• Ela •

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       Como todas as outras ela era uma menina boba. Ficava no quarto, fazia dever de casa, dançava na frente do espelho... Também procrastinava e cantava como se ninguém estivesse ouvindo. Era quase sozinha naquele apartamento isolado, mesmo assim dormia como um anjo delicado. Sensível ao riso da noite.
Um dia chegou à casa meio acabada. Meio bêbada enquanto cambaleava em passos incertos até a segurança do quarto.
       E então foi dormir, mas não era mais anjo encantado. Não tinha paz em seu olhar quando eu a toquei e ela gritou.
       E eu sorri.
       E ela gritou e sangrou. Gritou e morreu.  
      Como todas as outras.

O terror que habita a esquina (Microcontos)Onde histórias criam vida. Descubra agora