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( Isaac x)

Chegamos na casa do Scott, ele abriu a porta e disse que eu podia entrar, a casa estava um silêncio total, nem parece que mora alguém aqui. Cadê os pais dele?

— Uhn, Scott?

— Sim? — Ele colocou a caixa na mesa da sala.

— Seus pais não estão?

— Não moro com meus pais, doce — ele respondeu simples e saiu da sala — Quer algo?

— Não, obrigada... Quer dizer, obrigado — eu me embolei nas palavras e Scott voltou para a sala, rindo.

— Não se preocupe, Isaac. Eu não me importo — ele disse apontando para o sofá e eu me sentei, ele se sentou ao meu lado — Se você usa palavras para se descrever no feminino, é normal. Muitas pessoas erram e não é porque eu gosto de ler e sou considerado um nerd que vou ficar te corrigindo.

— Você sabe que tem alfas que não gostam, acham sei lá, tem muita gente estúpida — eu falei enquanto brincava com os meus dedos — Então, o que tem na caixa?

— Vou te mostrar, mas antes... — ele passou a mão com delicadeza no meu queixo — Posso te beijar?

— Deve — eu sorri tímido e ele se aproximou de mim.

Scott comecou a me beijar e passar a mão sobre meu joelho, aquilo estava muito calmo, muito bom, mas... Eu sou Isaac lahey e mesmo sendo um ômega não sou tão delicado assim, empurrei Scott para se encostar no sofá e me sentei em seu colo.

— O qu- — Comecei a beijá-lo e acariciar sua nuca, ele colocou as mãos na minha cintura e começou a acariciar, percebi sua vontade de passar a mão na minha bunda, ele descia um pouco as mãos, porém logo botava na minha cintura novamente.
Aprendeu que deve pedir, isso mesmo.

Comecei a rebolar levemente em cima dele, e ele se afastou um pouco, respirou e voltou a me beijar, levei minhas mãos até as suas e as peguei e coloquei na minha bunda, Scott se distanciou um pouco dos meus lábios segurando o inferior com os dentes e me olhou, eu gemi baixinho e empurrei minha bunda para suas mãos o dando liberdade para apertar, ele entendeu, apertou e voltou a me beijar.

Estava tudo tão bem e ele passando as mãos às vezes apertando a minha bunda, quando o meu celular vibrou no meu bolso de trás.

— Meu doce — ele se afastou respirando devagar, eu amo quando "meu doce" é bonito saindo da boca dele. — Tem algo vibrando aqui, é seu celular ou o meu pênis tomou vida própria.

Eu comecei a gargalhar e ele tirou as mãos da minha bunda, eu peguei meu celular, era minha mãe.

— Oi, desculpa, desculpa — Falei e Scott me olhava agora fazendo carinho na minha coxa — Eu estou com um amigo, eu vou voltar sim mãe, não vou me atrasar, sim senhora, tchau.

— Falei para não me trazer — Scott disse fazendo carinho em minha bochecha esquerda e eu fechei os olhos para sentir o toque — Fique parado por um momento.

— Anh? — Eu ia abrir os olhos, mas ele começou a passar a ponta dos dedos no meu rosto, ele passou contornando minhas sombrancelhas, depois meus olhos, passou o dedo da ponta do meu nariz me fazendo rir, ele começou a contornar meus lábios e eu beijei seu dedo. — O que foi isso? — eu perguntei abrindo os olhos e vendo Scott sorrindo.

— Você tem um rosto lindo — ele disse e eu corei — Sabia que as pessoas cegas usam os dedos para sentir o rosto da pessoa também? — ele perguntou e eu assenti — Então, eles sabem se a pessoa é boa ou bonita tocando o seu rosto, eles conseguem ver com as mãos, só no tocar, dizem que eles sabem ler sua alma apenas tocando seu rosto. Eu meio que acredito nisso.

Eu fico impressionado com o jeito do JongHyun falar.

— Eu preciso ir, mas antes me diga o que tem na caixa — eu disse saindo do seu colo e ele se ajeitou.

— São fotos e coisas antigas dos meus pais — Scott disse abrindo a caixa — Eles mandaram pelo Stiles.

— Você mora sozinho mesmo?

— Sim, e não foi por escolha — ele suspirou e eu me conti para não perguntar o motivo. — Ah, você tem que ir mesmo?

Eu queria gritar um "não", mas minha mãe ia me matar se eu demorasse mais 10 minutos.

— Sim, vem um parente chato para minha casa — eu disse e Scott riu — Mas eu não queria ir — me joguei em cima das pernas dele — Me ajuda!

Scott gargalhou e apertou minha bochecha, ri e me levantei, ele veio comigo até a porta.

— Até amanhã, doce — ele disse e eu suspirei.

— Scott? — ele me olhou e sorriu — Amanhã tudo vai voltar ao normal? — ele fez uma cara confusa — Digo... Você na sua e eu lá com você fingindo que eu não existo.

— Não tem como fingir que você não existe — ele disse e me abraçou — Você é o popular alí, quem fingi que você não existe?

— Olha, eu posso te dar um nome e ainda te contar os meus flashbacks de memória — ele riu e eu beijei seu pescoço — Sério, vai voltar ao normal?

— Eu não acho ficar uma palavra bonita, você acha? — ele perguntou e eu queria bater nele por mudar de assunto. — Então, não vamos ficar.

Ah não, que palhaçada é essa agora?

— Como é qu-

— Vamos nos conhecer — ele disse e eu engoli todos os xingamentos a mãe dele que eu ia falar — Bom pra você?

— Sim, ótimo — eu mordi o lábio sorrindo — Vou poder te beijar?

— Vou pensar no teu caso.

— Odeio você — ele abriu a porta para que eu saísse.

— Você já disse isso, e ainda me chamou de gostoso mais cedo — ele disse rindo e eu bufei virando de costas e saindo, mas ele puxou meu braço e encostou seu corpo no meu — Lindo.
E ele me beijou, mas logo se afastou sorrindo e eu suspirei.

— Ainda te odeio, seu nerd chato — eu fui até o carro escutando a risada de Scott atrás de mim.

Não vou dormir hoje, vai que isso tudo pode acabar amanhã e eu perceber que foi apenas fruto da minha imaginação.


I love you, nerd * Scisaac *Onde histórias criam vida. Descubra agora