Louis acordou mais tarde que o normal aquele dia e como não tinham muito o que fazer decidiu apenas se levantar ir comer alguma coisa, sair para uma caminhada, talvez pegasse sua câmera e iria fotografar algumas coisas, parecia uma ideia bastante chamativa para ele, então se levantou foi em direção ao banheiro do seu quarto, lavou o rosto fez sua higiene se vestiu pegou a caixa de madeira em que sua câmera fotográfica estava e seguiu para o andar de baixo do palácio não encontrando ninguém pelo caminho o que o deixou bastante feliz, não queria ter que lidar com ninguém, apenas queria sair de lá e ir caminhar.
Já estava a alguns minutos caminhando até que encontrou um parque que estava relativamente vazio, então foi para um espaço mais vazio perto de um pequeno lago percebeu também que tinha um grande prédio do lado daquela belíssima praça parecia uma escola, mas não se ligou muito a isso e apenas colocou sua caixa no chão e começou a montar sua câmera, tirava o tripé montava, até conseguir tirar de aquele objeto grande de dentro e colocar apoiado encima do tripé por ser extremamente pesado, então assim que terminou de montar começou a tentar fotografar algumas coisas, entre elas, as pessoas e as paisagens daquele lugar bonito mal vendo o tempo passar estava vendo o mundo a partir da lente da sua câmera, estava observando atentamente naquele momento tinham muitas pessoas saindo do grande prédio então ele continuou tirando foto daquelas pessoas com muita calma observando atentamente cada um, até que seus olhos junto com a lente da câmera reconhecem alguém em especifico, um belo rapaz o mesmo belo rapaz que ele tinha encontrado no dia anterior e seu coração falhou uma batida o por que ele não entendeu, mas a única coisa que sabia de fato era que precisava falar com o garoto que tinha o verde das esmeraldas nos olhos.
– Olha só se não é o Harry só Harry – Tomlinson falou saindo de trás da câmera e indo quase correndo em direção ao garoto
– William! Olá, está me seguindo? – Harry disse se assustando com o outro rapaz que apareceu do nada
– Claro que estou, ainda não percebeu? – falou soltando uma risada enquanto o outro apenas ficava com o rosto vermelho em surpresa enquanto sua boca formava um "O" – calma Harry é brincadeira a gente nem se conhece
– Eu sei! Enfim o que está fazendo aqui? – falou enquanto melhorava a postura se batendo mentalmente por ter ficado com vergonha do outro garoto
– Vim fotografar olhar a paisagem, o pala— a minha casa estava silenciosa de mais então vim para cá – disse enquanto voltava para aonde sua câmera estava posicionada – e você? Ainda está na escola?
– Oh sim, estou estudando para poder fazer os testes para a universidade no fim do ano. bela câmera eu nunca vi uma dessas pessoalmente, o máximo que já vi de uma dessas foi um esboço que o antigo professor fez na lousa – disse rindo logo fazendo o outro rir também
– Entendi, eu terminei a escola ano passado pensei em fazer os testes para a universidade também, mas não é o que eu quero então apenas segui o ritmo da vida – estava falando enquanto desmontava sua câmera sendo observado pelo garoto de olhos verdes
– Então devo supor que é rico, não é? Digo possui uma câmera, belas roupas, não tem cara de quem trabalha e bem eu nunca o vi por aqui, me diga quem é você William, um foragido da polícia? – Louis tinha o chamado para sentar no chão e assim ele fez sentando do lado do rapaz de olhos azuis e encarando seu rosto por alguns segundos logo voltando sua atenção até o lago que estava bem a frente
– Você nunca saberá jovem Harry, mas o deixo descobrir se aceitar tomar um chá da tarde comigo amanhã o que acha? como bons amigos devem fazer obviamente
– Então quer ser meu amigo? Não me parece uma péssima ideia – seus olhos estavam se encontrando e eles estavam pouco se fodendo se alguém ia perceber a troca de olhares
– É sempre bom ter bons amigos e bem como percebeu sou novo por aqui, aceita meu convite? – com um sorrisinho ladino mostrando suas ruguinhas embaixo dos olhos
– Com muito prazer senhor William, aonde vamos nos encontrar? – falou se levantando sendo acompanhado por Louis que voltou a segurar a caixa da câmera em uma das suas mãos
– Le Petit café de madame Bovary?
– Oui Oui monsieur – disse rindo virando de costas para poder sair dali, até que Louis percebeu que não falou o horário
– Harry! Qual horário? – disse gritando para o garoto que já estava tecnicamente mais afastado
– O mesmo de hoje William, encontre-me lá e não me deixe esperando – acenou com a mão e o coração na garganta se afastando de vez daquela praça deixando um Louis sorridente para trás
– Bons amigos, apenas bons amigos – luís disse para si próprio enquanto ia em direção ao palácio para poder comer alguma coisa, já que tinha passado a manhã toda praticamente sem comer nada.
Assim que chegou em casa foi direto para a grande cozinha do lugar, se sentando na mesinha dos empregados para poder abrir o pote de biscoitos e comer calmamente
– Pequeno Tomlinson, comendo biscoitos escondidos, nunca vai mudar né garoto – a senhora Allin que trabalha para a família real desde muito nova fala assim que vê Louis comendo calado enquanto observa a paisagem pela janela
– Allin você me conhece, sabe que não resisto aos seus biscoitos – Tomlinson disse se levantando para poder dar um abraço na mulher
– Eu sei, mas enfim o que está fazendo em casa agora pequeno?
– Ora, não tenho nada de fato para fazer aqui, sai agora pela manhã conheci um amigo e voltei para casa, apenas – quando se sentou de volta na mesa voltou a comer os biscoitos com bastante calma
– Olha, já fez até um amiguinho, qual o nome do rapaz? Ele é bonito?
– O nome dele é Harry e eu não sei se ele é bonito, como poderia saber sobre isso eu não sei ele é normal sei lá – tinha se engasgado com a própria saliva e estava levemente corado com a pergunta da senhora mesmo que tenha sido a mais ingênua possível
– Ah sim, parece ser um bom rapaz, o traga aqui qualquer dia desses hum? Ele é seu primeiro amigo por aqui todos merecem conhecer
– Mas vocês fazem festa por besteira né? É apenas um amigo, mas tudo bem um dia o trarei a aqui para jogarmos ou bebermos alguma coisa, Allin tenho que ir agora está bom? Até mais tarde
– Ok meu filho, juízo por aí
Assim que Louis saiu da cozinha subiu as escadas com os pensamentos a mil por hora, sabia que Harry seria um provável bom amigo, mas estava sem saber o porquê sua mente sempre o traia com imagens do rosto do garoto os olhos a boca, todos os detalhes do outro, mas possuía apenas uma resposta para isso, estava ficando louco por causa disso, estava nervoso e sem entender nada, o que se pode fazer em situações como essas? Bom o que Louis decidiu assim que entrou em seu quarto e deitou-se em sua cama foi que esqueceria esses detalhes e esses pensamentos, não seria saudável para ninguém, muito menos para ele.
Sinceramente por que a gente tem tanto medo de sentir e de pensar coisas que fogem da nossa "caixinha" por que assusta tanto? Deveríamos apenas aceitar o que sentimos e encarar as situações que a vida e o destino nos colocam na frente, por que assim que a gente percebe que perdeu tanto tempo apenas pensando, conseguimos entender que apenas perdemos uma parte da nossa vida e não entendemos caralho nenhum, sabe porquê? Por que, meus caros amigos a vida, é assim cruel e sem chance de escapatória, pensamentos confusos vem e vão em todos os momentos, é apenas problema seu saber como irá lidar com eles, mas não se atreva a ter seu tempo para demorar a entende-los, sabe por que? Porque provavelmente vai ter um serzinho dentro da sua cabeça dizendo o que deve ou não fazer.
Não estou aqui ditando regra nenhuma sobre o que você deve ou não sentir se você deve entender alguma coisa ou não, mas você deve concordar comigo que é difícil para caralho demonstrar e tentar entender algo na teoria se você não sabe entender a si próprio em pratica, e bem era isso que estava acontecendo com Tomlinson e com Harry por incrível que pareça, ambos estavam perdidos em pensamentos tão confusos que o próprio Shakespeare se perderia em tanta melancolia e dramaticidade.
Quando Harry chegou em casa sua cabeça estava rodando e ele não sabia nem como estava com aparência calma. Subiu para seu quarto, sua tia não estava em casa pois era dia de lavar roupa e seu pai pelo que parecia ainda estava na loja.
Assim que entrou no quarto se despiu e começou a olhar seu corpo nu em frente ao espelho, os detalhes da pele do garoto branca como a neve e delicada como o tecido mais caro que pode se encontrar por ai.
Lembrou-se que a um tempo atrás quando sua tia comprou um hobby de seda branca com bordados nas pontas, ele sempre pegava escondido para poder se sentir bonito com aquela peça e bem como estava sozinho em casa pensou o por que não, então se enrolou com a toalha e foi em direção ao quarto da sua tia, indo diretamente para a gaveta de baixo da cômoda do canto encontrando a peça que queria, assim de volta para o seu quarto e trancando a porta, colocou aquele pequeno símbolo de feminilidade em seu corpo e ficou admirando quanto a seda combinava consigo, abriu um sorriso com direito a deixar amostra as covinhas da suas bochechas em destaque e começou a traçar linhas imagináveis com seus dedos por cada parte que um dia reclamou e sua mente o levou para um par de olhos azuis muito bonitos, seu corpo reagiu ao mesmo tempo imaginando como o mais velho reagiria se o visse daquele jeito em sua frente, mas logo se repreendeu, não deveria pensar no outro desse jeito, mas já estava ali e bem William nunca iria saber não é mesmo?!
Assim que concluiu seu pensamento voltou a lembrar do garoto e suas memorias voltaram para o dia em que se conheceram, como uma onda extasiante de energia Harry sentiu pela primeira vez seu corpo reagir em alguns lugares em especifico por alguém, o deixando extremamente constrangido pois aquilo nunca o tinha acontecido, então ele apenas se deixou levar e encostou suas mãos tremulas naquele lugar e soltou a respiração que nem sabia que estava presa, mas antes que pudesse continuar com aquele caminho pode escutar um barulho no andar de baixo e imaginou que seria seu pai ou sua tia, então apenas correu tirou o hobby levou para o quarto da sua tia o guardou e voltou indo direto para o banheiro para poder tomar um banho calmo e demorado para quem sabe colocar os pensamentos em dia e tentar não surtar enquanto falta apenas algumas horas para se encontrar com William, agora tudo estava um pouco diferente pois sua mente o sabotou e ele não sabia como reagir aquilo então quando percebeu que já estava no banheiro apenas olhando para o nada, o contraste da banheira branca dançava lindamente com o cimento queimado e detalhes simples dos objetos como a pia e o sanitário do local.
A casa tinha apenas dois banheiros o do andar de cima que fica apenas para Harry e sua tia enquanto o do andar de baixo ficar para Robin, e assim que já tinha enchido a banheira entrou nela e sentiu o toque gostoso da agua em sua pele e se permitiu relaxar pela primeira vez naquele dia.
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O mais belo de todos os pensamentos é aquele que nos pega de surpresa arrancando tons rubros de vermelho na pele...
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Winter Crow [L.S] EM REVISÃO
FantasyExiste um momento da vida quando nós fechamos os olhos e não percebemos o nosso redor. Tudo pode nós enganar de uma maneira tão poética. Aquilo que nós menos esperamos é o que realmente acontece, pois quando passado e presente Lutam juntos lado a l...