;la vie en botes de verre

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A mãe natureza nos dá vários requisitos para refletirmos sobre a existência do universo medíocre acima de nós. Por que nós existiríamos para sermos tão pequenos? Existia um universo enorme nos engolindo e nos mostrando o quanto éramos ínfimos na existência de toda uma galáxia. A existência era a maior das reflexões que podíamos se quer ter o prazer de estudar um dia. Várias moléculas e uma explosão astronômica jazida em bilhões de anos atrás? Da criação do deus Caos e a bela deusa Gaia? Ou bíblica, vinda de um só Deus, que criou o ser humano para ser sua imagem em semelhança, mas que vêm errando desde Gênesis? Há diversas teorias de diversas religiões e estudos, reflexões filosóficas e diversas formas para tentar explicar o surgimento do mundo, da existência, do universo e das galáxias. Nós somos pequenos grãos de mostarda em meio ao grande universo que nos abraça com fenômenos naturais surpreendentes, incapazes de ser explicados. Nós nãos sabemos qual era o motivo de estarmos aqui, ou o intuito de ver muitas pessoas desgraçando com os próprios países, com o próprio lar. A Terra é o único lugar que nos abraçou de forma absurda, e nós insistimos em esmurrar suas estruturas, fazendo-a ser uma grande parede de vidro, que a qualquer tempo pode se romper.

E então, eu escrevi um conto.

Insano por tantos pensamentos sobre a nossa existência miserável, sentei-me sobre o telhado de minha casa e suspirei, vendo novamente minha mão deslizar-se sobre o papel e encher de palavras vindas diretamente da minha alma.

Eu estava ficando louco.

Logo após o bilhete esfíngico de SeokJin, fiquei a pensar em várias teorias que malfadaram minha mente, sobre tudo aquilo que o garoto me escrevera. Algumas palavras foram capazes de me fazer pensar por um fim de tarde e a noite inteira. Eu estava completamente preso naquilo, eu precisava decifrá-lo. Mas tudo o que eu tinha era um bilhete enigmático, um caderno de gatinho, uma timidez excêntrica, um par de tênis amarelos e olhos negros que por algum motivo eu via marte neles.

Liguei as palavras uma na outra e tentei ver por diversas formas onde eu poderia chegar com aquilo. A resposta era: em lugar nenhum. Eu estava completamente esquisito, louco, estava tudo muito estranho e nada fazia o mínimo de sentido. Ouvi uma voz feminina gritar o meu nome e revirei os olhos, saindo do telhado e descendo as escadas estreitas demais.

— O que eu falei sobre você ficar em cima do telhado? Por Deus NamJoon, um dia você cai e se machuca. — Meu pai reclamava comigo, arrumando a mesa e colocando os pratos e talheres.

— Além de que hoje é a noite do macarrão, você tinha que me ajudar! — Amani exclamou, colocando a travessa com macarrão ao molho branco por cima da mesa arrumada, tirando os fones do ouvido e já se servindo. Meu pai a acompanhou e eu o imitei, me sentando na ponta da mesa pequena.

— Certo, agora vocês vão me dizer o que fizeram na última semana. — O africano levou o macarrão até a boca, grunhindo de prazer pelo gosto.

— Papai, o senhor anda assistindo muitos filmes americanos, sim? — Comentei, vendo-o revirar os olhos, que era um mau hábito adquirido pela nossa família.

— Amani, comece.

— Bom, essa última semana eu fiz um novo amigo, se eu não me engano ele é colombiano. Eu entrei para o time de futebol do colégio e o resto foi completamente normal. — Finalizou, de boca cheia. — Ah, e eu fiquei muito feliz pelo Nam ter tomado banho!

— Você é insuportável. — Rosnei, fazendo ela revirar os olhos.

— Vocês se davam tão bem quando menores, o que aconteceu? — Meu pai estava se referindo à pequena guerra que eu coloquei de pé com a minha irmã caçula desde o dia anterior. Eu estava achando o mundo mais chato que o comum, e estava focado apenas naquele bilhete misterioso que SeokJin havia me mandado.

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⏰ Última atualização: Jun 01, 2021 ⏰

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