Eu terminei de pintar meu cabelo, mas enquanto eu tô limpando tudo, meu pai bate na porta do meu quarto, tomo um baita de um susto. Mas enfim, ele disse que pediu comida japonesa, espero que não seja sushi. Termino de limpar tudo e vou até a sala de jantar só pra ver meu pai se engasgar com a água que ele tava tomando. Ele me encara por um tempo, mas no fim nós dois caímos na risada.
- Então, ruiva né- Ele pergunta.
- É...- digo meio exitante.
- Eu gostei- Ele faz uma pausa e diz- você parece a sua mãe, bem no dia em que nós nos conhecemos.
- Pai conta pra mim a história do dia que o senhor conheceu ela- falo já servindo nós dois, com o yakissoba.
- Essa sempre foi sua história favorita.. Vamos lá...Quando ele contava essa história, eu podia imaginar minha mãe andando apressada pelo parque, cheia de pastas e papéis. Conseguia sentir o cheiro doce do perfume dela- eu tinha um frasco guardado pra sentir quando a saudade viesse- Eu podia imaginar tudo, ela tropeçando e deixando cair um dos projetos que ela estava trabalhando. Eu imaginava meu pai correndo pelo parque pra resgatar aquele projeto pra uma mulher que ele nem conhecia. Quando eu era mais nova achava que meu pai era um príncipe indo salvar sua princesa, Quando eu fiquei mais velha achei uma foto dele mais novo, ele tava mais pra bad boy fora da lei que príncipe, mas ainda sim ele era meu herói.
Depois do jantar, eu subi pro meu quarto, tentei dormir, mas o sono não vinha de jeito nenhum. Lembrei da mala que tinha visto no sótão, sai do quarto devagar para não acordar meu pai e subi as escadas. Achei a mala de primeira, desci com ela pro meu quarto, de um lado tinham muitos adesivos de bandas de rock e um era da banda que meu pai tinha na adolescência dele. Pensei ser a mala dele, mas quando virei pra ver se tinham mais adesivos vi a letra dela, bem desenhada e linda, o escrito dizia: Para minha doce filha.
Abaixo tinha uma constelação bordada e a frase: O brilho de uma estrela não se pode comparar com o meu amor por você.
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o meu terceiro ano
RomanceMinha vida sempre foi um saco, até chegar o terceiro ano eu decidi que bastava de toda aquela chatice, precisava de animação. E qual hora é melhor pra isso do que o terceiro ano.