Nos dias atuais o toque é um luxo, uma raridade e um medo. Pele na pele, o calor, o frio, o sentimento humano tão acolhedor e prazeroso... me lembro como se fosse ontem.
Éramos eletrecutados um pelo outro pela nossa energia, compatibilidade, coração acelerado e curiosidade. Existia um medo excitante para cada detalhe e cada descoberta sobre cada um. Era um perigo, uma caminho desconhecido que não temiamos, pois a facinação pelo novo era viciante... uma completa droga para nós.
No momento, há tempos na verdade, essa bola de eletricidade está perdendo energia, pelo menos eu tento aguentar, tento te puxar de volta para a dança sincronizada que faziamos, entretanto essa força de vontade não é mais envolvente e não mais respeituosa de mim em te fazer se sentir energizado novamente.
Estou aqui, sozinha quieta, apagada e fria. Não há toque, energia, magia, calor e chamas de amor, só há costume da distância entre corpos, mentes e corações.
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Gatilho
Short StoryTextos e poemas aleatórios vindos da pior e da melhor coisa que temos, a vida.
