Untouchable - Seulrene

TÉRMINO

– Seul ...? - A voz de Joohyun soou baixa na ligação.

– Ei, Honey. O que houve? - Seulgi a perguntou. – Sinto muito por não retornar suas ligações imediatamente. Estávamos acordados desde as três da manhã e voltamos para o quarto agora. - Ela explicava.

– Tudo bem ... Você conseguiu jantar? - Joohyun perguntou.

– Hyun, o que há de errado? Por que você está chorando? - Seulgi podia ouvir as fungadas da namorada através da ligação.

– Seulgi ... meu pai ... - Ela tentou falar.

– O-o que aconteceu com ele ...? - Seulgi preocupada a perguntou, apreensiva pela resposta.

– N-nós nos apressamos para levar ele até o hospital hoje pela manhã. Derrame ... - Ela falava, ou tentava.

– Oh, meu ... - Seulgi tentou falar, mas seu corpo apenas deslizou contra a estrutura de sua cama, se sentando no chão. – C-como ele está ...? - Ela perguntou.

– Ele está instável. Metade do corpo dele está paralisado agora. Eu não sei o que fazer, Seulgi ... - Joohyun falava e chorava ao mesmo tempo.

– Shhh ... Honey, seu pai é um homem forte. Ele vai sair dessa. - Seulgi tentava passar algum tipo de conforto para Joohyun mesmo estando longe.

– M-mas os médicos disseram que suas chances de sobrevivência são muito pequenas. Não temos certeza se ele voltará a acordar ... - Joohyun já não conseguia controlar o tom de sua voz. Seulgi podia sentir o desespero e a tristeza na voz da namorada.

Seulgi massageou a cabeça com a mão livre. Todo o estresse da madrugada estava finalmente cobrando seu preço. No entanto, ela não podia mostrar nenhum sinal de fraqueza ou cansaço, pois sua namorada estava em uma situação em que precisava dela firme, mesmo que longe.

– Joohyun, baby, você tem que ser forte. Seu pai não quer que você o veja assim. - Ela tentava confortá-la novamente.

– N-não sei se ele vai conseguir sair dessa, Seulgi. Eu ... não estou pronta para isso ... - O choro dela piorava e Seulgi apenas desejava poder estar ao lado de Joohyun nesse momento.

– Vai ficar tudo bem. Eu prometo a você. Ele vai conseguir. - Ela falou com a voz doce, porém podia sentir algumas lágrimas começarem a descer por seu rosto.

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– Os médicos conseguiram o manter na UTI devido a rapidez em o levarem até o hospital naquela manhã. No entanto, depois de três dias, ele morreu. - Seulgi explicou, visivelmente abalada com tais informações. Ela estava acariciando um dos braços de Yerim com o polegar enquanto a menina tirava um pequeno cochilo, sentada em uma das pernas da Capitã com sua cabeça apoiada em seu ombro. – Foi muito difícil para ela aceitar. Ela sempre foi a garotinha dele. - Seulgi dizia. – Ela me pediu para tirar uma licença, antecipar minhas férias para que eu pudesse passar aquele tempo com ela... Ela estava realmente triste, deprimida..., no entanto, a única resposta que eu tive foi que poderia sair três meses após o enterro de seu pai. - Ela finalizou.

– Em outras palavras, você não chegou a ir ao enterro? - Perguntou Amber.

Seulgi balançou a cabeça negativamente. – Eu não pude ir embora. Foi um ano movimentado para a AEF também. - Ela dizia com os olhos longe. – Trabalhamos oitenta horas por semana. Raramente conversava com ela e houve momentos em que ela não estava com vontade de falar comigo. - Com um leve sorriso, Seulgi olhou para o chão. – Eu a entendi. Eu sabia que ela estava sofrendo por sua perda e eu estava em falta com ela então eu lhe dei esse tempo porque sabia que era disso que ela precisava. - Finalizou.