O sol estava nascendo, fazendo os raios solares começarem a entrar pelas frestas da cortina de seda. O senhor já de idade começava a despertar de um sono profundo, ouvindo o canto dos pássaros ao lado de fora do pequeno chalé.
A claridade pouco a pouco foi tomando o lugar de um enorme breu, Jimin havia acordado, sorriu e pegou seu óculos de grau no aparador ao lado da cama, colocando em seu rosto e se espreguiçando para mais um dia.
Levantou devagar e calçou sua pantufa, indo fazer suas higienes matinais e tomar seu café da manhã. Enquanto comia, escutou uma movimentação diferente na rua em que morava, em um local mais afastado do centro de Paris e aparentemente calmo.
Se levantou para ver o que era e espiou por trás da cortina pouco aberta, havia um novo vizinho, agora morava em frente a sua casa. Sorriu contente e resolveu fazer uma torta de maçã para recepcionar o novo morador.
[...]
Assim que ela já estava pronta e assada, por volta das quatro da tarde, Park saiu de casa e atravessou a rua, indo até a casa da frente. Abriu com cuidado o portão baixo e atravessou o jardim com poucas flores, parando em frente a porta de entrada já com um tapete preto e branco escrito "Seja bem-vindo!".
Deu seu melhor sorriso e tocou a campainha, que logo foi aberta revelando um senhor que aparentava ter a mesma idade de Jimin.
— Eu não acredito em Deus. — O outro fechou a porta deixando Park assustado e indignado para trás. Tocou a campainha novamente com uma cara de poucos amigos e a porta logo foi aberta, antes que o senhor conseguisse falar algo, Jimin 'disparou' a falar.
— 'Ora essa! O senhor é muito mal educado. Nem esperou ouvir o que eu tinha para dizer. Engula essa torta! — O loiro entregou a torta ao vizinho que estava estático e saiu andando, sem dar tempo para um novo diálogo, logo entrando em sua casa.
[...]
O sol já havia caído dando lugar a uma lua lindamente cheia, os pássaros já pararam de cantar e os postes da cidade já foram ligados. Agora, por volta das sete da noite, Jimin terminava de fazer um chá para comer com bolacha e ir dormir. Já satisfeito, iria subir as escadas para tomar banho quando ouviu um som ecoar por toda a casa.
Ding Dong! Era a campainha, mas quem seria uma hora dessas? O senhor então desceu as escadas indo em direção a porta, quando olhou no olho mágico não acreditou no que viu. Era seu novo alto rabugento vizinho'! Como o loiro havia o apelidado.
Abriu a porta devagar com a postura intacta e com a cara fechada, recebendo um sorriso sem graça do outro.
— Eu... Não sei nem por onde começar.
— Pelo começo, oras. — Jimin revirou os olhos e ouviu uma risadinha ainda mais envergonhada em sua frente.
— Bem... Queria lhe pedir desculpa pela forma que te tratei hoje, eu estava muito nervoso por toda essa mudança e não sou muito acostumado com gentilezas. Peço perdão. — Aquilo amoleceu o coração de Jimin, o fazendo sorrir ao notar que as desculpas do outro eram sinceras. Com o olhar, assentiu e deu espaço para o que o outro entrasse, fechando a porta logo em seguida. — Sua casa é muito bonita! — Park sorriu vendo o vizinho olhar a casa encantado, até parar os olhos em um porta retrato e seu sorriso murchar completamente. O porta retrato que tinha uma foto sua e de seu primeiro e único amor...
— Algum problema? — Jimin perguntou ao notar o desconforto do mais alto que logo lhe olhou com os olhos brilhando e sorriu.
— Nenhum! Trouxe um bolo pra você, não deu tempo de fazer nada, então comprei na padaria aqui perto. Espero que goste... — Ele sorriu envergonhado e Jimin sorriu largo, a tempos que não tentava fazer uma amizade.
— Eu amo os bolos de lá! Venha, coma comigo.
Depois de muita insistência e repetir várias vezes que não incomodava, os dois seguiram para cozinha e ali ficaram por bastante tempo conversando, sem nem se dar conta que não haviam se apresentado.
— Aliás, qual seu nome? Esqueci de perguntar. — Novamente Jimin viu a expressão do outro mudar completamente, para uma expressão medrosa. Percebendo o desconforto, tomou uma iniciativa. — O meu é Park Jimin, mas pode me chamar como preferir. — Ele sorriu gentil e o senhor retribuiu, tomando mais coragem.
— Meu nome é... Jeon Jungkook... — Agora, quem mudou totalmente a expressão foi Jimin, não para medo ou desconforto, mas para surpresa. Ele nunca poderia esquecer aquele nome, nem em cem anos. Tudo fez sentido quando sentiu sua mão ser tocada e quando seu deu conta já estava chorando com os dedos parcialmente enrugados já entrelaçados nos de Jungkook. — Eu disse que ia te encontrar de novo, baby... — Aquele foi o estopim para Park pular nos braços do outro e o abraçar forte, como se sua vida dependesse daquilo.
— Eu senti tanta falta sua... Tanta saudade... — Suas palavras foram ficando inaudíveis quando o choro compulsivo começou a tomar conta de tudo, agora o choro era de medo...
— Eii, Jimin-ssi... Por que você chora tanto? Eu 'tô aqui... — Com Jungkook o acalmando e acariciando seus fios, devagar o choro foi parando...
— Promete que não vai embora de novo... Eu não vou conseguir te perder outra vez... Fica comigo...
— Mimi, olha pra mim. — Tirando o rosto da curvatura do outro, Jimin fez o que foi pedido. — Eu passei anos te procurando, amor... — Jungkook puxou a cabeça de Park para mais perto, encostando suas testas. — Não vai ser agora que te achei que vou deixar você ficar longe de mim, sim?... Eu prometo que se for embora, vai ser por morrer. — E sem mais nem menos se assustou com um tapa em seu braço.
— Você para de falar em morte! A palavra atraí, Jeon Jungkook! — Jeon que agora ria abraçou o outro bem forte e logo foi retribuído. — Eu te amo, gatinho...
— Eu também amo você... — Jimin sorriu largo, aproveitando do carinho que não sentia a tempos. — A gente podia dormir de casulinho! — Jungkook riu alto como não ria a muito tempo. E ali, almas gêmeas se reencontraram e reataram a união antes perdida. Agora, seriam realmente felizes.
Fim.
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Contos Jikook
Fanfiction• ❝ Onde um livro estiver perdido, a magia da leitura lhe acompanhará. ❞ ⠀⠀⠀⠀⠀🌨️ One shot's jikook. ╭ • 𝐀𝐯𝐢𝐬𝐨𝐬! ┊ ╰ ➢ Não aceito adaptações destas obras! Elas são de minha total autoria, sendo assim, elas não são de domínio público. Caso haja...
