Tudo por Amor

Capitulo 79 " Henry sabendo a verdade".

Henrique

Saio da minha casa,pego meu carro e sigo para o hospital não sei por que mas uma emoção toma conta do meu ser e me ponho a sorrir que nem um bobo. Chego no hospital,estaciono desço e corro para a entrada e logo avisto Eduardo que balança a cabeça quando me vê, sigo então para o elevador que demora para vir,passa uns segundos e ele chega e ao se abrir vejo Ellie sair a comprimento e entro no elevador e logo aperto o botão do 18° andar, e pra piorar aquela músiquinha irritante que tem nos elevadores,sinceramente eu detesto.

Por fim chego em eu andar e quando saio sigo até o quarto da minha mulher, e por fim entro e a vejo de costas para mim e olhando fixamente para a janela até que não me aguento e a abraço por tras e beijo seu pescoço e sussurro - "Tava morrendo de saudades da minha mulher" - Digo pousando as mãos em suas coxas. Então ela se vira e acabamos nos beijando,nós separamos por falta de ar.

- A cada dia te amo mais,sabia!- diz acariciando meu rosto

- Eu sei meu amor, mas antes preciso te dizer algo, vem.! - a chamo para se sentar no sofá comigo. Ela então se senta ao meu lado e põe as mãos em cima das minhas e a olho profundamente e digo.

- Antes do acidente que te deixou hospitalizada,houve uma perda!- Faço uma pausa tentando me recuperar. - Que perda,minha vida? - ela me questiona, então resolvo continuar a grande revelação.

- Você perdeu o bebê que espera,por causa do tiro daquele maldito! - Digo tudo em disparada sem pausa alguma... Percebo que ela se levanta e me olha como se  não acreditasse no que eu estava dizendo.

- Isso não pode ser verdade,mas como isso foi acontecer? - Vejo que ela se exalta e me levanto tentando a confortar em meus braços mas ela se afasta e passa as mãos pelo longo cabelo castanho escuro.

- Henrique eu não posso ter perdido meu filho, eu não posso acreditar isso só pode ser mentira! - Me diz que é mentira por favor? - Implora ela de joelhos em minha frente e não vejo outra solução se não a confortá-la em meus grandes braços.... - Cadê aquela mulher forte que eu conheci e que lutou contra tudo e todos! E que nunca deixou uma grande decepção te abalar,eu lhe peço minha vida não se entrega, reage lembre-se que temos três lindos filhos que precisam da gente!

- Mas dói, e muito essa perda eu não consigo evitar! - Me abraça por favor! - ela me pede e nesse momento não consigo negar nada a ela.

A abraço como se o mundo não existisse só por um segundo,mas somos interrompidos por batidas na porta,e quando a porta se abre aparece Rodolfo.

- Que bom, que os encontrei,sua noiva já esta de alta! - Ah e também o pequeno Henry ! - Fala saindo do quarto.

- Viu querida poderá voltar para a casa, para perto dos nossos filhos!- Digo com ela enroscada em meus braços.

- Tem razão, mas antes quero que me leve em um lugar!- Disse se afastando de mim. - Para onde quer que eu a leve meu amor?- pergunto vendo a distância entre nós.

- Quero que me leve para onde meu bebê foi enterrado! - Eu te suplico Henrique

- Mas, meu amor isso não vai te fazer bem! Eu tenho medo da sua reação minha vida. 

- Apenas me leve, eu preciso me despedir do meu bebê! - diz entrando no banheiro.

Vendo que sou voto vencido, desço até a recepção e vou para o carro onde pego uma troca de roupa para meu campeão,volto para a recepção entrego as roupas para a enfermeira que as leva rapidamente,depois que acerto a conta do hospital que me viro vejo minha linda mulher vindo na minha direção com meu campeão do lado.

- Vamos ? - Ela pergunta,me dando um selinho.

- Claro minha vida, vamos filhão? - Pego em meus braços e saimos dando "tchau" para as enfermeiras...

Assim que entramos no carro,coloco meu campeão na cadeirinha com o cinto e sento no banco da frente e ligo o carro e saio em rumo ao cemitério onde meu filho havia sido enterrado,chegamos e vejo os olhos de Cris se encherem de lágrimas, a abraço rapidamente e logo ouço ela sussurrando "- Preciso fazer isso sozinha". - Apenas balancei a cabeça e concordei com sua decisão. Ela abre a porta desce e segue para o túmulo do nosso pequeno Leon Ascânio Drummond - "Nosso anjinho que descansa em paz".

Henrique

De longe a vejo desabar no choro,e se ajoelhar no túmulo do nosso pequeno anjo,sinto meu coração se apertar.Saio do carro,quando ouço meu pequeno me chamar,me viro rapidamente e abro a porta do carro.

- O que foi filhão? - Pergunto olhando em seus olhos 

- Por que a mamãe ta chorando papai? - Ele me pergunta,e realmente fico sem reação...- Bom meu filho errr...

- Deixa que eu explico amor! - Ela diz se aproximando de nós..- Olha Henry agora que você ta um rapazinho,quero que você entenda o motivo ao qual viemos aqui,eu e seu pai não tinhamos planejado mais um filho....

- A sra está grávida,mamãe?- Ele esboça um sorrisso

- Eu perdi,por causa de um assalto que aconteceu no hospital aonde você estava,meu amor! - Deixo uma lágrima cair

- Mas como mamãe? Como foi? - Ele questiona com várias perguntas

- Um assalto,meu amor! Acabei levando um tiro e perdi seu irmão. - Digo sem segurar as lágrimas que teimam em descer por meu rosto.

- Quem foi esse malfeitor,diz pra mim que ele vai se ver comigo! - Henry fala saindo da cadeira e indo abraçar a mãe. Pego meu filho nos braços e o aperto e em meio ao choro sussurro "- O que importa é que eu tenho você e suas irmãs na minha vida!".

- Filho,entenda eu e sua mãe amamos você e suas irmãs, e nada vai mudar!... -Eu sei papai mas era o meu irmão, e esse cara tirou isso de mim isso eu nunca vou perdoar.

- Filho....! - Henrique fala mas Henry o interrompe. - Pai quero ver o meu irmão,onde ele está? 

- Vamos filho, vem amor! - Ela fala e eu a sigo.

Chegamos no túmulo de nosso anjinho,e ficamos em silêncio.... Até que percebemos Henry pega uma flor e coloca no túmulo e disse:

"-Posso não saber,como você é, mas quero que saiba que você tem um espaço enorme em meu coração. Te amo irmão!" - Que lindo filho. - Fala Cris e Henrique juntos.

Deixamos o cemitério,com lágrimas nos olhos e fomos embora para casa,no caminho confesso que ver meu anjinho ali me doeu muito,mas eu precisava me disso, era como se eu soubesse que ele estaria a salvo ali...