10 Days With The Godfather | MARKHYUCK

PRÓLOGO

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O despertador já havia tocado 1, 2, 3... Até chegar no seu quinto toque, mas já não adiantava mais, o casal já estava na porta esperando o alfa do lado de fora.

Mark estava em um de seus sonos mais pesados, tendo sonhos lúcidos com uma realidade completamente alternativa e estranha, mas não era um pesadelo, apenas estranho demais.

-- Ele não teve nem a responsabilidade de estar acordado - reclamou Jaemin, do lado de fora do apartamento junto a seu esposo, Jeno, e seu filho, Jisung, que se concentrava em um jogo do celular - Tem certeza de que não quer deixar o nosso filho com outra pessoa? A minha mãe se voluntário.

-- Eu não vou deixar o Jisung com a sua mãe - disse Jeno, tentando ligar pela milésima vez no celular de Mark.

-- Ah? - o ômega arfou indignado - E por que não com a minha mãe?

-- Eu sei muito bem que ela fala mal de mim pro nosso filho - a fala do alfa gera um revirar de olhos em Jaemin - Sem dizer que ela entope o Jisung de doce. Qualquer dia esse garoto vai aparecer com diabetes e ninguém vai saber o porquê.

-- Que exagero... - Na bufou baixo.

Para a surpresa dos três, finalmente a porta é aberta, revelando um adulto de pijamas do Homem-Aranha e olheiras enormes como as de um panda. Mas pelo menos tinha um sorriso simpático no rosto, para tentar amenizar a bronca que já esperava que fosse levar do ômega.

-- Bom dia amigos... Como vocês estão? - os dois continuaram em silêncio, pois estavam bravos com o atraso de Mark - Ah, oi garotão - estendeu sua mão para Jisung, esperando que o mesmo desse uma espécie de hi five, mas o alfa menor ainda sem tirar os olhos do celular atravessou a porta e se sentou no sofá - Legal...

-- Mark, você falou que ia passar na nossa casa pra pegar o Sungie às sete e meia. Você sabe que horas são? - perguntou Jaemin, já tendo em mente o horário.

-- Só foram alguns minutinhos...

-- Minutinhos? - o ômega o interrompe - Mark, já são nove horas, sabe o quanto que estamos atrasados para o nosso vôo?

-- Me desculpa, o despertador tá quebrado e não me acordou - tentou se desculpar.

-- O despertador que está quebrado ou é você que tem sono de urso? - agora era a vez de Jeno o repreender - Tudo bem, aqui está as coisas dele - o alfa o entregou uma mala de rodinhas de tamanho médio, pesada demais para uma criança passaria apenas dez dias fora de casa.

-- Pega isso também - Na entrega uma folha dobrada para Mark, que ao abrir, percebeu que a folha era bem maior do que parecia - Aí tem alguns números que você pode ligar, caso aconteça alguma coisa com o Jisung. Também tem algumas comidas que ele pode ou não comer, horário que dorme e acorda, horário de aulas e algumas outras coisas.

-- Uau... - Mark passou de maneira bem rápida pelas linhas que não tinham fim, era tanta coisa, havia até as datas das vacinas que o menino havia tomado - Pensei que cuidaria de uma criança de seis anos, e não de um recém nascido de um mês - tanto Mark quanto Jeno queriam rir do exagero de Jaemin, mas são repreendidos pelo olhar sério do mesmo.

Ambos concordavam que o ômega era super protetor com o filhote, mas nunca o contrariam. Sabiam o quanto que Jaemin sofreu para conseguir ter Jisung, e do medo que o mesmo sentia de algum dia voltar a ver a criança com tantos fios e máquinas o mantendo vivo. Mas só foi uma fase, hoje em dia, Jisung, é uma criança saudável e esperta, e Na o amava muito, Jeno e Mark também. Qualquer um que o conhecesse o amaria.

-- Sungie! - Jaemin o gritou, ainda do lado de fora, o garoto tira os fones de ouvido e encara o pai ômega - Já estamos indo, pode nos dar um abração de até logo?

O pequeno larga o celular no sofá e corre até o ômega, que estava agachado no chão, e o abraça com muita força. Jeno também se abaixa e abraça o único filho, depositando em seguida em sua testa um beijo.

-- Papais, vocês vão voltar logo, né? - perguntou Jisung, encarando os pais nos olhos.

-- Claro que vamos meu amor, em dez dias já vamos estar de volta - Jeno acaricia as enormes bochechas da criança.

-- Nos te amamos muito, Jisung - Jaemin deposita um beijo na bochecha do filho.

-- Eu também amo vocês - o garoto da o último abraço, só que dessa vez era um abraço triplo.

Mark achou aquilo tão fofo, o amor que os três compartilhavam era tão lindo e puro. O alfa pensava em um dia ser pai, talvez, mas para isso precisava de um(a) ômega ao seu lado, e esse com certeza era o passo mais difícil.

-- Estamos confiando o nosso bem mais precioso em suas mãos em Mark - Jeno o encarou sério.

-- Não se preocupem, eu prometo cuidar do Jisung como se fosse meu filho - Mark lança um sorriso para o menor, que também retribuí, não o deixando no vácuo como havia feito antes.

-- Tchau Jisung, cuida do tio Mark pra gente - falou o alfa, enquanto caminhavam para o elevador, agora realmente indo embora.

Assim que a porta do elevador se fecha, bloqueando a visão da criança com os pais, Jisung bufa e entra para dentro de casa, e em seguida Mark, que fecha a porta assim que entra.

"Vai ser uma tarefa fácil" Era o que Mark pensava, mas apenas se passaram trinta segundos que o casal havia ido embora, e o alfa já tinha perdido Jisung pela casa.

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- NÃO aceito adaptações