sᴏ́ ᴍᴀɪs ᴅᴇᴢ ᴍɪɴᴜᴛɪɴʜᴏs

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- Any??

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- Any??

- Humm- resmungo.

- Já está tarde - tia Mary diz.

- Só mais dez minutinhos- cubro meu rosto com o cobertor.

- Se não quiser que seu chefe tenha uma má impressão a seu respeito no primeiro dia, sugiro que se levante - ela fala.

- A senhora tem razão- suspiro alto.

Não seria profissional da minha parte me atrasar no primeiro dia de trabalho.

- Se tivesse aceitado o emprego na empresa poderia dormir até mais tarde- ela provoca.

- Não começa tia- reviro os olhos.

Meu tio e meus primos insistiram que eu deveria trabalhar nas empresas Soares, mas como eu sou teimosa não aceitei.

Já fui julgada de todas as formas imagináveis por ser a sobrinha de um homem poderoso. Sempre me apontaram o dedo dizendo que tudo o que construí foi graças a minha família. Em parte talvez quem pense isso tenha um pouco de razão, já que meu tio sempre me ajudou quando eu precisava.

Mas depois que me tornei uma mulher feita, decidi que não iria depender de ninguém, a não ser de mim mesma. Se quero alguma coisa, eu trabalho e corro atrás para conquistar, sou um pouco orgulhosa, mas me tornei assim depois de tantas pessoas me julgarem sem saber o que realmente se passava.

Não quis aceitar o emprego que meu tio ofereceu, porque seria de mão beijada. Eu não teria corrido atrás, então não poderia me orgulhar de mim mesma e dizer que consegui um emprego graças aos meus esforços.

- Tão teimosa- ela revira os olhos - Não sei pra quem puxou.

- Quer que eu te diga? - sorrio abertamente.

Sou bem mais parecida com meu tio em alguns aspectos, do que os próprios filhos. Não sei se foi pela consciência, ou realmente está no sangue.

Depois que minha mãe faleceu, meu pai não se importou muito com uma filha pequena e meio que me abandonou. Então nesse meio tempo meu tio me estendeu as mãos e me levou para morar com ele e sua família.

Raramente nos víamos, mas mesmo assim ele decidiu adotar a sobrinha que foi rejeitada pelo próprio pai.

Não demorou muito para meu pai se casar, e como bagagem em seu novo casamento veio mais duas filhas.

Até que era aceitável viver ao seu lado antes do casamento, mas minha madrasta estava a fazer minha vida um inferno. O que mais me deixa chateada, é que meu pai via todos os maus tratos e não movia um dedo sequer para me ajudar.

Até hoje não sei como um ser humano pode mudar de repente, em um dia ele era um pai amoroso, no dia seguinte se tornou um homem completamente diferente. Ele não me agredia, mas a forma fria que ele me tratava me deixava profundamente triste e sem entender o porque de tamanha mudança.

Um chefe irresistível (Beauany) PAUSADAOnde histórias criam vida. Descubra agora