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Alison acorda com a luz do sol ofuscante vindo da janela ao lado da cama.

Ela rapidamente aperta os olhos em aborrecimento. Seu crânio lateja e ela solta um grunhido, rolando para o lado e cobrindo o rosto com o cobertor grosso que antes a cobria.

Com certeza a morena havia bebido muito na noite anterior, como sempre, porque não só ela está com uma dor de cabeça infernal mas ela cheira a álcool.

Ela acaba se perguntando se pode uma vez na vida ir a uma festa sem acabar bêbada pra caralho. Provavelmente isso nunca vai acontecer, porque esta é Alison, uma estudante universitária de dança que trabalha meio período em um clube de strip para ganhar a vida.

Ela solta um grunhido baixo e se alonga para tentar aliviar a dor na parte inferior das costas. Mas que porra ela fez noite passada?!

Seus olhos se arregalam e ela prende a respiração quando seu pé toca algo frio, próximo à ela.

Assustada, ela vira sua cabeça para olhar para o outro lado da cama e percebe que há um estranho ao seu lado.

Quem diabos era aquele?

Ela bate as palmas das mãos em seu rosto com tanta força que por um segundo pensou ter acordado o garoto. Ela se vira para olhar para ele mais uma vez e, graças à Deus, ele ainda está dormindo.

Ele estava de costas para a morena, então, tudo que ela consegue ver é o cabelo preto como breu e os músculos de suas costas.

Ah, claro, e alguns chupões.

Clássico.

Finalmente olhando ao seu redor ela percebe que aquele não é nem mesmo seu quarto. Ela dormiu na casa de um estranho pela segunda vez só essa semana.

Ao levantar o cobertor ela pôde ver seus corpos nus, e todos os chupões espalhados por sua barriga e coxas.

Memórias começaram a aparecer em sua cabeça e ela sorri sozinha, ao menos ela se divertiu.

O garoto próximo a ela solta um grunhido baixo e se vira, colocando um de seus braços em volta da cintura de Alison.

Agora ela consegue sentir a respiração quente dele em sua nuca.

Ótimo.

Com um suspiro ela tenta se levantar o mais silenciosamente possível, sem acordar o garoto desconhecido, o qual parece estar em sono profundo.

Ela consegue se levantar da cama com sucesso.

Sua vida nem sempre é só sexo, festas e bebidas. Ela é uma garota com uma personalidade forte, um corpo que pode fazer você se derreter e um sorriso que pode fazer você cair de joelhos imediatamente, mas ela pode ser idiota e bem tímida às vezes.

Dançar é sua vida e, bem, ela gosta de dançar no clube de strip, embora não seja o lugar que ela escolheria para trabalhar, se pudesse. Mas se incluir dança, então ela está dentro.

Mesmo que um bando de caras bêbados e com sede olhem para ela de baixo para cima. Seus olhares apenas mostravam o quanto eles queriam empurrar Alison contra a parede e tê-la, ela gosta disso.

Ela gosta de se sentir tão poderosa. Adora como ela tem o poder de deixar todos tão maravilhados com a maneira como ela move seu corpo ao som da música, como ela consegue controlar seu corpo tão bem.

Sim, ela talvez ame um pouco o jeito que todos os garotos e garotas olham para ela, querendo uma noite com ela, mas nunca terão o prazer de realmente realizar suas fantasias.

Ela está quase totalmente vestida, sem calças e sapatos e ela estava quase saindo de lá, até que o estranho geme e acorda. Ele aperta os olhos enquanto encara Alison, que está congelada no local, encarando o garoto com olhos arregalados.

Alison rapidamente limpa a garganta.

— Uh... bom dia. – ela diz sem jeito enquanto o cara mantém contato visual constante com ela, com confusão estampada em seu rosto.

Porra, ela deveria ter pegado suas roupas e fugido antes.

— Aonde você vai? – diz o cara, com a voz ainda rouca por ter acabado de acordar.

— Eu... tenho aula em cerca de uma hora então tenho que me apressar, desculpe. – não era mentira.

São 7 da manhã e ela tem aula às 8, então ela tem que se apressar ou perderá a aula. Novamente.

A expressão do cara vai de confusa para suave; — Oh, tudo bem. – ele se senta na cama. — Talvez possamos sair e tomar um café ou almoçar algum dia?

Alison congelou pela centésima vez em 10 minutos. Ainda é muito cedo para essa merda. Um minuto se passa sem resposta da garota, ela está apenas olhando para o cara confusa, deixando o outro nervoso por uma resposta que ele acha que nunca vai receber.

— Alison? – ele chama, preocupado.

Os caras com quem Alison dorme são quase sempre encontros de uma noite, são todos memórias e experiências diferentes com as quais ela nunca mais fala depois de uma noite. Bem, alguns pedem a ela um segundo ou terceiro encontro, mas nunca pedem algo mais do que sexo. Então, é um pouco surpreendente para ela.

— Isso não é meio que... um encontro? – a morena diz e cruza os braços, sua personalidade atrevida volta, enquanto encara o garoto ainda deitado com uma sobrancelha levantada e um pequeno sorriso.

— Talvez. – ele sorri.

A mesma vai até o criado mudo perto da cama do garoto e pega uma caneta e papel para escrever seu número de telefone. Ela adiciona um coração ao lado de seu nome e deixa o pequeno papel sobre a mesa.

— Me liga, então uh... – ela para, pois nem sabe o nome do garoto.

— Nick. – o cara acrescenta com um sorriso doce e pegajoso e rindo depois de Alison esquecer seu nome.

— Bem, nos vemos em breve, Nick. – Alison pisca para ele e finalmente sai pela porta.

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