I went back

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Estava tomando um banho gelado, na tentativa de me despertar, na verdade já estava desperto a muito tempo, não consegui dormir a noite pensado em Minho, pensar quê na manhã seguinte ele estaria aqui novamente, parecia mentira, parecia um sonho!
Nesses dois anos nossa mãe não nos permitiu nem conversa por mensagem, cartas, ligações ou qualquer outro tipo de contato, então única coisa quê eu tinha dele eram as lembranças, tinha medo de quê esses dois anos longe o fizeram esquecer de mim, e eu não ficaria magoado ou o julgaria, afinal aquém ama alguém por tanto tempo a distância?

Eu o amei a cada dia quê se passou.

(...)

- Ta preparado? - meu pai pergunta após estacionar o carro em frente ao aeroporto.

Meu pai nunca concordou com isso tudo, na verdade ele era contra mandar Minho embora, mas ser contra não era o suficiente, ele precisava ter coragem pra enfrentar a esposa, e isso ele não tinha, não o odeio por isso, afinal esse tempo todo ele era o único a me apoiar nos dias difíceis.

- Não. - falo e ele ri.

- Vai dar tudo certo, ok?

- Ok!

Saímos do carro e logo chegamos ao local de encontro, o avião de Minho ainda não havia chegado então aproveitei pra ir ao banheiro e lavar a cara para tirar o nervosismo.

- Já volto pai. - digo e ele concente com a cabeça.

Tomo o caminho do banheiro, logo chegando no mesmo vazio, me olho no espelho e vejo o rosto de um homem completamente desesperado, pego um pouco d'água em minhas mãos, respiro fundo e levo a água gelada até meus rosto, volto a me olhar no espelho, e agora eu vi um homem completamente desesperado e molhado.

Depois de me secar e dar uma última olhado no meu visual, segui caminho de volta, estava tão nervoso, também estava com medo de chorar, não queria pagar mico, e do jeito quê eu sou, pago mico de graça.

- Opa...! Desculpa - estava tão destraído com meus pensamentos, quando me dei conta já estava esbarrando em alguém.

- Não tem problema.

Eu conheço essa voz doce!!!

- Minho?!

- Sim eu! - ele fala com um sorriso lindo nos lábios, enquanto seus olhos já estavam marejados d'água.

Não conseguia dizer nada, apenas o abracei quase em um pulo, um abraço apertado, molhado a lágrimas.

- O seu cabelo ta azul!? - me desvencilho do abraço e falo igual a uma criança quando chora e fala ao mesmo tempo. - Está lindo!

- Você não mudou nada. - me da um beijo entre sorrisos, e logo se afasta. - Senti saudades. - leva sua destra até minha bochecha, fazendo um carinho gostoso.

- Mesmo?

- Mesmo o quê? - ele pergunta meio confuso.

- Sentiu minha falta? - pergunto ainda aproveitando o carinho de sua mão.

- Não a um dia em quê eu não tenha pensado em você.

Aquelas palavras me tiraram um peso enorme do peito, então ele não havia me esquecido.

- Minho acho quê mandaram sua mala pro Canadá, porquê não achei. - meu pai aparece de repente.

- O quê!?!

Ficamos até às dez horas da manhã procurado a tal mala de Minho, por sorte não estava no Canadá, apenas havia atrasado, mas mesmo assim havíamos esperado por muito tempo.

Depois dali, o caminho não seria fácil, bom um velório nunca é agradável para ninguém, ainda mais quando é alguém próximo a você

Minho em momento algum chorou, mas eu sabia quê no fundo ele estava sofrendo, só estava sendo durão como sempre, ja eu estava sim triste, mais triste por meu pai, que parecia sofrer muito mesmo com a situação, queria apenas poder ajudar-lo, mas não havia nada quê eu poderia fazer, a não ser dar apoio.

- Minho... - chamo por ele quê estava sentado de cabeça baixa a muito tempo.

- Sim. - levanta sua cabeça com um olhar sério, mas quando se da conta de quê eu o chamava da um sorriso singelo.

- Não quer subir um pouco?

- Boa ideia, esse clima tá acabando comigo.

Estendo a mão para ele e nos seguimos caminho para seu quarto, queria conversar com ele, nós não havíamos tido essa oportunidade ainda, desde quê ele havia chegado, todos nós estávamos em função de receber as visitas quê só sabiam falar "meus pêsames" e depois de um tempo considerável iam embora, mas finalmente todos já haviam ido, e agora eu poderia finalmente conversar com ele.

- Quê saudades desse quarto.- ele fala após entrar no mesmo.

- Quê saudades de ver você nesse quarto. - me sento em sua cama enquanto observava Minho caminhar por seu quarto. - Eu não posso evitar de perguntar, isso já estava em minha mente antes mesmo de você chegar.

- Pode falar meu bem. - ele volta para perto de mim

Meu bem???

- Bom, você já sabe o dia em quê você volta?

- Pra onde Sung?

- Embora. - meus olhos já marejavam água novamente.

- Sung. - se senta ao meu lado. - Não a nada mais quê me prenda lá.

- Como assim?

- Nosso pai me quer de volta em casa, sem fala quê agora quê eu já estou numa idade razoável e adquirir alguns conhecimentos "graças" aos cursos, eu posso trabalhar junto a ele na empresa.

- Então se ta me dizendo quê não volta mais!?

- Não Sung, não volto mais, e agora eu estou preparado para construir uma vida ao seu lado.

Achei quê iria desmaiar, ele estava mesmo falando aquilo.

- Você aceita?

- Aceito, sim, CLARO!!!

Seguro com minhas mãos em cada lado de seu rosto o dando um belo sorriso.
Pouco a pouco ele aproxima seu rosto do meu, me dando um beijos, era cheio de carinho e saudade, muita saudade, sentia vontade de chorar enquanto ele me beijava.

- Não a nada, nem mais ninguém quê possa nos separar. - me da mais um selinho. - Eu te prometo meu esquilhinho.


***

Sinto em dizer quê WTH ta chegando ao fim :/

WELCOME TO HELL | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora