muito e esquecido que a janela era no segundo andar, acabou caindo em cima de um cara que passava, afinal, era o começo do festival e o local já estava cheio. Por mais irônico que fosse, mesmo tendo certeza de que havia caído com tudo em cima do moreno, quando abriu seus olhos, os quais fechou por impulso ao cair, apenas se viu no colo daquele estranho, que sequer havia se movido mais que apenas um passo para trás ao segura-lo contra seu corpo. Seus olhos lhe encaravam e, por um momento, Eren não conseguia simplesmente desviar o olhar, isso até ouvir um assobio, vindo de Floch com certeza, e um grito de "EREN TA LOUCO, QUERIA MORRER?", obviamente vindo de Ymir. — Puta que pariu... — resmungou, recebendo um olhar repreensível do homem que ainda o segurava e naquele momento, de maneira que não conseguiu entender, sentiu a necessidade de se desculpar, como quando acabava xingando a frente de Carla ou de Zeke. O que era estranho.

— Não deveria pular do segundo andar assim, garoto. — foi tudo o que o mais velho falou, o tom grave fez todo o corpo do menino se arrepiar enquanto ele apenas se soltava do corpo alheio, um tanto nervoso ao se curvar.

— Eu sinto muito! Esqueci que estávamos do segundo andar e cai em você, sinto ter causado problemas, senhor... — disse tudo rapidamente, ainda de cabeça baixa e, ao ae levantar, pigarreou com o olhar fixo em si. — Venham a minha sala depois, é a única no segundo andar com um ruivo com cara de delinquente na porta, irei lhes dar algo por minha conta, obrigado mais uma vez. — olhou finalmente para o loiro alto ao lado de seu "salvador" e se curvou para ele também, abrindo um enorme sorriso. Tentou ser o mais gentil possível embora se sentisse mais envergonhado por ter ido parar no colo de um desconhecido e, pior de tudo, não ter achado tão estranho assim estar naquela posição a alguns segundos atrás.

— EREEEN~ — a voz estridente cantarolou e as orbes verdes duplicaram de tamanho quando viu Floch, já de terno, vindo atrás de si com o batom e um sorriso arrepiante nos lábios. — Vem cá, vem! Nem vai doer.

— SAI DE MIM ASSOMBRAÇÃOO! SOCORRO POLÍCIA, BOMBEIRO! — gritou, fazendo o sinal da cruz e acabando por rir enquanto dava alguns passos para trás, sem realmente olhar onde pisava já que estava "escapando" do outro. — Tchau, senhores. — disse uma última vez, se dirigindo aos mais velhos que ainda estavam lhe observando e saiu correndo, vendo que Floch havia também começado a andar mais rápido até si, o seguindo para passar para lhe passar o batom, o fazendo rir quando o outro bufava, dizendo que Yeager deveria entrar para a equipe olímpica já que corria tão rápido. — Vamos, Floquinho, você consegue! — zombou, embora o apelido ridículo tenha feito o outro rir, o fez correr ainda mais.