Desculpa se tiver algum erro :)
Boa leitura!
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.Arthit
Arthit entrou no grande saguão de sua casa. Não se poderia chamar exatamente aquela construção gigantesca de casa, mas aqui estamos chamando-a de... casa. Seja qual for o tamanho, era a sua casa, ele entrou e como sempre foi recebido por um silêncio ensurdecedor. Arthit nunca gostou muito de voltar para casa, seu pai era muito rígido e autoritário.
Conforme ia crescendo, ele sempre tinha motoristas para levá-lo para a escola. Ele não podia sair e foi proibido de entrar em clubes. Ele não podia fazer festas do pijama e seus convidados estavam limitados apenas a Bright, Knott, Prem e Toota. Tudo o que ele queria viria para ele e ele estava restrito ao terreno do complexo... Lembre-se, era um grande complexo que abrigava todas as comodidades e entretenimento de que precisava. Mas ir a uma sala de jogos não trazia exatamente a mesma emoção que ir a uma sala de jogos ou cibercafé com os amigos. Arthit se inscreveu em todas as universidades mais distantes de casa e trabalhou duro para entrar nelas; afinal, eles lhe concederiam sua liberdade. Quando ele foi aceito, foi apenas chegando ao acordo em ter os quatro amigos idiotas com ele que seu pai concordou em deixá-lo ir. Esta universidade foi escolhida por seu pai, Arthit não se importou que fosse a mais próxima de casa da lista.
[...]
"Baby, você está de volta." Ele foi tirado de seus pensamentos pela voz de sua mãe... Ou melhor, de sua madrasta Lawan.
Lawan é um nome feminino tailandês que significa bonita e ela era por dentro e por fora. Lawan foi a razão pela qual Arthit não enlouqueceu por estar confinado naquela casa enorme. Ela apareceu em sua vida quando ele tinha sete anos, dois anos após a morte de sua mãe, justamente quando ele precisava de alguém para ajudá-lo a superar a perda de um dos pais.
Era como se ele tivesse perdido os pais na época, já que seu pai não se atrevia a estar na mesma sala que ele. Arthit sabia que era porque ele se parecia tanto com sua mãe, mas não doía menos.
Lawan foi uma benção, ela assumiu o papel de mãe e sempre foi a ponte entre Arthit e seu pai. Ele e seu pai nunca foram próximos, mas Lawan conseguiu fazer com que os dois pelo menos agissem como pai e filho.
"Mãe." Arthit sorriu e a abraçou com força.
"Como foi sua viagem para casa, meu filho? Estou tão feliz por você estar aqui." Lawan sorriu e beliscou sua bochecha.
"Mamãe, está doendo." Arthit choramingou.
"Ok, deixe a mamãe beijar e torná-lo melhor." Ela beijou suas bochechas e bagunçou seu cabelo quando ele fez beicinho.
"Ok, amor, corra e se refresque. O jantar estará pronto em cerca de uma hora."
Arthit fez o que lhe foi dito e cerca de uma hora depois, ele estava descendo as escadas, vendo que o jantar estava sendo servindo. Ele olhou para a cadeira vazia que ficava centralizada na comprida mesa de jantar, nem se incomodou em comer conosco, era normal estar vazia. Arthit estava acostumado a isso, mas às vezes ainda se deixava ter esperança.
Sua mãe e ele conversaram durante o jantar. Nunca houve um momento de silêncio quando esses dois estão juntos.
"Muito obrigado por cuidar do que aconteceu na escola, mamãe, eu simplesmente não sabia o que fazer." Arthit se lembrou do evento específico.
"Está tudo bem, amor, não se preocupe muito com isso." Sua mãe sorriu para ele. "Eu sempre estarei aqui para proteger e ajudar você, baby."
"Eu tenho tanta sorte de ter você. Você é a melhor mãe de todas!!!!" Arthit abriu seu sorriso muito raro, mas genuíno.
"Hehem" O momento deles foi interrompido pelo mordomo.
"O que é isso, Dok?" Lawan perguntou.
"O Mestre solicitou que o jovem mestre se junte à ele em seu escritório", o velho Dok os informou.
"Obrigado, P'Dok, você pode dizer a ele que estarei lá em breve." Arthit instruiu o mordomo.
Ele se virou para compartilhar um olhar com sua mãe, nenhum deles se sentindo relaxado ou desconfortável com o pedido.
Arthit engoliu o nó na garganta e deu o primeiro passo em direção ao escritório do pai. Ele não estava com medo do homem, mas com o que ele poderia falar. Ele tinha certeza de que seu pai iria dizer a ele para se retirar da escola e se ele fizer isso, ele não terá sua liberdade tão necessária e o mais importante, Arthit não verá ele novamente.
Sim, ele tentou ignorar, ele tentou se distrair conversando com sua mãe, mas desde o incidente no ginásio, ele não foi capaz de tirar o rosto do estudante Kongpob 0062 de sua cabeça. Ele não conseguia entender por que reagiu como fez quando o menino olhou para ele, Arthit não pode explicar por que fez aquilo com Knott apenas porque ele o tocou.
Ele se perguntou por que estava interessado em saber mais sobre ele quando ninguém nunca teve sucesso em despertando sua curiosidade.
Arthit clareou sua mente enquanto ficava em frente à porta de mogno escuro, seu tamanho era mais intimidante do que ele se lembrava.
Toc Toc
(N/: Os itálicos são a interpretação de Arthit do que está sendo dito)
"Entre." A voz muito calma para conforto.
"Você queria me ver, pai?" Uma pergunta retórica.
"Eles estão de volta?" Direto ao ponto.
"Ainda não." Respostas curtas e diretas."E Knott?" Não perguntando por preocupação.
"Ficou melhor minutos depois" Ele já sabe disso.
"Você sabe o que está em jogo?" Ah, o lembrete sutil.
"Eu sei." Disse seriamente.
"Então você está dispensado." É isso?!
"Boa noite, pai."
"Espere, Arthit."
Arthit fez uma pausa um pouco esperançoso.
Seu pai olhou para ele com um olhar penetrante como se ele estivesse olhando para sua alma, "há algo que você queira me perguntar ou me dizer?"
Arthit se lembrou de Kong, ele precisava de respostas sobre isso, mas nunca perguntaria ao pai: "Não, nada que eu não consigo pensar."
"Eu sei que você planejou inicialmente só ficar o fim de semana, mas fique a semana inteira, sua mãe sente sua falta e nós precisamos ter certeza de que não haverá uma repetição do que aconteceu."
Arthit protestou mentalmente, mas acenou com a cabeça em resposta. Ele saiu do escritório com uma mistura de sentimentos; seu pai tem razão, mas de alguma forma Arthit sabia que os percalços estavam relacionados ao estudante de matrícula 0062, seja o que for, ele queria passar um tempo com sua mãe, mas ele queria saber mais sobre aquele cara também.
Oh, o dilema!
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.Até o próximo capítulo ❤
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Mystery Boy (KongArt // ArthitKongpob)
FanficKong tem certeza que ele existe, ele o viu, segurou-o, mas parece inexistente e sem nome para pesquisar, ele não tem certeza se ele é real ou uma invenção de sua imaginação. Todos os créditos dessa fanfic são do autor @Ryuk91 que me deu total perm...