Narração (Novata)
Sua nova vida havia começado, dentro de uma esteira escura sendo empurrada, envolvida pela poeira e pelo barulho estrondoso que fazia.
Um tremor a fez cair em grades de metal frias, ela se senta contra a parede que a empurrava, o vento que a batia era tão forte que dava a sensação que seus órgão seriam espremidos, era angustiante, tentando entender o que estava acontecendo, onde estava, porque não se lembrava de nada, ela tentava buscar respostas.
Começa a caminhar sobre o estreito corredor que havia, mas não encontrava nada. A esteira acelera, o medo a domina e ela começa a gritar por ajuda, porém, ninguém respondia.
-Alguém... me ajude!- Gritava ela desesperada- Por favor!
Nada.
Até que a esteira para, e uma porta se abre, o brilho do sol era tão forte que a única coisa que ela conseguia enxergar era o branco, o som havia parado, por um momento não sabia se tinha ficado surda ou se o barulho infernal havia terminado.
Quando seus olhos se acostumam um pouco, ela consegue ver rostos a olhando, ela começa a ouvir vozes diferentes.
-Olha só- Dizia uma pessoa com a voz grave- Uma nova fedelha.
-Mais uma menina.
-Ela tem cara de plong não é;
-Cala a boca Muly- Parecia dizer um garoto- Ela até que é bonitinha.
-Quantos anos será que ela tem?
-Tomara que tenha gostado do passeio só de vinda fedelha.
-De onde será que ela é?
-Não tem passagem de volta.
Estava dominada pelo medo, confusa, desorientada, algumas vozes conhecidas, outras nem tanto, algumas palavras ela conhecia, porém havia algumas desconhecidas. Com os olhos cerrados, tentando enxergar, como uma lente focando em uma imagem, e com sua mão tentando tampar a claridade, ela começa a ver rostos de meninos e meninas, que pareciam adolescentes. Uma voz calma começava a se aproximar dizendo que estava tudo bem, e que não era para ligar com que os outro falavam.
Uma pessoa chega perto e estende a mão para ajudar a se levantar, as mãos eram delicadas e macias, ela segura na mão dele, ele a puxa fazendo com que ela levante, o menino falava que ficaria tudo bem, por um lado ela acreditava nele, sentia que o garoto queria ajudar, mas o medo falava mais forte, uma sensação de desespero a dominava.
Ele solta a mão dela e pergunta seu nome, as palavras dele penetraram em seu ouvidos desencadeando uma lembrança estranha, por mais que ela quisesse saber o que tinha acontecido, ela queria correr para longe, então ela o empurra e sai correndo, fazendo com que o menino que a ajudara quase cair, as pessoas que haviam no lugar começam a gritar.
-Temos uma corredora!- dizia um menino, que parecia um pouco mais velho que ela.
-Ora ora em, essa dai corre bem rápido, ai Minho, você tem uma nova tripulante.
-Cala a boca Alby.
Ela continuava correndo, mas acabará de quase bater em uma parede, começa a olhar para os lados confusa, sem saber onde estava, ela acabou percebendo que estava cercada por quatro paredes, muitas perguntas se passavam em sua cabeça, naquele momento, desesperada por respostas grita perguntando onde estava, passará um tempo mas responderam.
-Onde... onde estou?!- Perguntava ela desesperada- Por... Por que não me lemb... Por que não me lembro de quem sou nem... nem do meu nome?!
-Olha- Disse o garoto que ajudou ela a se levantar- Vamos te ajudar, mas só se você se acalmar, que tal?!
Um silencio dominava o lugar, aproveitara esse tempo para pensar no que iria fazer, queria acreditar naquelas pessoas, mas não podia deixar que suas emoções a dominassem, andava de um lado para o outro, quando olhou para o lado viu uma abertura em uma das paredes, uma abertura horizontal, ela achava que conseguiria passar por lá, estava quase formulando um plano perfeito, mas foi interrompia por um dos meninos que habitava aquele lugar.
-Então- Disse o mesmo menino que conversava com ela desde o começo- O que decidiu?
Ela tentava lembrar do que havia bolado, mas, não estava conseguindo, decidiu agir pelo improviso e pela emoção, que era o que ela menos queria fazer.
-Ok, eu... Eu vou me acalmar- Dizia ela com a voz tremula.
Ela começa a se aproximar, já suada, cansada e com calor fazendo com que o vento que batia nela fosse como um belo perfume de pétalas de rosas, conforme vai andando ela olha para os lados, havia pequenas casas feitas de madeira, um campo cheio de árvores, um lago, vários animais cercados, entre outras diversas coisas, parecia um complexo. Ela vai se aproximando até que chegar em frente dele.
Estavam frente a frente, um sorriso sincero saia do rosto do menino como se ele quisesse mesmo ajudar, porém, o medo era maior, o desespero de não saber o que estava acontecendo era muito forte, então ela decide aplicar seu plano.
Ela empurra o menino novamente e começa a correr, tão rápido o quanto podia, mas, quando olha para o lado vê um garoto correndo em sua direção, ele a ultrapassa e para na frente dela, para que ela não caísse em cima dele ela começa a parar e gritar.
-Sai da minha frente!- Gritava com o único ar que ainda havia em seus pulmões- Eu quero sair daqui!
Ela olha para o chão procurando algo com que pudesse se defender, ela acha um galo de arvore, o pega e ameaça bater no menino com ele.
-Ei, calma, você esta muito estressada... Eu sei como é isso, vir para um lugar novo, com pessoas que você não conhece, sem se lembrar de nada... Todos nós já passamos por isso, sempre ajudamos uns aos outros, também podemos ajudar você, caso queira- Era um garoto que ela ainda não havia visto. Seu cabelo era ruivo como o fogo, sua voz era doce, suave e calma , como se falasse com sinceridade a cada palavra que dissera, ele parecia ter uma boa alma, - Abaixe esse galho e vem comigo, eu posso te ajudar, ou melhor dizendo, nós podemos te ajudar.
Ela fica confusa, não sabia como reagir ou o que dizer, sabia somente de uma coisa, que não conseguiria sair de lá sozinha, então ela larga o pedaço de galho, ele sorri para ela e anda em direção da mesma.
-Fico por ter escolhido a ajuda- Ele coloca sua mão no ombro da garota- Meu nome é Newt, vem, vou te mostrar o lugar.
Ela acena ele coloca seu braço pelo seu seus ombros, eles começam a andar em direção a multidão.
-Bem vinda a Clareira- Ele diz com um sorriso de orelha a orelha.
Narradora (solo)
E foi assim que sua vida havia começado, dentro de um lugar aparentemente chamado de Clareira, com vários garotos e poucas garotas, com um pressentimento que já havia visto o lugar, e com uma memória muito estranha...
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Um beijão, até semana que vem.
(Capítulos novos postados todas as segundas)
(Narração novata narra o que estava acontecendo com ela, mas sem a opinião dela , Narração solo conta no contexto Geral, falando o que acontece com eles.)
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Run (Pausada, Mas Volta Logo)
General FictionApós acordar sem saber o que estava acontecendo, sem se lembrar de nada nem mesmo seu próprio nome, em um lugar que era cercado por muros, ela percebe que sua vida estava prestes a mudar completamente. Inspirado em Maze Runner Correr ou Morrer ATENÇ...