14- Eu te chamei de amor

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Depois que meus pais chegaram de Paris, eles tentaram conversar comigo mas eu não conseguia dizer nada além de ficar olhando pra eles impassível.

Recebi alta do hospital e voltamos para a casa da Jessy com o ar pesado...

Helena: Então querida, você quer comer um croissant? Eu trouxe da sua padaria favorita lá perto de casa! - Ela coloca o croissant na minha frente mas eu não reajo e nem a olho nos olhos.

Richard: Vamos filha diga alguma coisa... - Meu pai se agacha em minha frente.

Jessy: Senhor Orleans, o médico nos alertou sobre o trauma que ela sofreu! Ela pode ficar um bom tempo sem falar conosco... - Jessy diz cautelosa para o meu pai.

Lily: Eu sinto muito Senhor e Senhora Orleans... não presumimos que isso iria acontecer!

Helena: Ela gostava mesmo desse garoto não? - Minha mãe senta ao lado de Lily.

Lilly: Sim, ela o amava muito... ele é meu meio irmão, fruto de uma traição do meu pai... - Lily diz envergonhada.

*Barulho Da Campanhia*

Richard: Eu atendo. - Meu pai se levanta indo até a porta.

Cleo: Olá Senhor Orleans! - Cleo diz receosa.

Richard: Pode me chamar de Richard, uma amiga da minha filha é minha amiga também! - Ele tenta sorrir mas falha miseravelmente.

Cleo: Como ela está? - Cleo pergunta baixo.

Lily: Ainda continua como antes... sem dizer e nem comer nada... - Lily passa as mãos no rosto.

Cleo: Eu trouxe uma torta caso ela queira comer.

Vendo eles conversando como se eu fosse algum tipo de psicopata me deixou mais triste ainda, eu me levantei da cadeira e fui a passos lentos ao meu quarto...

Jessy: Você quer ir se deitar S/n? - Jessy corre para o meu lado assim como os outros.

Helena: Do que você precisa ursinha? - Minha mãe diz afagando meu cabelo.

Richard: Você quer que o papai compre algo pra você?

Eu preciso ficar sozinha. - Pela primeira vez em muitos minutos eu falo ainda com a voz trêmula e todos arregalam os olhos e se afastam subitamente.

Helena: Tudo bem! - Minha mãe começa a chorar enquanto meu pai a abraça.

Richard: Fiquei calma amor, nós não perdemos nossa garotinha ainda, iremos salva-la. - Meu pai abraça ainda mais ela.

Assim que entro em meu quarto vou direto para a grande janela que havia uma vista para as montanhas, puxo um pequeno sofá que tinha no quarto pego uma coberta mais umas folhas e canetas pra escrever umas cartas.

Me sento olhando para a paisagem a frente, meus olhos ameaçam derrubar lágrimas de novo, a imagem das palavras que eu disse ao Jake ainda passam pela minha mente me fazendo se sentir culpada.

E a gente ainda não sabia, mas aquele simples "Me chamo Jake" foi o início de uma história que caminhava rumo ao eterno...

Quando chegamos a uma cidade nada faz sentido, memoriza-se o inventário para fins de localização.

A medida que andamos pelas ruas, tudo começa a pentencer-nos.

Bebemos a nossa parte, os nossos passos são a nossa casa e é mais difícil regressar. Os meus questionamentos são silenciosos e por um instante indeterminado parecem sem respostas, o imediatismo me apressa a buscar o quê não depende de mim.

Mas ali estou, aguardando o tempo da vida fazer acontecer e o meu tempo de ser realizado. Sinto sua falta querido Jake, se você soubesse o quanto eu te amo e quê me arrependo amargamente de ter lhe dito aquelas palavras, eu lhe prometo que irei descobrir quem tirou você de mim, e vou mata-la fazendo olhar em meus olhos...

Eu imaginava um futuro com você... mas agora você se foi e me deixou só! Começo a chorar soluçando ainda mais, olho para as minhas mãos e vejo os furos quê causei, por um instante pensei que iria deixar a terra dos vivos mas acabei não deixando...

será que foi você amor? Foi você quem me impediu de morrer? Você não deveria ter feito isso...

será que foi você amor? Foi você quem me impediu de morrer? Você não deveria ter feito isso

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A minha vida dali começou a ser a pior coisa do mundo... sentia saudades do Jake todos os dias, recebia visitas dos meus amigos, e meus pais ficaram comigo o processo todo de cura...

Mas o que ninguém sabia é que eu nunca me curei! Mas ficar sem ele foi o pior sentimento... foi uma tortura indestrutível...

Pior sentimento do mundo é perder alguém que você ama, é como estar se afogando e nunca ter nada pra se segurar ou pra respirar, é como não conseguir andar.

Eu não comia, bebia e nem nada, ficava apenas em casa me culpando por tudo oque havia acontecido, o caso da Hannah ainda não tinha sido solucionado o que era um problema pois todos estavam focados em me ajudar e não ajudar a quem realmente importa!

O Jake gostaria de me ver feliz mas eu simplesmente não consigo sorrir com esse sentimento de culpa... toda vez eu penso...

Não romantizam o que te rasga o peito, eu me culpo pela sua morte e eu escrevia cartas todos os dias e deixava embaixo da cama como se fosse uma terapia pra estar perto de você.

Era como se você lesse tudo o que eu expressava nessas cartas, ninguém sabe ao certo o impacto que causamos na vida dos outros.

Carrego trovões em meu peito que ninguém escuta, todo mundo aparece quando a chuva já passou por quê eu permitia isso, eu te amo Jake, eu te amo muito mesmo... Sinto que você pode estar vivo as vezes e ser mais uma das pistas que você sempre faz...

Mas só o tempo dirá se minha intuição estará certa ou não.

Mas só o tempo dirá se minha intuição estará certa ou não

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Continua...

I Need You - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora