I love you, nerd * Scisaac *

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( Scott x)

Cheguei na frente da casa dos meus pais, para alguns aquilo seria uma maravilha voltar a ver os pais e passar dois dias com os eles, porém para mim era o pior dos meus pesadelos. Eu estou fazendo isso pelo Isaac e porque não quero andar por aí sem um carro e mais, quero dar um presente para ele.

— Ol- Scott? — A mulher que me pôs no mundo falou ao abrir a porta — O que você está fazendo aqui meu filho?

— Bom dia Melissa, preciso falar com você e com o Rafael — Eu disse e ela assentiu abrindo a porta para que eu entrasse.

— Você quer alguma coisa meu filho? Fique a vontade — Ela sorriu e eu a encarei — Vou chamar seu pai.

Qual o problema dela? Me tratando como um filho? Anos atrás eu fui expulso daqui e disseram que eu não era mais filho de ninguém, não sei porque isso tudo e porque isso agora.

— Scott! — Rafael apareceu na sala sorrindo — Como está meu filho?

— Acho que o senhor se enganou com a última palavra dita — Eu falei me sentando no sofá o mesmo sofá daquele ano — Eu não sou seu filho, Rafael — Eu disse e ele me encarou — Só vim aqui para pedir que me mandem um pouco mais de dinheiro.

— Para o que exatamente? — Ele perguntou.

— Preciso comprar um carro, as coisas estão difíceis lá, se locomover de carro facilita muito e daqui a uns meses eu já vou estar na faculdade, por isso aumentar o dinheiro que me mandam seria um ótimo investimento. — Eu disse e meu pai se sentou em sua poltrona, poltrona que eu me lembro de todo o domingo ele sentar e falar sobre as coisas que ômegas masculinos faziam de errado.

— Eu e sua mãe já tínhamos pensado em aumentar esse dinheiro, você vir aqui só nos provou que será um bom investimento, fizemos um acordo de lhe dar o dinheiro até os 19 anos e vamos cumpri-lo. — Ele disse e Melissa sentou ao meu lado sorrindo — Você é um rapaz bonito, deve arrasar o coração das ômegas.

— Ele está lindo não é? — Melissa falou e eu me sinto enjoado — Não demore para casar, preciso conhecer meus netos antes de partir.

— Como eu já disse, vocês devem estar se enganando, eu não sou nada de vocês, apenas uma pessoa que recebe dinheiro para o próprio sustento porque temos um acordo. — Eu disse afastando minha mão quando Melissa tentou tocá-la. — E para informar e não porque os devo satisfação, eu estou muito bem e namorando.

— Esqueça o passado meu filho, aquilo foi uma coisa que com certeza te ajudou para se tornar o que é hoje — Rafael disse — Se hoje está namorando é porque escutou bem o que nós falamos e aprendeu a lição.
Eu ri.

Rafael me olhava estranho e Melissa também, a minha vontade é de xingá-los por todos esses anos que eu sofri e me escondi atrás de vários e vários livros, me escondi de uma paixão que estava bem na minha cara, duvidei de uma pessoa mesmo antes de conhecê-la, e a culpa de tudo isso foi desses dois nessa sala que me marcaram desde da pele como na alma.

— Ajudou bastante, tanto é que hoje namoro um ômega — eu disse parando de rir — Um lindo ômega na verdade, não que isso seja importante para vocês.

— Um ômega? — Meu pai perguntou se levantando — Um ômega?!

— Foi o que eu disse, não foi? Ou com o passar dos anos você ficou surdo, Rafael?

— Olha o respeito, eu sou seu pai!

— Pai que me deu uma surra só por gostar de alguém do mesmo sexo, maravilhoso homem você!

— Eu vou te dar uma surra novamente para aprender a me respeitar — Ele se aproximou de mim e eu ri.

— Eu tinha 15 anos quando você bateu em mim, eu era submisso a vocês dois — Eu olhei para Melissa rapidamente — Mas hoje, eu tenho 18 anos e sei o que quero da minha vida e se você encostar um dedo em mim eu vou revidar, até porque você não é nada para mim.

— E veio aqui pedir dinheiro para alguém que não é nada para você?

— Sim, porque é algo que vocês me devem por esses anos que eu passei sobrevivendo sozinho, e como o senhor mesmo disse, temos um acordo! — Eu disse indo em direção a porta da casa — Só me mandem o dinheiro, nada mais.

— Eu não vou m-

— Ele vai mandar, nós não estamos mentindo sobre o acordo, não se preocupe — Melissa disse e eu abri a porta saindo daquela casa o mais rápido que pude.

                                -xx-

— Não acredito, Scott na minha casa? — Alex falou ao me ver em frente da casa dele — Filho da puta, depois de três anos você aparece e nem me ligou avisando?

— Olha quem fala, você se casou ano passado e não me mandou o convite, seu merda — Eu ri enquanto o alfa me abraçava — Quero conhecer seu ômega.

— Ele deve estar chegando, foi visitar os pais — Alex disse — E eu só não te chamei porque aqueles que te botaram no mundo foram ao casamento como convidados dos meus pais, então eu acho que você não ia se sentir bem, ainda estou em choque por te ver aqui.

— Que isso cara, eu tô brincando — Eu bati em seu braço — Mas estou feliz pelo seu casamento.

— Obrigado, vem entre em casa.

— Quem cuida dela, você ou seu marido?

— Vai se foder, eu não sei nem lavar meu cabelo sem ajuda.  — Ele respondeu rindo e eu andei com ele até a cozinha.

— Coitado do seu marido então.

— Temos uma ajudante, e meu marido trabalha e eu também. Mas me diga, como as pessoas estão lá na cidade grande?

— Bem, Derek e Stiles vão se firmar eu acho, Cora namorando, um irmão dela apareceu, e eu estou namorando

— Como é que é?! — Ele gritou.

Alex foi uma das pessoas que me ajudaram na época com aquele ômega, ele foi um dos meus amigos e dizia que eu não deveria levar aquilo a sério, mas eu levei e ele me disse aquela frase do capeta : Eu te avisei.

Mas ele é um bom amigo.

— Eu estou namorando, o nome dele é Isaac e ele é um amor de ômega — Eu sorri ao lembrar do meu doce e Alex riu — Quando for a cidade eu te apresento ele.

— Grandes revelações — Ele disse rindo e eu ouvi alguém entrando na casa — Meu ômega chegou.

Me virei e vi um rapaz baixo de olhos claros com cabelos pretos me olhando, ele sorriu e estendeu a mão para me comprimentar.

— Prazer, Scott Mccall. — Eu disse e ele assentiu.

— Alex fala muito de você — ele sorriu — Prazer, Yeon-suk.

— Em resumo, o mais lindo, inteligente e fofo ômega de todos os tempos — Alex disse e suk riu. — Antes que pergunte, não, ele não nasceu aqui, por isso o nome estrangeiro.

— Olha, meu ômega também é maravilhoso. — Eu disse os fazendo rir.