Fantasmas do passado parte 1

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Eu conheci a minha mãe, Angel - disse Alex no horário do café da manhã enquanto estávamos sentados na mesa

- Sério? E como ela é?

- Eu nunca poderia sonhar com algo tão doce e gentil como ela

- Me leve para conhecê-la, aposto que ela gostaria ouvir uma histórias embaraçosas do filho dela

Para com isso - Alex riu me dando um soco de leve no ombro - Mas tudo isso foi tirado dela. Ela morreu pra me salvar - Seu sorriso se apagou mudando para uma expressão triste e fechada - Tudo por culpa dele

- Quem?

- Zeus. Ele fez uma armadilha pra mim que acabei morrendo, mas meus pais me trouxeram de volta do mesmo jeito que eu fiz contigo. A mamãe foi o preço disso

- Como Zeus fez isso?

- Não sei, mas alguém contou o momento perfeito para que ela fosse atacada. Mas não posso fazer nada, não sei sobre nada da vida da mamãe aqui na terra e não posso me vingar de Zeus, ela não ia querer isso

Ela não quer que o seu coração se encha de escuridão, Alex - peguei em sua mão - Lute por ela, mas do jeito certo

- Você sabia que ela me chama de Alexander? Só ela me chama assim

É a primeira vez que eu vejo um brilho nos olhos dele

- Alex era só apelido? A minha cabeça explodiu agora

Alex riu - Só a minha mãe deve me chamar assim

- Mas sério, ela não morava com ninguém?

- Até onde eu sei ela não tem família e não falava com muita gente, ouvi que ela só falava com uma amiga, mas não sei

Ei Angel - A nossa conversa foi interrompida com Draco se aproximando de nós com uma carta - Recebi uma carta da minha mãe querendo falar comigo e ela quer você junto

- A sua mãe?

- Também achei estranho, mas ela pediu que te chamasse. Não me pergunte como ela te conhece porque eu não faço a mínima ideia

Eu vou junto - Alex propõe

- Eu não lembro dela ter te chamado também, anêmico.

Como é que é? - Alex quase avança pra cima de Draco mas eu impeço

Não se preocupe, Alex, vai ficar tudo bem. E se algo der errado, a minha espada não é feita para matar só monstro - Encaro Draco.

Vou garantir que você não use essa espada em ninguém da minha casa - Draco riu nervoso.

- Nós vamos para sua casa?

- Claro, aonde mais seria?

- O diretor já está ciente?

- Já falei com ele, um carro vem nos buscar daqui a pouco, prepare a sua mala para passar dois dias e uma noite.

Ótimo, tenho que arrumar minhas coisas. - Falei me levantando da mesa - Até mais Alex, cuide de tudo por aqui.

- Pode deixar.


Esse convite é bem estranho. Pensava enquanto arrumava minhas coisas.

Será que o Draco falou de mim pra ela? Não, isso não pode ser possível, ele mesmo falou que também não faz ideia de como ela me conhece. Então é por outro motivo, mas qual?

Já está pronta? - Draco falou do lado de fora

- Quase.

Não importa qual, mas não posso baixar a guarda. Peguei a minha espada e guardei tudo o que fosse necessário e saí.


No carro indo em direção a mansão Malfoy um silêncio pairou sobre o clima e Draco tentou quebrá-lo

- Já que vamos passar um tempo a sós podíamos treinar a Oclumencia.

- Verdade, vai ser bem útil.

Vai ser bom já que você vai passar uma noite comigo - Apoiou com a mão na janela a cabeça.

- Nem tente algo, se encostar em mim não pensaria duas vezes antes de te cortar.

- Me machucaria na minha própria casa?

- Até na frente da sua mãe se fosse o caso.

- Não fale como se fosse nova nisso.

Éramos imaturos, por favor, acabe com esse assunto - Mentira, eu só estou muito envergonhada.

- Você sempre foi chata assim?

- Você sempre foi inconsequente?

Draco suspira

- Sinceramente, não sei o que a minha mãe quer contigo.

Eu também não faço a mínima ideia - Eu estou com um pé atrás desse convite.

O carro para indicando que nós chegamos.

Vamos, não se preocupe com as bagagens, os elfos vão deixar no seu quarto - Draco abre a porta e estende a mão para me ajudar a sair do carro 

Quando chegamos na porta, fiquei admirada com a grandiosidade da mansão. Sabia que o Draco era rico, mas nem tanto assim.

Seja bem vindo mestre - Um elfo nos atende e me cumprimenta - Essa é a nossa convidada?

- Sim, trate ela bem e sirva do bom e do melhor. Agora quero saber onde está minha mãe.

- Está na sala de estar, senhor.

Entramos e apesar da mansão ser espetacular ainda era sombria. Então foi aqui que o Draco cresceu?

Olhava em volta e apesar do luxo e dinheiro era como se tudo fosse um vazio.

Estávamos indo ao encontro da mãe de Draco e cada vez que eu me aproximava sentia um ar estranho.

- Draco, a sua mãe é uma pessoa legal?

- Até onde eu sei sim, né

Essa vibração está me dando um nó no estômago. Antes de entrarmos fiquei preparada para sacar a espada se caso algum problema aparecesse.

Quando chegamos na sala parecia um cômodo normal, a mãe dele parecia normal

Cheguei, mamãe - Draco foi em direção a mulher bem vestida que estava em pé.

Senti tanta saudade querido - O abraçou forte

Aquilo não parecia ser ameaçador ou perigoso. Mas não era disso que eu estava sentindo.

E você deve ser a Angélica - A mãe de Malfoy se aproximou de mim e me cumprimentou - Me chamo Narcisa, prazer em finalmente te conhecer. 

- Prazer, senhora Malfoy. Mas se não for rude, quero saber porque a senhora me chamou até aqui.

- Eu queria que você falasse com alguém.

Sem recepções, Narcisa - A mulher parada no canto da sala, que até então não a tinha notado, interrompeu e se aproximou de nós - Quem lida com a minha filha sou eu.



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