𝗦/𝗡 𝗢𝗥𝗟𝗘𝗔𝗡𝗦 recebe mensagem de um número desconhecido com o destinatário de Duskwood. Entretanto, é ali que começa uma onda de amedrontamentos e de um romance. Seus pais escondem um segredo que pode ser o desfecho desse mistério e de um de...
Ligo o carro e dirijo em um trajeto sem rumo. Precisava ficar sozinha, minha cabeça tava cheia de pensamentos pesados que estavam me sobrecarregando fisicamente e mentalmente.
Depois de ter dirigido alguns quilômetros, estaciono o carro em um pequeno vale onde havia um lago magistral. Patos sobre nadavam na água cristalina com seus pequenos filhotes.
Desço do carro e vou em direção à um banco de madeira que tinha em frente a paisagem. Me sento e deixo a brisa suave do vento bater em meu rosto, respirando fundo podia sentir a emanação dos grandes Pinheiros que cercavam o lago.
O lugar estava silencioso e o único som que se ouvia era o cantar dos pássaros e da água corrente do lago. Abri meus olhos e consegui ver o imenso céu azul. Aquilo começou a me acalmar fazendo meu corpo amolecer.
Enquanto eu passava os olhos pela paisagem, ao longe dali consegui ver um pequeno Chalé... Ele parecia velho e caindo aos pedaços, mas tinha um ar misterioso que chamou bastante a minha atenção.
Boba nem nada eu resolvi ligar o carro e dirigir até o outro lado do lago.
A estrada até lá era isolada, não havia nenhum sinal de que alguma pessoa vivia por lá. Parando em frente ao Chalé pude ver melhor seu aspecto visual. Era cheio de musgo verde e galhos secos presa as paredes.
A porta tinha um cadeado grande, parecia velho e novo ao mesmo tempo, aquilo me deu um pouco de medo pois tinha a possibilidade de alguém viver ali agora. Vou até meu porta-malas e pego um pé de cabra, se não tem chave, infelizmente vou ter que usar o vandalismo.
Usando toda força que tenho consigo quebrar o cadeado junto às correntes, a porta é aberta com um rangido e uma nuvem de poeira se espalha por meu rosto me fazendo tossir.
O local era escuro e tinha um cheiro horrível de mofo. Enquanto eu andava cuidadosamente pelo cômodo, uma outra porta chamou minha atenção, pelo vão debaixo dela era possível ver uma luz fraca emanando.
Por incrível que pareça a porta estava aberta...
Abri a porta e minhas pernas quase ameaçaram cair no chão. A sala parecia mais um cativeiro cheio de coisas estranhas, tinha um abajur iluminando umas anotações estranhas, havia o livro de lendas de Duskwood...
Mas o que fez meu coração gelar foi o painel na parede. Uma foto minha com dois "X" vermelhos nos olhos, tinha foto de todos os meus amigos.
- Que porra são essas? - Sussurro para mim mesma.
Comecei a passar os olhos pelas anotações, era como um tipo de diário secreto, lá tinha até os meus segredos mais profundos, tinha as rotas que eu fazia todos os dias, desde que eu cheguei em Duskwood.
Não só informações minhas mas como os dos outros também.
Enquanto eu lia os papéis velhos, ouvi um estrondo na porta da frente, entrei em pânico e não sabia o que fazer, a primeira coisa que me veio a mente foi pegar o diário e pular a janela para o bosque que tinha atrás.
Na hora em que pulei a porta foi aberta, consegui me esconder em uma arbusto embaixo da janela, foi por pura sorte eu não ter sido pega.
Pensei em me rastejar até a trilha pra pegar meu carro e sai dali o mais rápido possível, mas uma ouvi uma voz reconhecível que me fez parar.
HSR: Você é burro? Como pôde deixar isso acontecer? - Ele altera sua voz falando com alguém que não consigo reconhecer.
XXX: D-desculpe, eu tentei ao máximo não levantar suspeitas, mas aconteceu rápido de mais pra mim raciocinar... - A voz da pessoa sai trêmula de medo.
HSR: Você tem apenas mais uma chance, se desperdiça-la eu arranco sua cabeça e a pendurou em minha sala! - Um som de tapa foi ouvido.
XXX: T-tudo bem senhor! - Ouvi o barulho da porta sendo fechada.
HSR: Maldita seja essas pessoas tolas que entram no meu caminho! - Ele bate o punho na mesa fazendo os utensílios de cima caírem no chão.
Me assustei com o barulho e acabei pisando em uma folha seca, ele virou o rosto bruscamente para a janela.
- Merda, merda, merda! - Saio correndo antes de ser vista.
Enquanto eu corria embalei o velho diário amarelado em minha jaqueta, quem quer que o HSR ameaçou já deve ter saído daqui a horas, e irei fazer o mesmo.
Entrei no carro e meti marcha e frente, os pneus derraparam pela estrada de terra em direção a saída do Vale. No caminho ligo pra Lilly indicando para a mesma ir pra casa imediatamente.
O caminho todo eu soava frio e meus olhos ardiam por causa da adrenalina, minhas mãos tremiam como vara verde e meu corpo inteiro formigava de medo, ele tem fotos minhas por toda parte, sou sua próxima vítima? Como ele sabe tudo sobre mim?
Esse pensamento me fez ficar mais nervosa ainda. Alguns minutos depois chego em casa em segurança, estaciono rapidamente o carro e corro pra dentro em busca da loira.
- Lily? Cadê você? Onde você está? - Grito desesperada.
Lily: Calma S/n, estou aqui o que houve? - A mesma se assusta com minha aparência horrível.
- Eu preciso contar algo importante pra você! - Meus olhos se arregalaram em pânico.
Lily: Respira e inspira, se acalme e me conte tudo... E por que você tá toda destrambelhada assim? Você tá toda suja de poeira e suada, é nojento! - Sua expressão fica nojenta.
- Isso não é importante agora, eu descobri algo muito importante, quase botei minha vida em risco e preciso compartilhar isso com você! - Sento no sofá respirando fundo.
Lily: Tudo bem... vou ligar para o resto do pesso... - Não deixo ela terminar.
- Não, não chame ninguém. Nem mesmo diz a Jessy, preciso confiar apenas em você agora! - Pego o celular da mão dela.
Lily: Ok... você está me dando medo, desembucha logo garota! - A mesma fica assustada.
