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HOGWARTS,1950

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HOGWARTS,
1950.

COM AS MÃOS EM CIMA DE seu colo e em baixo da grande mesa de madeira maciça à sua frente, Tom brincava com os seus dedos enquanto tinha seus olhos fixos no relógio de parede a alguns metros de onde se encontrava. O curto e repetido barulho era a única coisa que se fazia presente naquele enorme cômodo que era a sala do Diretor. Os olhos azuis do homem acompanhavam incansavelmente cada movimento que o ponteiro fazia. Ele havia achado uma forma para se acalmar — sim, por incrível que pareça, Tom Riddle estava nervoso —, e era acompanhar todo o trajeto que o fino e pequeno pedaço de madeira fazia no interior do objeto.

Em alguns segundos iria completar vinte minutos que Armando Dippet estava fora de sua sala. O diretor havia se ausentado rapidamente do cômodo para verificar os documentos que Riddle trouxera para sua — possível — contratação como novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. O cargo em que ele almejava desde seus dezesseis anos quando ainda era um mero estudante que circulava por aqueles corredores se tornou seu — ou era o que pensava, já que de todas as duas vezes, Dippet havia o cortado nos primeiros cinco minutos e dessa vez, eles conversaram por quase uma hora —.

Da primeira vez que Tom tentara, era recém formado em Hogwarts e completamente desesperado para não sair do local que tanto amava. Sem experiência, Armando Dippet o recusou na primeira instância, dizendo-o que tinha que ter pelo menos algum conhecimento em lecionar — mesmo conhecendo o vasto currículo que ele adquiriu no decorrer dos anos — e apesar do diretor gostar muito dele, tinha que ser justo com os demais que estavam na fila a mais tempo.

Em sua segunda tentativa, dois anos após e com seus vinte e um anos, Riddle mais uma vez, tenta ser contrato. No entanto, Albus Dumbledore impede Armando de o contratar. Segundo o professor de Transfiguração, o jovem bruxo ainda não tinha a devida experiência para o cargo que exigia extrema competência, ainda mais mexendo com Artes das Trevas — mesmo Tom sabendo a verdadeira história. Dumbledore nunca confiou em si e nunca confiaria, fazendo o possível para que o mesmo não entre na escola novamente —.  Contudo, as coisas acabaram ficando ainda mais desagradáveis quando os mais velhos descobrem que Riddle ainda estava desempregado, o que não agradou nenhum pouco os bruxos que previam o brilhante futuro do mais novo. Porém, o que eles não sabiam era que Tom já estava caminhando para seu projeto de bruxo das trevas. De fato, Riddle ainda não tinha algo fixo e legalizado, e, deixava tudo por de baixo dos panos. Ele já seguia com suas ambições e recrutamento de bruxos com caráter duvidoso ou sangue puristas para sua causa, mas essa parte, preferiu omitir, é claro. Então, sua única opção havia sido sair de Hogwarts mais uma vez humilhado.

Agora, três anos depois e com vinte e quatro anos, Tom carregava uma imensa bagagem de experiência em Artes das Trevas que muitos sonhavam em um dia adquirir. O bruxo tirou esses anos para se aprimorar e conseguiu. Desde muito novo tinha uma paixão pelas Trevas do qual foi se aperfeiçoando no decorrer de seus estudos em Hogwarts, aumentando ainda mais quando se formou, e, por não ter mais a preocupação em ser pego por algum professor, ele estudou tudo que se podia imaginar sobre. Em sua última visita à escola na tentativa de ser um professor, Albus lhe deu a dica para se aperfeiçoar primeiro antes de pedir novamente e foi exatamente isso que fez. Assim que havia saído de Hogwarts naquele dia, Tom foi para o único local que conhecia que mexia com objetos de origens duvidosas. Aparatando no Beco Diagonal, rapidamente foi a Borgin & Burkes, onde conseguiu ser contratado em questões de minutos.

FIRE AND BLOOD | tom riddleOnde histórias criam vida. Descubra agora