Salva-Vidas《NOSH》

Cap. 2

Noah Urrea POV

— Shivani, que salva vidas é aquele pelo amor?!. – Falei enquanto encarava a garota que estava do outro lado da piscina.

— Josh Beauchamp, meu filho, já gamou foi viado? – Falou e Joalin deu uma crise de riso.

— Não tô achando graça. — Cruzei meus braços e voltei a olhar para o Josh. — Perfeição aquilo ali.

— Não dou uma semana. – Shivani falou e eu a encarei confuso.

— Epa! Noah tira seu cavalinho da chuva que eu tô aqui há muito tempo. – Joalin falou e eu a olhei incrédulo.

— Não quero nem saber, eu vou fisgar ele, aliás, você sabe se ele namora? – Perguntei para Shivani, que deu de ombros.

— Ele só vive grudado com uma garota, ela estava até cantando aqui quando nós chegamos. – Shivani falou e Joalin assentiu. Eu arqueei minha sobrancelha e encarei Josh, assim que virei meu rosto, ele me olhou e então eu voltei a minha atenção às garotas.

— Entendi... não acham que já está tarde?

— Sim, vamos lá falar com o Josh. – Shivani falou com um sorriso malicioso e eu me controlei para não sorrir também.

Andamos e senti meu corpo se arrepiar pelo frio que começou a fazer, assim que nos aproximamos do rapaz, ele encarou o meu corpo descaradamente e eu provoquei sorrindo para o mesmo. Após nos apresentarmos, as meninas saíram e eu achei uma bela oportunidade para atiçar Josh, me abaixei e empinei bem a minha bunda, peguei a minha roupa e levantei tentando conter o meu sorriso.

Vesti a roupa e me despedi de Josh, Krystian tinha vindo me buscar, já que irei passar o final de semana na sua casa com Any. Desde muito novo eu sou amigo de Krystian, nossos pais eram amigos e por isso fomos criados praticamente como irmãos.

— Quem era aquela homem com quem você estava falando? – Krystian perguntou curioso como sempre.

— Você já foi menos fofoqueiro! – Alfinetei enquanto entrava em seu carro. — Mas respondendo a sua pergunta, é o salva vidas do clube, Josh o nome dele.

— Lindo ele, está solteiro? –Perguntou mexendo as sobrancelhas e eu controlei a minha gargalhada.

— Não, ele namora, mas de qualquer forma se ele fosse solteiro ele não iria te querer. – Falei convicto e assim que Krystian parou o carro na sinaleira me encarou com um certo deboche.

— Por que o senhor acha que ele não iria me querer? Eu sou lindo! –Falou passando a mão no rosto enquanto se olhava pelo retrovisor.

— Ele é hetero. – Falei a primeira coisa que veio em mente para tirar essa ideia de querer o salva vidas, da cabeça de Krystian.

— Como você sabe? Eu em! – Krystian cruzou os braços, mas logo colocou as mãos no volante para dirigir assim que o sinal ficou verde.

— Porque ele namora uma garota. – Falei e Krystian fez uma cara de decepção que foi impossível não rir, o caminho todo eu fui dando risada e o perturbando. Até que Krystian não aguentou mais e ligou o rádio, mas mesmo assim eu não parei até chegar em sua casa.

Entramos e eu joguei a minha mochila no seu sofá, Krystian mora com sua mãe e sua irmã de quatro anos, provavelmente as duas já estavam dormindo, então só faltava esperarmos a Any para começarmos a jogar.

— A Any não irá vir hoje. – Krystian falou enquanto olhava para o celular. — Parece que a Bella está passando mal e ela teve que levá- la ao hospital. Eu assenti e peguei a minha outra roupa, e fui para o banheiro tomar um banho morno, lavei meu cabelo para tirar a água de cloro e depois de alguns minutos eu desligo o registro, visto uma roupa confortável e seco o meu cabelo.

Kyrstian já estava no sofá com outra roupa, provavelmente já tinha ido tomar banho no banheiro do segundo andar, fui à cozinha e peguei alguns doces que estavam no armário, voltei para a sala e Krystian me entregou o controle do Xbox.

— Hoje eu ganho de você, Urrea. – Falou sorrindo e eu revirei os olhos.

— Você sempre fala isso Krystian.

Depois de praticamente dezenas de partidas eu e Krystian paramos de jogar, amanhã nós iríamos sair com Any e o Samuel, infelizmente, só aceito sair com esse cara por causa do Krystian, mas nem a voz dele eu aguento ouvir.

[...]

No dia seguinte acordamos bem tarde e então Any marcou de nos encontrarmos na boate às nove horas da noite, então passamos a tarde jogando novamente, a mãe de Krystian preparou nosso lanche e à noite já estávamos na entrada da boate.

— Será que hoje eu desencalho? – Krystian perguntou juntando as mãos e olhando para o céu, eu dei risada e andamos, o rapaz liberou nossa passagem, e assim que colocamos os pés dentro do estabelecimento, a música alta invadiu nossos ouvidos.

Encontramos a Any e o Samuel parados no bar, revirei os olhos internamente quando ele sorriu para mim e corri para abraçar a minha amiga.

— Só assim para nos vermos, Noah! – Samuel falou e eu dei um sorriso falso, pedi uma bebida ao barman e me afastei de Samuel, eu não estava afim de ouvir suas cantadas hoje.

Sentei em um dos bancos do bar e Any começou a contar sobre a sua experiência na faculdade de música, eu sorria com sua empolgação e ela não parava de falar, por um momento me senti vigiado e comecei a procurar por toda a boate, até que me deparo com aqueles benditos olhos azuis, perfeito.