Capítulo 2

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— Mãe da Sofya? — Assentiu me fazendo abraçá-la e sorrir feliz por finalmente conhecer a mãe da amiga da minha filha. — Shivani fala tanto de você, que às vezes sinto inveja. Minha própria filha diz o quanto te acha linda e confesso que não discordo. — Arregalei meus olhos ao perceber o que tinha acabado de falar. — Desculpa...

— Imagina, quem não gosta de receber elogios, não é mesmo?! — Assenti retribuindo o seu sorriso.

— Entre por favor e não repare na bagunça. — Fechei a porta depois que a mulher entrou.

— Desculpe chegar assim e já ter que sair, mas as meninas precisam ir agora, senão irão se atrasar.

— Eu entendo perfeitamente, não se preocupe, espero que tenhamos outra oportunidade de tomar um café e conversar melhor.

— Claro, por que não? Ficarei feliz em conhecê-la melhor. — Sorri um pouco tímida de um jeito meio estranho. Aquela mulher conseguiu prender minha atenção em seu pequeno sorriso, de novo. Poderia até arriscar em dizer que era uns de seu charme.

— Shivani, vá pegar suas coisas. Já estão atrasadas. — Falei depois de sacudir minha cabeça e me obrigando a parar de olhar aquela mulher.

Não queria deixá-la desconfortável.

A garota subiu correndo com Sofya logo atrás, ofereci algo para Sina, aceitou de bom grado um copo de suco e conversamos sobre algo relacionado a viagem das meninas.

— Ligue para mim qualquer coisa. Divirtam-se, mas não extrapole Shivani, tudo tem limites, nada de brincadeiras sem graça...

— Eu já entendi. — Revirou seus olhos. — Tchau, mãe. Fique bem até segunda, sei que minha ausência vai ser difícil pra senhora.

— Tchau Sofya. — Ignorei o projeto de  filha que tenho, pois ela adorava se gabar. — Divirta-se e fique de olho nessa mocinha.

— Pode deixar tia, não vou me desgrudar dela, irei protegê-la com unhas e dentes.

Entrelaçou seu braço no da Shivani e fez pose de durona me fazendo rir e logo as duas foram para o carro, acenei para Sina que me retribuiu com um sorriso. Entrei para dentro assim que o carro saiu do campo da minha visão. Coloquei minhas mãos na cintura e curvei minha coluna para trás, para estalando todos os meus osssos possíveis.

Um final de semana sozinha, o que poderia ser melhor? Não que Shivani me desse muito trabalho, mas ainda assim, não deixo de me preocupar com a minha filha.

Eu tinha vinte e três anos quando adotei Shivani. Quando fiz meu aniversário, no mesmo dia corri atrás da papelada para adotar Shiv, já que eu conheci a garota em uns dos meus trabalhos no orfanato. Quando meus olhos encontraram os da garota, meu coração bateu tão forte, tão forte que poderia ter tido um parada cardíaca. Eu me apaixonei por ela assim que ouvi sua voz perguntando se eu iria levá-la para casa. Foi engraçado, já que eu nunca havia conversado com ela antes, e a primeira coisa que ela falou comigo foi aquela pergunta. Sorri toda boba e já imaginando ela em minha vida. Era incrível, Shivani com apenas sete anos era tão inteligente, eu aprendi tanta coisa com aquela miniatura de gente ao decorrer dos anos, que era engraçado uma mãe de vinte e três anos aprendendo com uma criança de sete anos, hoje em dia ela já tem dezesseis anos e continuo aprendendo com ela.

— Não acredito que ela esqueceu a bombinha dela. — Falei após ver a bombinha de asma cair no chão quando sacudi o lençol de sua cama.

Peguei minhas chaves, o casaco e sai correndo para o carro colocando a bombinha de Shivani no meu bolso. Acelerei o carro não me importando com os sinais vermelhos. Shiv tinha asma desde que eu adotei, claro que depois dos seus quatorze anos, não teve mais nenhum ataque de asma, mas é melhor prevenir do que ser pega de surpresa.

Desci do carro correndo e vi dois ônibus saindo e tinha somente um e mesmo não tendo a total certeza que minha filha estaria nele, eu apressei meus passos e subi correndo para dentro do ônibus. Vaguei meus olhos por todos os bancos procurando pelos cabelos castanhos escuros. andei até o último banco quando ouvi o som de sua risada claramente distraída e nem se deu conta de minha presença ali, até que me aproximei.

— Mamãe! O-o que a senhora faz aqui? — Murmurou demostrando que estava com vergonha.

— Sua bombinha. Quantas vezes já falei para não esquecer essa merda, Shivani Jeong? Huh? — Falei brava.

— Eu não tenho mais asma desde os meus-

— Não me interessa! E se tivesse um ataque de asma no meio do mato? Eu não vou estar lá para te ajudar, Shivani! Eu tenho que colar na sua mão essa merda?!

— Ela já entendeu tia. — Olhei para Sofya com o meu olhar de repreensão e rapidamente abaixou seus ombros. — Desculpa.

— Senhora Jeong? — Olhei para trás me dando conta que todos que estavam naquele ônibus me olhavam, mas não me importei, se fosse para fazer Shivani aprender a carregar sua bombinha, eu repetiria isso quantas vezes possível.

— Toma isso aqui garota e vê se não me estressa com ligações de que você aprontou. — Shivani revirou os olhos pegando a bombinha colocando no bolso da mochila e sai do ônibus sem me importar com os olhares.

— Heyoon? — Me virei ao ouvir uma voz familiar. — Está tudo bem?

— Ah... oi Sina. Está sim, é apenas mais um dia de uma mãe preocupada.

— Entendo. Quer tomar um café? — Me surpreendi pelo convite o que a fez continuar a falar. — Peguei alguns dias de folga.

— Que bom... afinal ninguém é de ferro. — Ela riu assentindo me causando um certo frio no estômago. — Claro, aceito sim.

— Nos encontramos daqui uma hora no Le Café? — Assenti. — Okay, até daqui a pouco, preciso levar esse amigão aqui pra casa. — Sorri vendo ela fazer carinho no cachorro da Sofya. — Te espero lá, Jeong.

*—*—*—*

Eu fiz algumas mudanças aqui na conta. Eu vou fazer adaptações e fanfics também. Siyoon e Nosh.

Espero que não se importem🤡

Até mais🏃‍♀️

A mãe da amiga da minha filha | Siyoon//HeynaOnde histórias criam vida. Descubra agora