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❝Uma faísca brilhante no escuro, você acendeu o pavio. Eu te peguei olhando para trás, vi um sorriso surgir, e por um momento pensei que eu poderia ter um ataque cardíaco. Sua aura me dominou.❞
(Aura, by Dionysia)
Mansão Wayne, Gotham City
31 de dezembro, 11:33 PM
Não levou muito tempo para que Aspen retornasse à sala de Bruce assim que abriu o envelope do cheque.
— Desculpe incomodar outra vez, Bruce, mas acho que há um erro no valor do cheque — disse, desconcertada, balançando o papel entre os dedos.
Wayne arqueou a sobrancelha, ainda em pé, e se aproximou para conferir o valor. Claramente Aspen não tinha muita ideia da dimensão de seu projeto ou do tamanho da empresa que comprou o programa.
— Não houve erro.
Aspen piscou.
— Você... Mas eu... — Gaguejou ao tentar iniciar qualquer sentença que fosse plausível para lidar com aquela informação. Em seguida sussurrou, em choque: — Trinta mil dólares?
— Correto. É uma empresa de grande porte, foi um bom investimento. Já descontei o custo do material e da fabricação, então o valor do cheque é todo seu.
Aspen não respondeu, atônita. Não sabia o que dizer, ou o que fazer.
Trinta mil dólares.
Havia acabado de comprar a passagem de sua mãe para fora da prisão. E a passagem de Meríode para longe daquele cargo em Arkham. Assim, de uma hora para outra, como se fosse simplesmente banal. Como se estivesse ao seu alcance todo esse tempo.
Bruce, ao ver que a garota não diria nada, continuou:
— Podemos vender o programa para outras empresas ou quem sabe fazer um contrato de um ano. No caso, teríamos que conferir as vantagens e você ainda precisa entender melhor como isso func...
Sua pequena explicação foi interrompida quando a garota foi em sua direção e lhe abraçou instintivamente, sem pensar. Bruce ficou imóvel, surpreso. Após alguns segundos, Aspen percebeu que havia exagerado e se afastou, seus olhos brilhando enquanto ela lutava para conter lágrimas emocionadas, também sem sucesso ao tentar disfarçar o enorme sorriso se repuxando em seus lábios.
— Desculpe, é que eu... Obrigada, Bruce, muito, muito obrigada! — Disse, juntando as mãos. — Eu nem sei... Eu mal... Eu não sei como posso agradecer por isso.
Bruce suspirou, desconcertado por toda a empolgação da garota. Não sabia lidar com esses momentos desde que Dick era Robin.
— Não há necessidade, isso nada mais é do que o pagamento pelo seu trabalho. O crédito é todo seu.
