Antes de vocês embarcarem no mundo da Mônica e do Eduardo, gostaria de falar um pouquinho de mim, e de como surgiu essa história. :)
Vocês precisam saber que eu, Lili, sou apaixonada por histórias desde sempre. Cresci no meio dos livros (com pai e mãe leitores assíduos, livros aos montes por todos os lados, não poderia ser diferente), eu amo os livros. Já perdi a conta de quantos li, e me recuso a responder qual o meu livro ou autor(a) preferidos, então, nem tentem (minha paixão por Jane Austen é secreta! Rs...).
Assim como amo histórias, amo criá-las. Eu as escrevo desde que aprendi como fazer, e elas chegam até mim das formas mais inusitadas.Quando eu tinha 11 anos, 1994, foi um ano inesquecível, no Brasil e no mundo (é claro que, eu não fazia ideia disso, mas foi tão marcante, que até eu, uma criança de 11 anos, sentiu isso).
O Brasil ganhou uma nova moeda, o Real. A África do Sul estava em êxtase com o primeiro presidente negro da história do país, Nelson Mandela. A antiga rede manchete me viciou no anime que virou mania nacional, o Cavaleiros do zodíaco. A seleção brasileira de futebol masculino ganhava, após 25 anos, o tetracampeonato. Então...
O Brasil sofreu uma grande perda, o maior ídolo do automobilismo brasileiro e mundial, o favorito pra ganhar o campeonato naquele ano, Ayrton Senna, estreando em uma nova equipe, a Williams, bate violentamente a mais de 200k/h...
Naquele ano, também morreram, o cantor e compositor Tom Jobim, o visceral Kurt Cobain (vocalista de uma das minhas bandas preferidas, o Nirvana), o humorista Mussum, o escritor e poeta Mário Quintana... Mas adivinhem? Eu não conseguia tirar da minha cabeça, a morte chocante do ídolo mundial, Ayrton Senna.
Foi aí que, aconteceu! O fenômeno dos sonhos! (Não sei descrever de outra forma).
Eu, pensei tanto naquela tragédia, tanto, que sonhei com tudo aquilo.
Só que... Sonhei por dias seguidos.
Só que... Sonhei o mesmo sonho. Sim! Exatamente igual.
Foram tantas noites que, eu sabia de trás pra frente. Eu falei pra um tio, que me fez repetir três vezes o sonho (ou pra me zoar, ou pra saber se era realmente igual, rs...), e depois me disse: escreva seu sonho. Eu escrevi.
Era um sonho triste, mas tinha um final feliz (diferente da realidade).
Foi aí que descobri duas coisas. Primeiro, eu amava escrever (de preferência histórias com finais felizes). Segundo, eu não escolho as histórias, elas são despejadas em mim, e eu tenho a necessidade de colocá-las no papel, se eu não as escrevo, eu sonho com elas repetidas vezes (é surreal) até elas ganharem vida no papel (ou notebook, rs...).
E hoje, depois de anos, eu estou à vontade pra compartilhar uma delas com vocês.Mônica e Eduardo falaram tanto dentro da minha cabeça, que eu precisava escrever.
Essa história surgiu, pasmem, após um sonho! Rs...
Sim, aqueles recorrentes, que não me deixam até que eu finalmente escreva. Só que esse, foi um projeto.
Eu tive que escolher uma música da Legião Urbana para um trabalho de inglês, escolhi, claro, Eduardo e Mônica. Ouvi tantas vezes para desenvolver a melhor forma de tradução inversa, que ela não saía da minha cabeça. Então eu tive um sonho, brutalmente intenso, intenso como a história de Eduardo e Mônica na música, mas ao mesmo tempo nada a ver com a história deles na música (eu só sabia que eram eles. Até cogitei mudar o nome dos personagens, mas não faria sentido).
Então, sonhei novamente. O mesmo sonho. Eu já estava enlouquecendo com aquela "cena". Como se minha mente dissesse, 'você precisa dar um fim a isso, precisa dizer como essa história termina'. Foi o que eu fiz.
Por isso, não estranhem a passagem de tempo na história, pois foi assim que toda essa loucura chegava até mim, rs...Como vocês podem perceber, a música é outra paixão que tenho, e ela se derrama por toda essa história, do início ao fim. Ela ajuda a compor, dar forma... é a preliminar mais excitante que poderia existir. Ainda mais, música da melhor qualidade, como sabia fazer a eterna Legião Urbana. Tocante, visceral, apaixonada, dolorida, transformadora.
Eu inicio cada capítulo com um trecho de uma música deles, pois a Legião, desde aquele momento intenso, embalou toda a trajetória da vida da Mônica, (e apesar de eu não ter nada a ver com a minha protagonista, a Legião embalou e embala até hoje, a minha trajetória também).Eu espero que vocês curtam ler, tanto quanto eu amei escrever.
Normalmente com um livro, eu aprecio um bom café (ou vinho), uma rede, e um dia chuvoso...
E vocês, confortáveis?
Em caso positivo, permitam que a voz melodiosa de Renato Russo cante pra vocês, e a voz da Mônica, conte a sua história.Luz!
Lili :)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu vejo você
RomansaO fogo é lindo. Hipnótico. Extraordinário. Soberbo. Ela era fogo. Labaredas, energia viva, impetuosa. Ardia. Pulsava. Queimava. Mas tudo que queima, vira cinzas... O cinza, é uma cor triste, sem personalidade, apagada. Ele confunde a beleza do pre...