Capítulo dois

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Davina Ewell

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Davina Ewell

Hoje é mais um dia de aula comum, mas pode ser um pesadelo para mim. Provavelmente vou ser parada em todo o lugar para receber condolências de pessoas que ao menos conheço. Há cada dia que passa, parece mais cansativo, repetitivo e entediante, cinza.


Olho para a janela e percebo que esta nevando. Eu adoro neve, o frio. Geralmente costumo acordar mais cedo só para sentir a brisa e o vento gelado. Isso faz com que eu me senta viva de  alguma forma. Meu relógio marcava 5:58 da manha.


Apesar disso, eu só quero ver minha mãe de novo, e na neve, encontro o seu pálido rosto e seu cabelo albino. Na natureza, encontro o seu lindo sorriso, eu só queria encontrá-la lá por mais uma vez... Por mais só cinco segundos.

Após resolver meu estado nada muito bonito e agradável, caminho solitariamente pelo castelo. A maioria dos alunos não cogita acordar esta hora, então isso é basicamente o que tem de melhor em ficar de pé logo cedo. 

È realmente muito desgostoso o que direi agora, mas é como me sinto em relação a isto... Mas... Até que permanecer só não é tão ruim quanto parece. Estudos comprovam que ficar sozinho faz tão mal a saúde, quando fumar cigarro. Eu acredito ser a única exceção deste... Estudo.

Ajeito uma pequena toalha sobre a grama coberta por neve. Obviamente eu não me sentaria de forma tão ingênua sobre a neve sem algo por baixo. Então finalmente sento sobre o pano, cobrindo-me com o cobertor que eu trouxe. Observo a paisagem triste.

Lá estava ela.

-- Olá, mamãe... Como a senhora se sente hoje? - Questionei a própria paisagem, obtendo como resposta um assobio do vento.

As arvores e a grama cobertas por gelo, algum tipo de vento mais frio do que o normal, e pequenos flocos de neve pousavam sobre minha mão nua. O céu estava pálido e nublado, como o meu humor, como mamãe.


Por enquanto ainda não contei a ninguém minhas habilidades extraordinariamente patéticas. Ninguém além de mim pode fazer magia sem a varinha, minha teoria apenas, mas acredito que  o meu tipo de magia exista somente em meu sangue. Percebo o que ela esta fazendo comigo. As raízes de meu cabelo escureceram, e eu emagreci bastante. Também preciso notar o amarelecimento de minha pele. De alguma maneira, estou adoecendo cada vez mais.

-- Bom dia, senhorita Ewell... - Murmurou algum tipo de voz masculina atrás de meu corpo, em pé. Voltei-me para o sujeito para identificá-lo. -- Deve odiar condolências, ainda mais vindo de pessoas que não conhece tão bem. - Ele sentou-se ao meu lado. -- Contudo, sinto-me obrigado pela sociedade a prestar minhas condolências. Eu sinto muito por como sua ultima semana vem sendo árdua. - Nos encaramos em silencio por alguns segundos.

-- Obrigada. - Respondi voltando meus olhos a paisagem encantadora. Bem, devo agradecê-lo por não utilizar a frase: '' Eu sinto muito pela morte de sua mãe '' .

Eu ainda não havia saído de hogwarts para tirar dias de luto, mas a esta altura, todos já sabiam sobre o padecer de minha mãe. 

-- Você vai tirar alguns dias para si? - Indagou enquanto me observava de forma seria. Eu sabia o que estava tentando fazer ali. Sim, Riddle, todos sabem que você também é órfão. Devo agradecer por ser somente metade órfã... E não, não aceito fazer parte de seu grupinho só para pessoas sem pais vivos. 


Observei meu relógio, verificando a hora. Meu relógio é de pescoço, na cor dourada. Em seu interior abriga uma foto de minha mãe e eu, no Natal. Olhei para a foto por alguns segundos sem perceber o olhar pesado sobre mim.

-- Já vão servir o café, devia sair deste frio e tomar café comigo. - Então virou e caminhou para dentro do castelo novamente, sem esperar algum tipo de resposta.

Eu não tinha estômago para tomar café agora. Apesar de não comer desde o café da tarde do dia anterior.

Observei o sol derreter o gelo da grama pela próxima hora. Minhas aulas só começariam 8:30, e ainda são 8:06. Talvez eu possa ficar aqui por mais dez minutos, antes de todo o pesadelo começar. Assim que o relógio der 8:16, levamtarei-me e caminharei em direção a sala de minha primeira aula. Adivinhação, simplesmente patético.

Enquanto eu caminho pelos corredores estreitos e gigantes, os quadros me fitam com melancolia. Já era de se esperar que esses fofoqueiros soubessem sobre as ultimas fofocas do momento. Mas olhe, eles nem leem jornal. Assim que adentro o velho sotão de adivinhação, dirijo-me até a ultima mesa da sala, com a intenção de dormir. Acredite em mim, nenhum professor vai querer perturbar uma aluna que acabou de perder a mãe. Ainda mais a professora de adivinhação, que é uma completa idiota. Fofoca com os alunos, além disso, ainda faz drama quando as xícaras dos alunos mostram um destino " difícil e árduo ". Isto é patético... Eu acho revoltante.

De repente meus olhos acompanham Riddle adentrar a sala. Ele me observa em silencio enquanto caminha até a mesa que já cansou de aguentá-lo levantar a mão para responder perguntas esquisitas da professora, ou, ser bajulado por ela. A primeira carteira em frente a mesa da professora.

Sempre soube que ele era um garoto puxa-saco, irritante e extremamente chato. Nunca quis me aproximar do mesmo. Mesmo com sua... '' estimável e atraente beleza '' - como dizem as garotas de hogwarts e suas ex-namoradas- ainda não consigo confiar nele. Não há alguém neste mundo que seja perfeito.

Ao longo do dia, as pessoas me deram suas condolências, eu nem tive coragem de sentar a mesa para o almoço. Hogwarts tem muitos alunos, seria difícil comer com todos me dando suas condolências. Só o que eu desejo agora, é ir para casa ver como papai está. Provavelmente devastado, assim como eu.

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Deixando bem claro que Davina não tem ódio da mãe, apenas não suporta tê-la perdido.


Trevas -Tom RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora