Há acidentes que vem para o bem

61 9 12
                                    

P.O.V Nari

"Hora de levantar", disse ao ouvir meu despertador tocar. Se eu dormi aquela noite? Digamos que tirei alguns cochilos. Fiquei a maior parte do tempo encarando o teto, não parava de pensar no episódio do elevador, no medo que senti e principalmente, na forma como Suga me ajudou. O olhar preocupado, a forma como ele tentou me acalmar mexeram muito comigo.

De repente a visão que eu tinha dele mudou drasticamente. Eu percebi que por trás de sua frieza, existia alguém completamente solidário e caloroso. A imagem dele me abraçando, preenchia minha mente e eu me lembrava da sensação de segurança que ele me passou. Tinha algo errado, eu nunca me senti tão tocada por algo, alguma coisa estava mudando, mas eu ainda não tinha certeza do que era.

Tínhamos que seguir viagem até nosso próximo destino. Me levantei, fui ao banheiro, escovei meus dentes e depois tomei um banho. Ao retornar, abri a mala para escolher a roupa que iria usar, o que não era muito difícil, já que minhas roupas tinham um padrão.

Optei por uma calça preta com um corte no joelho, uma camiseta preta com o desenho de um panda bastante estiloso, calcei um par de tênis branco. Penteei meu cabelo e amarrei em um rabo de cavalo. Depois de pronta, organizei todas as coisas e segui para o estacionamento onde todos estariam se reunindo.

Como as duas cidades eram próximas, iríamos de Van. Quando cheguei ao estacionamento fui direcionada a primeira van. Entrei e me deparei com Suga sentado nos últimos bancos, colocando os fones em volta do pescoço. Ao contrário das outras vezes eu decidi sentar-me perto dele. Isso se deu por dois motivos: porque eu gostava de me sentar ao fundo e porque passei a me sentir confortável perto dele.

_Bom dia _o cumprimentei abrindo involuntariamente um sorriso e me sentando no banco.

_Bom dia _ele me cumprimentou, abrindo um leve sorriso _gostei da camiseta.

_Ah! Obrigada _respondi envergonhada.

_Dormiu bem? _ele me perguntou.

_Sendo bem sincera, não _disse respirando fundo

_Por quê? _ele me perguntou.

_Não parava de pensar naquele episódio no elevador. _respondi _e você? Dormiu bem?

_Dormi maravilhosamente bem. Aproveita a viagem para tirar um cochilo. Se quiser pode se apoiar no meu ombro, parece que você gostou muito dele _ele disse abrindo um sorriso envergonhado.

_Ei! Foram apenas duas vezes _disse sentindo as bochechas corarem _isso não irá se repetir.

_Se você diz _ele disse encolhendo os ombros _mas a proposta continua de pé.

_Não vou dormir, pois vou estar ocupada lendo um livro _disse abrindo meu aplicativo.

_Você gosta de ler? Que tipo de história? _ele me perguntou.

_Sim. Gosto das que me fazem viajar. Estou lendo agora a história de uma escritora brasileira, o nome dela é Bianca _disse mostrando o celular para ele _é muito interessante a história.

_Bianca? A onde eu ouvi esse nome antes? _J-Hope disse virando-se para mim _desculpe atrapalhar a conversa de vocês. Ah! Lembrei. A Hanna tem um livro dessa escritora, é o preferido dela inclusive. Tem livros dela em coreano?

_Sim. Encontrei por um acaso e pelo que eu vi, foi publicado recentemente, mas parece que só está disponível no aplicativo _respondi mostrando o celular para ele.

_Que interessante, vou falar para a Hanna depois, ela provavelmente não deve ter ficado sabendo disso _ele disse sorrindo virando-se para frente.

_E sobre o que essa história fala? _Suga me perguntou parecendo interessado.

Ops! Me apaixonei// SugaOnde histórias criam vida. Descubra agora