Monstro Belo - (Capítulo 2)

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"Insano? Eu? Acho que não. Vejam, senhores. Insanidade é fazer a mesma coisa de novo e de novo, esperando que as coisas mudem.

Isso mesmo. De novo. E. De novo. Isto não é isso. Eu aprendo com meus erros. Eu mudei. Diferente de vocês.

Talvez vocês sejam os loucos aqui."

~ o futuro.

Monstro Belo

Lisa Lavender conhecia uma história quando viu uma.

Como jornalista promissora, ela conseguia farejar notícias como nenhuma outra. Alguns disseram que estava no sangue de sua família; um subproduto de uma época passada. Algo sobre médiuns ou algo assim. Outros o chamavam de Semblance. Ainda mais se perguntaram se era apenas azar; sempre que havia uma história a ser contada, ela nunca estava longe.

A verdade... era decididamente menos impressionante do que a maioria das pessoas pensava.

Não era um dom, uma maldição ou mesmo um Semblance. Ela simplesmente tinha faro para esse tipo de coisas. Ela vivia para notícias. Nenhum preço era muito alto, nenhum risco era muito grande. Pela emoção de contar uma história; expondo escândalo, corrupção, ganância, ela arriscaria qualquer coisa. Decifrando casos abertos, resolvendo mistérios, contos duros e cortantes que fizeram seu sangue bombear. Esse tipo de coisas. Isso a tornava uma pessoa má? Ela achava que não. Ela deu a notícia igualmente, para desgosto de aliado e inimigo igualmente. Bom ou mal? Não importava. Se houvesse uma história a ser contada, ela a contaria. Ela não foi tendenciosa. Ela era justa.

No que dizia respeito a Lisa Lavander, seu Semblance era um pé-no-saco; totalmente inútil, realmente.

Ela nem queria pensar sobre isso. Honestamente! Os Irmãos provavelmente estavam rindo dela.

Mas isso? Isso era novidade!

Um homem pousa um Nevermore em Patch? História decente. Não vale a pena. Caçadores usavam esse truque o tempo todo em todo o mundo.

No entanto, quando o dito homem fala com o dito Grimm? Melhor notícia. As pessoas adoravam ler sobre os loucos. Melhor dia de pagamento também.

Quando disse que Grimm responde aos seus comandos?! Isso sim foi uma manchete sangrenta!

À primeira vista, parecia a história de uma esposa de peixe velho, e ela pensara nisso... antes de falar com sua testemunha. Ele era confiável. Mesmo se ele não fosse, sua filmagem falava por si. Um pescador tinha visto duas pessoas caindo sobre Patch. Um homem e uma mulher, um dos quais não parecia muito humano. As pessoas não montavam Grimm. A filmagem do pergaminho estava trêmula na melhor das hipóteses, granulada na pior quando ajustada para o zoom máximo, mas a visão dela aqueceu seu sangue de uma forma que poucas coisas faziam.

Por causa dessa filmagem? Ela podia ver um rosto.

Tirando um pergaminho da bolsa, Lisa discou um número antigo e o colocou no ouvido.

"Ei, Tom. Sou eu. Preciso de um favor." ela fez uma careta quando uma voz irritada gritou. "Sim, eu sei que vai me custar. Você está de olho no Patch?" Outro estrondo veio. "Você tem? Ótimo. Vou pagar a taxa normal. Tenho que encontrar alguém. Cara alto. Cabelo loiro e olhos azuis. Bochechas com bigode. Não tem como perder." a resposta fez seu rosto pálido enrubescer. "Não, esta não é outra caça ao ganso selvagem! Encontre-o até o final do dia, deixe-me saber onde ele está, e eu pago o dobro."

Informações e liens foram trocadas, e o pergaminho silenciou contra seu ouvido. Lá. A ação foi cumprida.

Com a mesma rapidez, Lisa chamou a foto novamente. Orbes azuis afiados brilharam de volta para ela. Selvagem. Nervoso. Como se ele estivesse olhando diretamente para a câmera; olhando para sua própria alma. Ela estremeceu um pouco. Homens perigosos sempre tinham as melhores histórias para contar. Entrevistas com eles sempre foram as melhores.

O Grimm Dourado - (The Golden Grimm)Onde histórias criam vida. Descubra agora