Capitulo unico

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— Te amo, sabia? — repentinamente Dazai fala em alto e bom som enquanto tinha Chuuya com a cabeça deitada em seu colo.

— O que? Por que isso de repente Osamu? 

— Nada, só queria que soubesse que te amo, querido! — Exclamou animado.

Levantou o olhar que antes repousava na tela brilhante da televisão, o direcionando diretamente para o namorado abobado — Deixa de ser Gay.

— Oh? Então quer terminar comigo Chuu~? Pensei que me amava! — provocou usando o duplo sentido da frase que o namorado lhe direcionou.

— Hmm… Pare de falar merda, sabe muito bem o que eu quis dizer. — Sem paciência para entrar no jogo incessante de palavras que Osamu sempre procurava fazer consigo, cortou logo a brincadeira do namorado infantil.

— Chibi-chan é sempre tão malvado comigo! — Dramatizou, com um adorável bico emburrado sendo formado em seus lábios. — Sou sempre tão amável convosco, mas parece que o senhorio não me ama mais. Diga-me, o que a minha humilde pessoa, o amor da vida de vosso senhorio, fez para merecer tal tratamento cruel?

— É impressão minha ou você está mais insuportável hoje? — O claro tom de desdém foi muito bem escutado pelo moreno, que fez seu falso emburramento aumentar, junto com o bico em seus lábios.

— Chuu~, machuca meu pobre coração apaixonado ouvir tais palavras malvadas! Cruel! Chibi-chan cruel! — Retirando a mão dos fios ruivos que antes recebiam cafuné, levou-a a juntar-se com a outra, cruzando seus braços em uma birra infantil.

Sempre foram um casal "peculiar", nascido da confiança mútua que criaram sendo parceiros, amor e, claro, ódio. 

Sempre acostumaram flertar um com outro de forma clara, deixando bem claro o que queriam um com o outro, afinal, Osamu também não é um livro fechado quando se trata disso, e Chuuya às vezes desejava que o mesmo caísse da onde fosse, um lugar alto de preferência, por que ficar com vergonha na frente dos outros, especialmente na máfia, era tão frustrante, sentia vontade de pular no pescoço do moreno, mas não fazia tal ato por dois motivos: Um; No momento de vergonha procurava apenas esconder seu rosto; Dois; Perderia o namorado, que por mais chato que fosse, ainda era especial para si.

Dazai sempre foi o mais descarado, brincando, lançando cantadas em momentos inoportunos, fazendo declarações descaradas sobre o que desejava, usando frases de duplo sentido para envergonhar o pobre companheiro ruivo, o moreno é a perfeita definição da palavra cínico. Provocava, provocava e no final se fazia de desentendido, usava seu tom ridiculamente infantil e negava seus atos usando as palavras de Nakahara contra o próprio. 

Já Chuuya entrava no jogo dele, – apenas quando tinha paciência para tal ato – com segundas intenções ou não sempre havia provocações entre eles dois. Osamu iniciava cutucando Nakahara com alguma coisa, e o ruivo seguia rebatendo suas palavras descaradas e provocações que contém palavras banais, o que só dava mais gás para que o mais alto continuasse a lhe provocar. 

Nem sempre as intenções de Osamu eram claras, muitas vezes haviam motivos por trás, – Isso era quase sempre – e Nakahara não conseguia ver através de suas ações, afinal, Dazai é Dazai, certo? 

— Osamu, porque isso? — Levantou, sentando com as pernas dobradas de frente para o moreno.

— Não posso apenas estar carente? — Se defendeu levantando as mãos em sinal de rendição.

— Não, não pode. Você, de todas as pessoas, é impossível de ser assim. Só está sendo insuportável porque deseja ou tem algum motivo? — Gesticulou a mão em um movimento circulatório, induzindo que o mais alto falasse.

— Vem cá que eu te conto. 

Chuuya um pouco relutante já pensando nas possibilidades, se aproximou do namorado moreno que o chamou.

— Mais perto.

Novamente, hesitou em se aproximar um pouco mais já que a distância já estava bem curta, mas se aproximou de novo, usando as mãos de apoio para arrastar seu corpo pelo sofá até chegar no moreno.

— Mais perto~ 

Olhou diretamente para os olhos castanhos que, aparentemente, eram inocentes, porém só o ruivo sabia o quanto daquela "inocência" já o corrompeu com suas mãos e outros membros do corpo também. Dazai era certamente um anjo, em aparência, porque o certo para descrever o mesmo é demônio disfarçado.

Mais uma vez, usou suas mãos para se arrastar mais para perto do moreno, e obteve como resultado a mão do outro agarrando seu pulso e o puxando para seu colo. Se assustou de primeira instância mas logo se ajeitou no local, fazendo seu parceiro soltar um murmúrio baixo de insatisfação.

Dazai inclinou a cabeça para alcançar a pele alva do pescoço do ruivo, enterrou seu nariz naquela área sensível e respirou fundo, inalando o agradável aroma que tinha o perfume de Nakahara. Já o ruivo, arrepiou-se com o movimento repentino do namorado. 

— Já disse que gosto do seu cheiro? — A voz rouca do moreno causou leves arrepios a Nakahara que ainda se mantinha no colo do citado — Ele é tão… você. 

O ar quente que saia de sua boca dava diretamente de encontro a sensível pele albina do ruivo, ruivo o mesmo que apenas permitiu-se suspirar pesadamente, soltando por fim o ar que inconscientemente prendeu.

— Sabe o que eu queria falar para ti Minha donzela? — O tom manhoso chamou a atenção do menor — Amo-te!

— O-Osamu, já disse para deixar de ser Gay!

Para de ser GayOnde histórias criam vida. Descubra agora