Michael Jackson
Recanto Lancaster, Inglaterra
30 de dezembro de 1990 | 02:43– Eu posso entrar? – seu sorriso se apaga. Seu lábio inferior treme muito – Ele vai ter que passar por cima de mim Mariangel, se ele tentar te tocar na minha frente. Eu juro, acabo com ele! A raiva que estou acumulando desse homem vai me fazer cometer uma idiotice! – falo o mais baixo possível – Quem eu quero enganar, eu não faria mal a ninguém. Eu sou um poeta e não um lutador, eu posso te proteger em meus braços e te dar muito carinho, mas, não sei se conseguiria brigar, não faz parte do que eu sou!
– Entra – sussurra com um belo sorriso no rosto enquanto se afasta da porta, mancando vai até sua cama e se senta devagar. Na cama tem algumas pomadas e outras coisas que devem servir para a ajudar nisso. Entro no quarto. O cheiro de sangue esta infectando o lugar... olho para o chão. Eu estou em pé em cima de uma pequena poça de sangue
– Mariangel! – chamo por ela um pouco preocupado. Ela apenas da de ombros e começa a passar uma pomada em seu olho machucado. Fecho a porta e me dirijo até perto dela – Como eu posso ajudar? – ela suspira e olha para o chão – Eu quero muito te ajudar, me diga o que fazer e eu irei fazer! – murmuro-lhe
– Só a sua companhia esta bom, muito bom, na verdade. Eu me sinto feliz ouvindo suas músicas e a sua presença me passa confiança e proteção – ela me dá um sorriso lindo. Aceno positivamente para ela e vou até o banheiro. Pego uma toalha branca das várias que tem e levo até a poça de sangue. A jogo em cima da poça
– Deixa eu cuidar de você? – sussurro para ela que me encara – Por favor. Eu estava em cima daquela árvore quando tudo começou. Eu subi para relaxar e eu acabei vendo tudo. Eu fiquei congelado pelo medo, talvez. Deixa-me fazer algo por favor! – ela fecha o potinho da pomada e se levanta bem devagar
– Você também gosta de subir em árvores? – ela muda de assunto e anda até o banheiro com o restante das coisas que estava em cima da cama em suas mãos – Ai... Quando eu tinha 12 anos, eu amava subir em árvores. Adoraria pode voltar a fazer isso sem ser vista como infantil! – a porta se fecha
– Não tem problema nenhum em subir em árvores ou ser infantil no modo bom! Eu tenho em minha casa que costumo ir de vez em quando, um parque de diversões com doces e pipocas, eu passo horas andando por todo aquele lugar, sozinho com meu saquinho de pipoca – suspiro
– Então, você tem um parque de diversões no seu quintal? Isso deve ser tão incrível! – escuto o chuveiro ser aberto – Eu quis ir à montanha-russa de um dos parques que temos aqui em Londres, mas, eu fui proibida pelo meu marido porque ele não queria que eu saísse da pose de dama! – eu não me importaria nem um pouquinho
– Eu não me importaria. Para mim, seria incrível ser casado com alguém que partilha da mesma coisa que eu. Eu gosto de brincar e de correr de lá pra cá! Eu sou um homem de 32 anos, mas em meu coração eu sou Peter Pan – o chuveiro é fechado – Mas, ter esses momentos de descontração não me impede de ser adulto. Para ser sincero eu sei desde criança deixar o meu eu de 10 anos de lado e ser um homem de negócios e responsabilidades! – estou dizendo isso antes que ela pense que sera minha babá ou algo do tipo se nós tivermos algo futuramente
– Eu achei muito bonito quando não deixam sua criança interior ser esquecida! – ela diz enquanto sai do banheiro usando um roupão rosa que vai até o pé e anda até uma porta que parece ser do closet, ela entra – O meu nariz parou de sangrar! Dessa vez foi bem mais rápido! – ela comemora tão animada
Mais uma vez meu coração se despedaça. Ela ficou feliz porque dessa vez o nariz dela parou de sangrar mais rápido... tem umas duas horas que ele a agrediu ela nem sequer devia ter perdido muito sangue
Ela aparece na porta do closet. Está usando um pijama cor de rosa. Calças e uma blusa da mesma cor. Ela anda bem devagar na minha direção. Seu perfume de maçã é tão suave e apaixonante. Minha Mariangel como você é cheirosa. Se aproxima. Ela fica bem na minha frente, ela é quase da minha altura e se não for da minha altura. Ela está com os ombros descidos e sua postura não esta certa
– Obrigada pela sua presença – ela coloca às duas mãos sobre o peito e chora – Com você aqui eu me sinto segura, eu me sinto segura exatamente porque você não é violento. Michael, não sabe o que eu daria para ter alguém como você ao meu lado. Alguém que não me machucasse – ela fecha os olhos com força e respira fundo
– Você não tinha passado pomada no seu olho? – pergunto a ela que começa a rir – Você precisa dormir! – murmuro para ela enquanto ando até a lateral da cama. Arrumo a cama dela esticando os cobertores sobre a cama. A chamo com a mão e ela anda bem devagar. Se senta e logo se deita. Ela faz uma careta, mas, respira fundo quando se deita completamente
– Você pode ficar? Eu não durmo há dias! – ela choraminga. Aceno positivamente para ela. Eu não seria louco de recusar nada que ela venha me pedir. Eu talvez seja a única pessoa que ela confia nesse momento. E se eu posso ajudar, então eu vou
A cubro e desligo o abajur. Sento-me na lateral da cama ao seu lado e a observo fechar seus olhinhos graças a luz fraca que vem da janela. Vou ficar aqui até ela dormir completamente e depois volto para o meu quarto. Meu coração ao mesmo tempo que esta partido pela dor dela, está tão feliz. Eu estou tão pertinho dela. Eu não preciso a tocar, só de a ter aqui pertinho de mim já é o suficiente.
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Latente | Michael Jackson
Fanfic1990. Michael Jackson, o tão aclamado rei do pop é um homem sedutor que tem tudo o que deseja. Michael é um dos homens mais poderosos de todos os tempos. Ele é ganhador de diversos prêmios importantes da indústria musical e é sempre cercado de luxo...