🔱◖ Prólogo ◗🔱 

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🔱 Eclypsy🔱

Há muitos e muitos anos, quando os povos se separaram e os reinos começaram a serem criados, uma vasta floresta fora proibida de ser povoada;

Dizem que os druidas para manter o equilíbrio, reuniram os reis e os fizeram prometer jamais tocar naquelas terras, os reis não contestaram e a floresta foi chamada Eclypsy.

Segundo a profecia druida,ali seria o lugar de encontro do sol e a lua, quando estes tivessem permissão de se encontrar na terra novamente.

Para garantir que nenhum humano adentraria e descumpriria o tratado, um guardião fora deixado para guardar a mesma.

E assim os anos se passaram,a floresta ficou mais densa e aos olhos daqueles que a viam de fora, ela era misteriosa; com a curiosidade permeada por medo, as lendas começaram a surgir.

No entanto, com o passar dos tempos,as mudanças de hábitos que passaram a ser rígido e um tanto egoístas,na exigência de se ter o primogênito alfa, muitos filhotes ômegas, que por infelicidade vinham ao mundo por primeiro, acabavam tendo seu fim dentro do leito do rio que corria por dentro da floresta. Esta que os acolhia sem distinguir sua classe e os mesmos se tornavam parte dela...

As estações mudavam e de lendas fantasiosas, a floresta passou a ser chamada de a floresta dos esquecidos por ser o destino de primogênitos ômegas, as pessoas passaram a temer chegar nos limites das matas, porém, uma beta que havia perdido sua parceira, cansada dos ditames do Reino, decidiu abandonar o vilarejo, tendo como destino a floresta assombrada,muitos a chamaram de louca, mas isso não a impediu.

Chegando lá, e com permissão do guardião, sua entrada foi aceita. Ela passou a ser a única moradora do lugar que com o tempo, descobriu guardar tantos segredos maravilhada, prometeu dedicar sua vida para cuidar da mesma.

As pessoas especularam o que havia acontecido com a mulher, muitos até tentaram ir atrás da mesma, porém, por mais que procurassem uma forma de entrar, não achavam e com o tempo ela também se tornou parte das lendas.

O Reino de Persóis expandiu seu comércio, o vilarejo cresceu, entretanto, por mais que a vida das pessoas melhorassem, os ômegas ainda eram tratados apenas como reprodutores submissos, e seus desejos nunca eram acatados, o desejo por um primogênito alfa apenas aumentava como se este fosse moeda de troca ou melhor dizendo, uma alavanca para aumentar seu status.

E foi seguindo essa forma de pensar e aproveitando uma noite, onde o frio castigava e ninguém ousaria se arriscar a deixar seu lar, que um encapuzado se esgueirava entre as
vielas segurando em seus braços um embrulho e com passos apressados, seguiu em direção a floresta que era banhada pelo luar.

Olhava a todo instante, para ter certeza que ninguém o veria cometer tal ato, e se embrenhou pela mata, avistando um tronco caído e um tanto quanto temeroso o atravessou. O alfa olhou com certo desprezo o embrulho que tinha em seus braços, olhou ao redor e tudo que ouvia eram as batidas aceleradas de seu coração, a floresta estava silenciosa e sem coragem para adentrar mais, deixou o pequeno monte de panos ao pé de
uma sequoia ouvindo o pequeno choro, mas não sentindo piedade, nem ao menos olhou para trás ao deixá-lo ali.

Aquele filhote significava a vergonha de sua família, estaria fazendo um favor a mesma.

Com o avançar da noite, o frio ficava mais intenso, assim como o choro do bebê, atraindo assim, a atenção do guardião que passava por ali, o majestoso cervo branco se aproximou
e com o focinho tocou aquele emaranhado de panos, descobrindo assim, a criança que já tinha os lábios arroxeados, sem pensar muito,mudou sua forma para um leão da montanha, agarrando o embrulho com os dentes, correu o mais rápido que podia; "humanos eram cruéis" pensou, olhou para o embrulho com tristeza, não pôde salvar os outros mas não deixaria aquele ir, não depois de ver a marca que o filhote carregava no ombro esquerdo.

Sentiu o alívio transbordar por seu corpo ao avistar a cabana da beta,a luz das velas clareando as janelas, saltou os degraus, arranhando a porta, ouviu os passos apressados se aproximarem e quando a porta fora aberta,adentrou o casebre, seguindo até uma poltrona e com cuidado, depositou o pacote ali.

-Oras, oras o'que você tem aí Kiara? - a beta falou se aproximando, logo ouvindo o choro fraco. - Pelos deuses! -Se apressou a pegar a criança nos braços e então se aproximar da
lareira. - Venha aqui, fique com ele, vou arrumar água para que possamos banhá-lo.

Seus passos eram apressados, e num instante já banhava a criança na água morna, ainda de frente para a lareira, olhou o rostinho redondo, as bochechas rechonchudas e lábios
cheinhos, era um lindo bebê, e mesmo que não pudesse sentir seu cheiro, sabia que se o guardião havia lhe trazido, o mesmo deveria ter sido abandonado e apenas uma classe era
abandonada à própria sorte nas primeiras horas de vida.

- Se você foi atraído até ele,deve ter um motivo, não é mesmo? - Olhou o Leão que estava sentado atento a cada movimento seu. - Pois bem, devemos dar um nome a ele, o que sugere?

Viu os olhos de lince olhar para ela, então para o bebê e novamente para si. Com um riso soprado a beta inclinou a cabeça.

- Sempre quis um filhote, no entanto, nunca fui abençoada com um... creio que esse seja meu presente mandado pelos deuses,não acha? Sendo assim... o que acha de chamarmos ele de Jimin? - ouviu um ronronar de apreciação como resposta. - certo, ouviu pequeno? Você se chamará Park Jimin, e de hoje em diante você não estará mais sozinho no mundo. Terás não somente meus cuidados mas o de todos que aqui vivem.

Disse sorrindo enquanto acariciava as bochechas rosadas,como se entendesse e em resposta o bebê abriu os olhos ,que a beta viu serem dourados, segurou o dedo que lhe acariciava e sorriu, como a mulher sabia que nenhuma criança com poucas horas de vida, poderia fazer.

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Capítulo betado por minie_feliz e sejam todos bem vindos a Eclypsy Secret, até a próxima! 💜

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