Ladybug olhou para o rapaz de preto com desconfiança, enquanto ele tinha um sorriso no rosto que demonstrava determinação.
Ele estava deitado em cima de si naquele sofá, a olhando com toda a admiração e amor que lhe era possível — ou seja, do modo que sempre olhava. Estavam no terraço do hotel da família Bourgeouis, escondidos, no meio da madrugada.
Para ela, o pedido de Chat Noir era maluquice. Era um fato que ela não conseguia falar não para aqueles olhos verdes brilhantes e aquele jeito encantador... mesmo assim, não achava que era uma boa ideia.
— Eu não vou trocar de miraculous, gatinho. — respondeu, cruzando os braços. — Já fizemos isso uma vez, é o suficiente.
O loiro bufou, mas continuou a olhar para a de olhos azuis. Ela continuava com os olhos demonstrando firmeza. Chat Noir pensava que iria perder aquilo.
— Vamos, m'lady. — pediu, na voz manhosa, sabendo que aquela era a sua última arma. Assim, afundou seu rosto no pescoço da parceira distribuiu beijos na região. — Eu preciso ver você gatinha mais uma vez. E, além do mais, aquela vez não conta! Foi a única vez que aconteceu e foi tão rápido que eu não pude te admirar.
— Eu estou gatinha todos os dias. — ela respondeu em um riso abafado, impassível, mas o herói sabia que ela estava nervosa. — Esse argumento foi inválido.
— Claro que não! — respondeu, voltando seu olhar para ela. — Preciso ver você com orelhinhas de gato, com o cabelo cumprido trançado e, principalmente, de preto.
A de vermelho não pode evitar ficar com as maçãs do rosto avermelhadas. O rapaz havia dito a última palavra perto de seu ouvido e havia lhe dado uma leve mordida em seu lóbulo.
— Não basta eu vir te encontrar de madrugada, ainda tenho que trocar os miraculous com você? — perguntou, cruzando os braços e olhando para o outro lado. — Ainda é um não.
— Vamos, bug! — pediu, mais uma vez. Ele não desistia fácil. — Assim você pode ver os meus lindos e charmosos olhos verdes e pode ver como eu fico ainda mais bonito de vermelho. É um charme, sabe?
— A Tikki vai rir tanto depois que eu for para casa. E ainda vai falar para os outros kwamis e todos vão rir de mim. Será incrivelmente animador. — a mulher disse, revirando os olhos. Não soube dizer se o ato era voltado para si mesma, que estava cogitando a ideia de aceitar apenas para rever os olhos verdes brilhantes de Mr. Bug, ou se era para a situação que estava imaginando caso aceitasse.
— Você não quis revelar as identidades, mas aceitou namorar comigo. — ele disse, levantando os ombros. — Eles terão que aguentar e você também terá.
O rapaz segurou a mão da parceira, brincando com os dedos dela enquanto a mesma pensava. Ele estar mexendo com seus dedos era um distrator, e ela tinha total consciência disso.
— Argh! — bufou, puxando sua mão para si. — Eu aceito a proposta.
— Sabia que você não iria recusar! — ele riu, extremamente feliz e lhe deu um beijo em seu rosto.
Ele se levantou e, ainda de modo feliz, caminhou para trás de uma parede. Ladybug sorriu e revirou os olhos, sabendo que só aceitara aquilo porque o sorriso que iria ver depois iria fazer tudo valer a pena.
O terraço do hotel era o ponto de encontro deles em várias noites. Já haviam visto o amanhecer naquele lugar algumas vezes, assim como na Torre Eiffel, em uma das torres de Notre Dame e em outros pontos turísticos. Mas ela sempre iria gostar daquele local que parecia tão secreto. Foi Chat quem a levou ali, da primeira e em todas as outras vezes, e ela nunca reclamava dos lugares que se encontravam, pois sabia que eram, sempre, os melhores.
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did you just purr? | ladynoir
Fanficonde ladybug ronrona. ou onde chat noir acha tudo que a namorada faz adorável.