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*JJ (John John)
Um dia me disseram que minhas amizades poderiam me envolver em problemas ,no qual eu não saberia que iria me envolver.
A raiva consumiu em meu peito ao atirarem no meu melhor amigo bem na minha frente, pegar aquela arma e apontar para o assassino me fez perceber o quão longe eu estava indo, perdi o controle de mim mas, não atirei, simplesmente liguei pra polícia mas, o que é justo, é injusto e acabei sendo preso por estar apontando a arma em frente a ele.
Mais louco que eu, só meu amor mesmo Elisabeth, que seguiu o carro da polícia e quase foi atropelada mas, acabou sendo levada junto comigo e simplesmente se beijamos como se nada tivesse acontecido.— John? Sua mãe quer te ver! - diz o policial abrindo a cela.
— Eu não posso ver ela, não desse jeito. - falei olhando fixamente.
— Você não tem escolha, deveria estar feliz por ter uma mãe que se importa como a sua. Eu não tive chance de conhecer minha mãe. - diz ele e tira as minhas algemas.
— Eu sinto muito. - falo com um leve suspiro.
[...]
(Alguns minutos depois)
— Filho por que você fez tudo isso? - diz ela indignada com a situação.
— Mãe, eu posso explicar. - digo olhando nos olhos dela.
— Então explica JJ, porque eu realmente não entendo! O que tá acontecendo com você? Se envolveu em roubo da escola, segurou uma arma apontada pro uma pessoa! Eu realmente não te conheço filho. - diz ela e não consegue olhar pra mim.
— Ninguém ia fazer justiça por ele... ele morreu na minha frente mãe... na minha frente! O que você queria que eu fizesse? Eu vejo essa cena toda hora passando pela minha cabeça, a polícia não ia resolver sabe por que? Porque a gente é da periferia é pobre e humilde, enquanto os ricos são imunes a qualquer tipo de crime. - falo e meus olhos enchem de lágrimas.
— Querido você não pode fazer justiça simplesmente com suas próprias mãos, você pode até ter razão que os ricos são imunes mas o que você fez também não foi certo, essa fúria que você guardou trouxe problemas até pra sua namorada, você tem noção disso? - diz ela tentando limpar minhas lágrimas mas caiam cada vez mais.
— Essa fúria e essa raiva que você tá falando, é justamente porque as coisas não são justas nessa cidade mãe, quer saber? Eu faria tudo novamente, ele não era um garoto totalmente correto mas ele não merecia morrer daquela forma, ainda mais atiraram de costas que covardia, ele teve chance de sobreviver na minha mão porque se dependesse de mim eu teria dado uma bala na cara dele. - digo com raiva e bato na mesa.
— Está se ouvindo filho? Por favor. Cadê aquele JJ que queria fazer teatro! É que lutava pelas coisas certas... - diz ela tocando em meus cachos.
— Ele foi destruído após ver seu melhor amigo morrer na sua frente, ele se quebrou naquela tarde mãe, onde vai ser difícil me encontrar novamente. - digo com um olhar triste e meio frio.
— Assim que eu resolver esse seu problema, eu tiro você daqui tá bom? E vamos conversar em casa! É bem sério. - diz ela e dá um beijo na minha testa e ela me abraça muito forte e suas lágrimas caem sobre seu belo rosto.
[...]
*E (Elisabeth)
Totalmente presa em uma cela separado do meu JJ, mas eu faria tudo novamente pois, a aquela dor, raiva e fúria, já senti tudo aquilo quando perdi minha mãe, tudo isso nos destrói deixando feridas mas, eu sei que lá no fundo elas podem ser cicatrizadas, basta achar uma âncora, não será fácil, você irá sentir saudades,raiva, injustiça e medo de perder alguém próximo de novo.
São nesses momentos que temos que ter uma resistência e lutar contra o que vier, acredito que a luta não acabou. Desperta de meus pensamentos, chega um policial.— Está liberada! Você já pode ir pra para casa. - diz ele com um suspiro.
— E o John? Ele tá livre também? - digo fechando meus olhos por estar exausta.
— Sim, acreditamos que ele fez isso por justiça mas, eu sou bem compreensível, eu faria mesmo... se fosse alguém que eu amasse... - diz o policial e surpreende ela com a resposta.
— Sério? Eu dou graças a Deus que ele não matou ninguém, eu não iria reconhecê-lo, mas eu entendo tudo que ele passou... - digo com aquele olhar de preocupação, enquanto isso o polícia me solta e vou indo pra sala principal.
[...]
*Pai de E.
— Minha filha me escuta, você perdeu o juízo? - diz ele em frente aos policiais.
— Pai não começa, eu sei que errei, mas não é pra tanto... - falo de cabeça baixa.
— Você não tem direito de falar, fica longe daquele garoto, olha a confusão que você se meteu. - ele fala me puxando pra fora da delegacia.
— Minha mãe morre e você me proíbe de namorar a pessoa que eu amo? Eu nunca vou parar de ver o John, pode me colocar de castigo se quiser. - digo com um tom mais alto.
— Você pode aumentar o tom que quiser, mas esse não é o final da história não! Em casa a gente conversa melhor. - diz ele e abre a porta do carro.
[...]
(Horas depois)*JJ
O teatro sempre foi um dos meus maiores sonhos e agora acredito que isso esteja perdido depois de todo o problema que causei, roubei o colégio mas foi pra ajudar o Sluggo , se não tivessem roubado aquele maldito relógio, acredito que nada disso teria acontecido e ele não teria morrido mas, o destino é cego, a memória da morte dele sempre vem a minha cabeça, ele era simplesmente meu irmão que me protegia e me fazia me sentir seguro.
Agora ele não passa de uma lembrança e dessas lembranças vão se tornar legados que ele deixou pra mim. Desperto de meus pensamentos e alguém bate na porta de meu quarto e me admiro ver que era o professor de teatro:— John? Podemos bater uma papo? - diz ele entrando e apenas aceno com a cabeça.
— Você vai dizer que estou expulso não é? Olha eu sinto muito por tudo. - digo abaixando a cabeça.
— Quem disse isso rapaz? Eu estou te dando uma chance, sua turma precisa de você! - diz ele apertando meu ombro e fico surpreso com a resposta.
— O que? Você tá maluco? Eu roubei o colégio! - digo com a voz falha.
— Eu já fui como você John, um garoto da periferia, pobre e sem condições de pagar qualquer tipo de curso, mas acredito que você não roubou pra si e sim pra ajudar um amigo que provavelmente você se envolveu nesse mesmo problema! Eu entendo você. — Digo pra ele no tom sério.
— Eu nem consigo acreditar que você pensa assim,muito obrigado por não desistir de mim. - digo abraçando o professor e com um sorriso que eu não dava a muito tempo.
— Não precisa agradecer, só se recupera e volta para as aulas tá bom? Estarei no aguardo! E juízo garoto muitos não teria esse oportunidade que você tem agora! - diz ele com um olhar mais sério.
— Vão me julga, tenho quase certeza disso! - falo de cabeça baixa novamente.
— Então que julguem! Que atirem pedras em você, quem nunca errou naquele colégio! Não perca sua essência por conta dos outros! Eu acredito em você.
— Estou sem palavras! Realmente muito obrigado por ter isso de novo na minha vida, é meu sonho! - digo sorrindo com um olhar mais feliz.
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JJ+E
RomansaUm romance entre dois adolescentes JJ+E (John John) e (Elisabeth) , tudo vira de ponta cabeça quando seu melhor amigo que não era um garoto certo, levou um tiro bem na sua frente e com a fúrias em seus olhos, fez JJ mudar completamente seu modo de v...