Epitáfio I

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Todos morrem sós, eu sei que sim...
Talvez por isso eu tentasse tanto
Fazer amigos em tudo que é canto
Enquanto caminhava para o fim.

Agora aqui estou, só cabe a mim
Chorar e enxugar meu próprio pranto
Tendo nenhuma voz de acalanto...
Fazer o quê? A vida é assim.

Tentei ser uma pessoa correta,
Amei muitas pessoas no caminho,
Fingi que poderia ser poeta...

Mas voltarei mais cedo para o ninho,
Deixando só a obra incompleta
De um homem que morreu sozinho.
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🛑Nota do Autor:🛑

Esta nota estará presente em todos os poemas nos quais eu sentir que o tema abordado é delicado ao ponto de precisar dessa atenção especial:

Essa poema foi escrito há algum tempo, quando pensei que não haveria saída para alguns problemas em minha vida e, se você está lendo isso, é porque hoje em dia esses problemas não passam de uma parte desagradável do passado. 
Todavia, nunca sabemos quem vamos atingir ao compartilhar um poema com o mundo, não sabemos o nível da identificação que será gerada e a reação que isso pode causar; por conta disto sinto que tenho a responsabilidade  de registrar aqui dois contatos muito importantes, ambos pertencentes ao Centro de Valorização da Vida (CVV):

* https://www.cvv.org.br/    - Através deste site é possível conversar por email ou chat nos momentos mais críticos da crise.

* 188  - Através desse número telefônico você pode entrar em contato, gratuitamente, com o CVV. Atualmente o atendimento abrange todos os estados do Brasil.

Não encerrarei a nota com palavras otimistas, até porque estou o mais longe possível de ser a pessoa adequada para dizê-las, mas... Em suma, tudo bem procurar por alguém que realmente entenda do assunto e esteja disposto a ajudar.

Obrigado pela leitura! 💜

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