ᴛᴏxɪᴄ.

𝐗𝐈

Harry mordeu o lábio inferior de raiva, o seu sangue começava a sair de dentro de sua boca e suas veias começavam a ficar mais vermelhas por causa da irritação que sentia. De algum jeito, alguma pessoa descobriu sobre a "aliança" com o Ministério e foi abrir a porra da boca para Dumbledore. Ele deu uma risada baixa de ódio. Sem conseguir controlar seus impulsos ele estendeu sua mão tocando na varinha sem localização e a tacou com força na parede a quebrando.

Os pedaços finos da madeira foram para cada lugar daquele quarto e ele colocou as mãos em seus cabelos os puxando com força. Hermione e Ronald olhavam um pouco afastados para não serem atingidos enquanto pensavam também em uma solução para isso. Claro que eles também estavam irritados, mas não mais que Harry.

Eles precisavam ir até o Ministério da Magia para que pudessem organizar e revisar o plano novamente, mas agora seria extremamente difícil já que Dumbledore não os deixaria fazer nada ou sequer tiraria o olhar dos mesmos por precaução. O moreno se sentou em uma das camas enquanto olhava para o vazio tentando ter alguma idéia.

Com brutalidade a porta foi aperta e quase quebrada pela onda de magia avermelhada soltada por Tom, este que adentrou no quarto rapidamente enquanto olhava para todos os lados a procura de Harry. Apertava com força a sua varinha em mãos e assim que seus olhos pousaram no Ômega ele suspirou aliviado. Foi surpreendido pelo abraço forte e inesperado do mesmo e teve que sorrir mínimo por causa disso.

"Você está bem, querido? Minha marca começou a arder e eu fiquei preocupado" Sussurrou em seu ouvido e olhando de lado pode ver os outros dois saírem para dar privacidade ao casal.

Harry não o respondeu.

Com cuidado o carmesim colocou sua varinha na parte superior da mesa de madeira e com as mãos ele circulou a cintura e perna do moreno, o erguendo e o deixando preso em seu colo. Andou calmamente até a cama e se sentou ali, moveu suas mãos até os cabelos macios de Harry começando uma massagem ali.

"Dumbledore descobriu.." Harry diz baixinho enquanto mantinha os olhos fechados, o Riddle no mesmo instante percebeu do que se tratava o assunto e suspirou enquanto apertava mais o Ômega em seu peito. "Parece que alguém do ministério acabou descobrindo, de alguma forma a aliança, e enviou uma coruja pra ele. Não sabemos ainda se ele já descobriu a data exata da batalha ou se já tem algum plano sobre isso."

Tom já esperava por isso. Ele sabia que não seria tão fácil assim, além do mais a maioria dos trabalhadores do Ministério não sabia sobre quem Dumbledore éra de verdade. Por trás daquela máscara já enferrujada de avô amoroso que protegia qualquer um pelo bem, isso éra o que todos pensavam que ele éra. Escutou um som famíliar a um gemido, olhou e viu Harry morder o lábio inferior gostando do carinho cuidadoso de Tom. O mesmo não pode deixar de pensar no quanto ele éra precioso demais, no quanto ele éra sortudo demais por tê-lo recebido de Merlin.

Ele tinha alguém para amar, para proteger. Não éra como antes. Ele agora possuía uma pessoa no qual deveria amar e cuidar com toda força e magia que tinha. Principalmente das garras do maldito e velho Dumbledore.

"Que tal eu cuidar disso, hm?" Tom diz baixinho e com extrema suavidade ele segura a base da cintura de Harry o puxando e erguendo sua cabeça para encontrar seus olhos carmesim. "Eu cuido do plano e das novas estratégias contra Dumbledore. Você pode enviar a carta para o Ministro avisando sobre o que está acontecendo. Mas não se estresse demais, meu amor." Levou sua mão até a bochecha do moreno e depois, com os dedos, acariciou seus deliciosos lábios carnudos e avermelhados. E não pode deixar de sentir uma leve fisgada em seu membro por causa disso.

Harry olhou em seus olhos, como se desse para ver todos os seus pecados e desejos de dentro da mais profunda escuridão de seu coração. Ele se aproximou e colou seus lábios em um baixo lento e amoroso, transmitindo todo o amor e milhares de sentimentos que sentiam um pelo outro. Tom apertou brutalmente a cintura de Harry o fazendo soltar um gemido, enquanto as mãos dele iam para a curvatura de seu pescoço, aprofundando ainda mais o contato quente entre ambos.