me desenhe como uma de suas francesas

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A noite estava por se findar, no quarto os dois rapazes conversavam tranquilamente sobre um assunto qualquer, enquanto o mais velho dos dois procurava seus papeis e lápis. Em poucos minutos estava com os objetos a sua disposição, o lápis girando entre seus dedos e ora ou outra batendo sutilmente contra o papel.

- Como quer que eu fique? - questionou o sardento se jogando na cama alheia, seu corpo se esparramando pelo objeto macio.

- Em uma posição que se sentir confortável, você vai ter que ficar um bom tempo nela - comentou o loiro observando o rapaz moreno se revirar na cama e em seguida empinar seus quadris.

- Assim está bom para você? - provocou o sardento inclinando ainda mais seu corpo, elevando sua bunda enquanto deslizava suas mãos pelo colchão até ficarem próximas ao seu rosto.

- Você realmente quer que eu te desenhe assim ou está só me provocando? - perguntou o loiro apoiando os objetos de arte sobre a escrivaninha.

- Os dois. Quero que me desenhe como uma de suas francesas - ronronou o sardento forçando levemente o rosto contra o travesseiro, um sorriso atrevido se desenhando em sua face.

O loiro deu um pequeno sorriso e se aproximou da cama, suas mãos tocando o quadril do moreno, seus dedos adentrando por debaixo da camisa, deslizando pela pele quente das costas, acompanhando o caminho da espinha dorsal, subindo e descendo lentamente pelo percurso trilhado.

Logo a camisa escorria pelo corpo menor, passando pelos braços e cabeça até chegar ao chão. As mãos maiores voltaram a tocar o tronco desnudo, se demorando em cada parte, apreciando aquele calor tão ansiado, a textura aveludada e macia da pele.

Os dedos acariciaram ao redor das covinhas bem demarcadas da lombar, as unhas raspando contra a epiderme, fazendo o menor arquear sutilmente as costas, empinando um pouco mais seu quadril, o roçando contra o corpo maior quase colado ao seu.

Um suspiro de deleite escorreu pela garganta do menor, mergulhando pelo ar e adentrando os ouvidos do loiro. Aquele som por si só era completamente excitante e sensual, aquele barulho quase inaudível, mas que se tornou muito mais elevado naquele silencioso cômodo, era como uma fagulha que acendeu todas as terminações do mais velho.

O maior não se demorou em inclinar seu corpo sobre o do menor, seus lábios deixando uma trilha de beijos demorados por toda a pele das costas bronzeada e definida. Já havia perdido e se frustrado tantas vezes em não conseguir aproveitar o menor nas ùltimas semanas que naquele momento queria fazer valer todas as frustrações acumuladas, todos os momentos interrompidos, além de descontar sua abstinência forçada devido a quarentena.

A língua do loiro percorreu a coluna até chegar a nuca, onde seus dentes se fecharam suavemente, mordiscando a pele, ouvindo o moreno arfar deliciosamente.

- Marco - chamou o moreno em um tom extasiado, suas mãos alcançando os fios dourados, o puxando para perto de seu rosto, tomando-lhe os lábios em um beijo desajeitado pela posição em que estavam.

As línguas se roçavam e se acariciavam em pleno ar, as respirações, que principiavam em ofegar, se chocavam no meio do caminho. Os dedos se emarranharam nos fios dourados, acariciando e raspando sutilmente pelo couro cabeludo, os gemidos baixos sendo depositados na boca alheia.

As mãos do loiro se agarraram a cintura firme, a puxando de encontro a si, fazendo seu baixo-ventre roçar contra o menor, esfregando sua ereção encoberta naquelas nádegas macias e tenras. Não havia como negar que o corpo do moreno o excitava, além das falas pervertidas e maliciosas que saiam por aquela boca manhosa. O sardento por si só se tornara a mais pura sensualidade aos olhos do loiro.

Entre rabiscos e hibiscosOnde histórias criam vida. Descubra agora