Untouchable - Seulrene

ANIVERSÁRIO

– Senhora Bae, é um prazer vê-la aqui. Sua filha acabou de passar mas já voltou ao trabalho. - Sunny dizia.

A mãe de Joohyun se curvou para a Comandante Sunny e Seulgi. – Eu estava na outra ala, com o marido dela. Vim para cá quando soube das notícias de que a Capitã tinha acordado. - A velha dizia.

– Joohyun te contou sobre isso? - Perguntou a Comandante.

– Não. A enfermeira que está designada para o quarto de Junmyeon nos contou. - Ela respondeu calmamente.

– Entendo.- A Comandante olhou para Seulgi em busca de alguma reação, mas logo voltou para a mãe de Joohyun. – Acho que vou deixar vocês conversarem um pouco. -

Seulgi queria pedir a Sunny para não sair, mas viu a senhora mais velha abaixar a cabeça. – Obrigada, Comandante. -

Quando Sunny finalmente saiu da sala, a cabeça de Seulgi estava cheia de perguntas sobre o motivo da mãe de Joohyun ter aparecido ali. Tudo que ela se lembra é que essa mulher nunca gostou dela.

– Como você está se sentindo? - Perguntou a senhora mais velha, sua voz com uma pitada de preocupação, o que fez Seulgi estranhar.

– Eu estou bem. Obrigado por perguntar. Como ele está? - Seulgi resolveu agir da mesma forma, afinal, não tinha nada a perder.

– Ele está se recuperando. Pode levar um pouco de tempo porque ele teve várias costelas fraturadas. Mas sim, ele está indo bem. - Ela respondeu calmamente.

– É bom saber disso. E, Yerim? - Seulgi continuou com as perguntas já que a Senhora Bae se encontrava acessível.

– Ela está em nossa casa agora com a babá. - Ela respondeu. - Joohyun vai buscá-la mais tarde após o seu turno para visitar Junmyeon. - Finalizou.

Seulgi apertou os lábios com a resposta, mas assentiu devagar logo depois.

– Eu ainda não te agradeci pelo que você fez. - A mãe de Joohyun dizia.

Seulgi olhou para a mulher nos olhos e viu o que não esperava: sinceridade. – Não há necessidade de me agradecer. É meu dever, Senhora. - Ela tentou se explicar.

– Eu sei. Mas ainda assim, obrigada por não desistir de Yerim e Junmyeon. - Ela continuou. – Sou eternamente grata por isso. - A mulher tocou o braço de Seulgi com as duas mãos, como nunca havia feito antes.

Seulgi sentiu algo diferente com esse toque. Ela não conseguiu falar o que era, mas era algo diferente.

– E me desculpe ... - A Bae sussurrou, à beira de chorar dessa vez. – Sinto muito por tudo ... - Continuou.

– M-madame ... por favor ... não chore .... - Ver a mãe de Joohyun chorar assim derreteu toda a raiva que Seulgi sentiu pela senhora mais velha antes.

– Sinto muito ... sinto muito por machucá-la .... - Ela dizia, tentando controlar seu choro. – Joohyun nunca traiu você, Seulgi. Fui eu quem pediu a Junmyeon para continuar ligando para ela naquela noite. - Ela confessava. – Eu fiz isso porque eu não podia suportar vê-la triste e sentir sua falta o tempo todo. Me desculpe se eu te machuquei ... - A sinceridade na voz da mulher era audível. Ela realmente se arrependia.

Seulgi mordeu o lábio inferior, tentando se recompor com toda informação. Não importava mais se a mãe de Joohyun teve algo a ver com o que aconteceu. O que partiu seu coração naquela noite foi quando Joohyun admitiu que gostava do médico.

– Senhora, está tudo no passado agora. Você não precisa mais se preocupar com isso. - Seulgi tentava a acalmar.

– Você ainda a ama, não é? - A senhora questionou a Capitã. – Você não iria tão longe em salvar a filha e o marido dela se não a amasse. - Ela falava.