Virando a Mesa - (Capítulo 1)

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"Impossível. Uma palavra tão boba.

Você não pode fazer isso, todo mundo diz! É impossível!

Todos dizem que algo é impossível até que alguém prove que estão errados.

Posso cair, mas ainda vou tentar. Eu renasci neste mundo por uma razão."

~?

Virando a Mesa

Um jovem se aproximou de um Beowolf na calada da noite.

Pelo menos, ele assumiu que era um Beowolf. Certamente parecia bastante estranho. Ele passou a última semana rastreando ele.

Já era tarde e a lua cheia; brilhando em todo o seu esplendor despedaçado. Ele sabia que a besta o viu; assim como ele viu ela. Ela tinha saído de seu caminho para encurralá-lo. Seu ritmo não diminuiu. Qualquer observador o teria achado tolo na melhor das hipóteses, suicida na pior; por que outro motivo um estranho procuraria voluntariamente uma criatura dos Grimm na calada da noite? Certamente, apenas um tolo faria uma coisa dessas. Na verdade, um tolo... ou um louco. Talvez ele fosse.

Pois chegara a hora de testar sua teoria. Não poderia haver ganho sem risco, nem risco sem ganho.

Sob os trapos esfarrapados de seu capuz surrado, bochechas com bigodes formaram covinhas em uma carranca ansiosa. Ele não achava que estava louco. Acabou de sair sem muita escolha. Na pior das hipóteses, ele morreu aqui esta noite. Afinal, eles só poderiam matá-lo uma vez. Talvez essa fosse uma maneira mórbida de pensar as coisas. Ele não conhecia outra maneira de ser. Ninguém sentiria falta dele em qualquer caso. Ninguém ficaria em luto por ele. Ele era em todos os sentidos, um exilado. Um pária. Se ele morresse aqui e agora, todas as suas realizações seriam em vão, seu grande plano para salvar o mundo destinado a morrer como natimorto antes que pudesse nascer.

Seu mentor já havia morrido há muito tempo. Ninguém mais se importaria com a morte de algum extraviado no Vale.

"Eles vão chamá-lo de louco por isso, Naruto." uma lembrança o pegou nos dentes e o sacudiu da cabeça aos pés. "Eles não vão entender. Sabendo disso, você ainda está preparado para assumir esse fardo?"

"... Eu estou. Eu quero ajudar pessoas. Isso... isso pode salvar milhares. Milhões de pessoas."

"Claro, meu garoto. É claro. Você é o recipiente perfeito."

Ele não tinha recuado então, e ele não recuaria agora. Alguém precisava virar a mesa.

Tinha que ser ele. Alguém pode ter entendido errado.

Pelo sábio que... era um Grimm muito grande. Facilmente três metros de altura de quatro, o Alfa poderia esmagá-lo com uma pata. Ele sabia disso. A besta sabia disso. Ele poderia lutar se fosse necessário - ele não estava nem perto de ser tão impotente quanto parecia - mas ele não favorecia suas chances contra uma besta daquele tamanho, não àquela distância.

Sabendo disso, o jovem ainda estendeu a mão.

"Ei, garotão." ele sorriu para a besta. "Quer ser amigo?"

Uma erva daninha passou pelo homem e besta, desaparecendo na vegetação rasteira.

Como se fosse uma deixa, o Grimm jogou a cabeça para trás e uivou; era um som surpreendentemente agudo, um contralto agudo contra a noite silenciosa.

"Ops!" Seu sorriso ficou um pouco mais estressado. "Você é uma garota, não é? Desculpe por isso." ele riu e esfregou a nuca com uma das mãos. "Não quis te ofender."

O Grimm Dourado - (The Golden Grimm)Onde histórias criam vida. Descubra agora