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N/A: Primeiro capítulo não muito longo pra mostrar um pouquinho do ponto de vista da Perrie, começando pela manhã do dia do prólogo, mais pra contextualizar a rotina dela mesmo, prometo que no próximo jerrie vai começar a interagir e tals. O Aaron citado imaginei como o cabeleireiro delas (Aquele com a tatuagem de caveira ma mão que sempre estraga o cabelo da P)

• perrie edwards •

Antes das sete horas da manhã os alto-falantes do meu celular já berravam a voz de Colbie Caillat em "Brighter Than The Sun", mas a escuridão do meu quarto, acompanhada do peso confortável das cobertas macias me fazia querer arremessar o aparelho contra a parede. Minhas pálpebras pareciam ser feitas do metal mais pesado e quando finalmente consegui abrir os olhos, eles estavam ardendo e lacrimejando, talvez não fosse uma boa ideia dormir menos de quatro horas, mas me lamentar pela manhã não compensaria as horas em claro na noite anterior.

Joguei o tecido que me aquecia para o lado, bruscamente, pois um segundo a mais ali e tinha certeza que voltaria a dormir, o vento vindo do corredor arrepiou cada um dos pêlos em meus braços e me apressei a ir até o banheiro para de me preparar para o longo dia.

No quarto ao lado do meu, minha pequena dormia serena, nem minimamente perturbada pelo alarme que me acordara alguns minutos antes.
Seu cobertor peludo com uma estampa do Homem-Aranha estava no chão, embolado, o inseparável camaleão de pelúcia esmagado perto da axila direita e ela estava esparramada de bruços no colchão, com alguns fios de cabelo grudados na testa suada, indicando que o pijama de frio somado a coberta quente tinham sido exagero da minha parte.

Decidi acordá-la só quando realmente fosse necessário, sabendo que ela amava dormir tanto quanto eu, e fui até a cozinha preparar o café da manhã e impedir Lauren de arrancar a minha cabeça.

Estava acabando de colocar o adoçante do chá quando a porta que dava acesso a cozinha se abriu de maneira brusca e minha amiga entrou batendo os pés, com uma sacola em mãos. Os cabelos escuros e longos estavam soltos, o rosto livre de maquiagem e seus olhos verdes pareciam lançar balas em minha direção.

— Bom dia, Laur! Aceita um chá? – sorri abertamente por trás da caneca fumegante em minhas mãos.

— Eu queria tanto te socar agora, Perrie Edwards. – sussurrou com os dentes cerrados, colocando a sacola sob o balcão.

— Pois saiba que isso é para a sua querida afilhada, que vai levar para a escola hoje! – expliquei, me aproximando do pacote, onde se lia claramente "Obrigada por buscar para mim. Com amor, P"

— Então você podia ter levantado essa bunda da cama mais cedo e ter descido buscar. A porra do interfone me acordou às sete da manhã e me troquei correndo, para descer e descobrir que era só você sendo uma otária – ela explodiu.

Eu sabia que depois iríamos rir disso, desde sempre colocamos encomendas com o nome e número do apartamento da outra, apenas para para pregar peças. Menos naquele horário, Lauren não era uma pessoa da manhã, eu também não era, mas ver a sua revolta me divertia.

— Duas libras. – Maeve entrou na cozinha coçando os olhos, agarrada ao seu camaleão e com apenas metade de uma meia no pé.

— Você nunca acorda sozinha! – Jauregui se jogou em uma das cadeiras, exasperada. — Qual é a cobrança da vez?

— Você falou o palavrão com "p" e "o" e xingou alguém. – minha filha explicou, se ajeitando no colo da madrinha.

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