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Aninha

Eu: Tá maluco ? -falei rindo- filho é coisa séria

Laranjinha: Eu, tô ligado pô -alisou minha barriga- mas eu sempre quis ter um filho

Eu: Mas não foi que fez, você, não pode se responsabilizar por isso

Laranjinha: Posso sim ué, se você deixar -dei risada-

Eu: Cê tá muito maluco cara, posso nem te cobrar pensão se você me deixar

Laranjinha: Eu, não vou te deixar, juro, deixa eu assumir a criança cara

Eu: E o que você ganha com isso ?

Laranjinha: Um filho -disse óbvio- eu, te ajudo e você me ajuda

Eu: Meu filho não é um objeto

Laranjinha: Eu, sei -disse sério- mas eu posso ser o pai dele, sempre quis um filho

Eu: A gente vai vendo isso aí -ele sorriu-

Ele comeu junto comigo e ficamos vendo desenho animado, vi que Carol não parava de ligar pra ele.

Eu: Quer que eu atenda ? -ele me olhou-

Laranjinha: Melhor não, você, não pode se estressar -disse sem graça-

Eu: Vocês, ainda estão juntos ? -ele negou-

Laranjinha: Tudo que eu sentia por ela, acabou -disse sem importância- eu, queria apenas o meu filho, mas ela tirou isso de mim, meu sonho sempre foi ser pai, eu, sempre quis sabe um moleque ou uma moleca mesmo

Eu: E aí ?

Laranjinha: E aí que ela tirou, não acredito que ela tenha caído acidentalmente da escada, ela tava na intenção de tirar o bebê -os olhos dele ficaram marejados- eu, ofereci até dinheiro pra ela ter o bebê, falei que ela podia me entregar e ir viver a vida dela

Eu: Aí é barril mesmo -ele assentiu-

Laranjinha: Quando eu digo que quero ter um filho, não é só enquanto tá na barriga da mãe, ou quando nasce, eu, sonho em ser pai, em ensinar as coisas, ver crescendo sabe, me orgulhar, esses bagulhos

Eu: Espero que esse sonho se realize -nos abraçamos-

Ele bloqueou ela de ligar pra ele e foi pra casa.

Me olhei no espelho e vi o tamanho da minha barriga, alisei e passei o óleo.

E se ele assumisse o meu bebê ?
Eu, posso ajudar ele, mas tenho medo dele negar quando nascer.

Deitei pra dormir e fiquei rodando a cama, com medo de dormir por cima da barriga e matar meu bebê esmagado.

Acordei mais animada e me arrumei, hoje é dia de pré natal, peguei minha bolsa e fui descendo o morro.

Eu: Bom dia nego -abracei ele-

Laranjinha: Bom dia anã, vai pra onde ?

Eu: Pré natal, vamo comigo ver seu filho ? -ele me olhou e sorriu-

Laranjinha: Papo reto ? -assenti-

Eu: Ué, se tu vai ser o pai tu tem que ir pra o pré natal comigo -ele me abraçou-

Laranjinha: Valeu mesmo véi -me pegou no colo- aí valeu Aninha, valeu véi

Eu: Vai esmagar o bebê -rimos juntos- vai, vamo logo

Laranjinha: Vou só falar com Jota e já volto -correu pra boca-

Fiquei comendo um chocolate.

Carol: E aí talarica -olhei pra ela-

Eu: É comigo ? -ela deu risada-

Carol: Só esperou eu largar pra ir atrás né -neguei- sim, gosta de pegar restos

Laranjinha: Deixa a nega Caroline -pegou no cabelo dela por traz-

Carol: Ela que começou -continuei comendo-

Laranjinha: Se eu te pegar perto dela, cê tá fodida tá me entendendo ? -ela assentiu-

Ele deu um murro na caixa dos peitos dela e pegou na minha mão.

Laranjinha: Vamo, Jota, me liberou -fomos até a moto dele-

Ele ligou e eu subi, coloquei a bolsa na frente e fomos pra o postinho. Ele tá mais animado que eu.

Tati: Oi Ana, prazer, Tati -cumprimentou ele-

Laranjinha: Prazer, Rick -sorriu-

Eu: Oi Tati -nos abraçamos-

Tati: E esse bebezinho aí ? Como que cê tá se sentindo ? Alguma dor ?

Eu: Muito enjôo durante a manhã, e tô dormindo muito -ela deu risada-

Tati: Isso é normal, você, está apenas começando -anotou algo- vou indicar umas vitaminas, será que conseguimos ouvir o coração desse bebezinho ?

Ela foi até a maca, deitei e abri o macacão, Laranjinha, encostou do meu lado e segurou minha mão, ela passou o gel e foi com o aparelho.

Tati: Você, está grávida de 14 semanas Ana, eu, me confundi aquele dia, desculpa -assenti-

Eu: Tá tudo bem com ele ? -ela assentiu-

O barulho do coração do meu bebê virou som na sala, meus olhos ficaram marejados e eu olhei pra Laranjinha.

Ele apertou minha mão e as lágrimas desceram, não sei quem chora mais, se sou eu ou se é ele.

Paramos na lanchonete e comemos.

Laranjinha: Mas e aí, já comprou as coisas ? -neguei-

Eu: Tô juntando a grana do berço -ele assentiu-

Laranjinha: Vamo comprar uma roupinha ? Tô animado demais cara -disse sorrindo-

Eu: Calma doido -rimos-

Ficamos conversando e ele me levou em casa, almoçou comigo e desceu pra boca.

Laranjinha

Eu: E aí doidão -me olhou-

Jota: Assumiu a cria mesmo ? -assenti- parabéns papai

Eu: Troca meu vulgo aí, Laranjinha, tá mó zoado

Jota: Quer qual doente ?

Eu: Sei lá, RC ? -ele assentiu-

Ficamos conversando e o vulgo vai ser RC mesmo, ele foi ver Kathe e eu fiquei de bobeira.

Carol: Me esqueceu rápido né ? -olhei pra ela-

Eu: Você, não é importante pra mim -dei de ombros- por que eu iria lembrar ?

Carol: Mas eu amo você -veio pra perto de mim-

Eu: Mas eu odeio você -me afastei dela- e me deixa em paz Caroline, me esquece cara

Carol: Tudo isso por causa daquele bebê ? Eu, já te falei cara, me empurraram

Eu: E eu já te falei, não acredito e nem vou acreditar -sai e deixei ela falando sozinha-

Cheguei na lanchonete e comprei uma bomba de chocolate, mandei entregarem a Aninha e desci pra minha goma.

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