22° Protetora

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Pov Juliette

Quando entro quarto me deparo com um pequeno ser embrulhado em um monte de pano rosa, era possível ouvir o chorinho manhoso. Sinto meu coração se aquecer com a felicidade e me aproximo ainda mais de Carla e da pequena Alicia.

– Como você esta se sentindo Carla?- Sarah pergunta antes de mim à moça que como resposta dá um imenso sorriso radiante, acho que aquilo era um sinal de que estava tudo mais que perfeito com as duas.

– Eu estou me sentindo ótima senhora Andrade, apenas um pouco cansada, mas de resto está tudo quase perfeito...- ela diminuí o tom de voz parecendo se lembrar de algo que não era tão agradável assim e naquele instante eu já tinha a resposta em minha mente, monstro chamado Arcrebiano.

– Que bom querida...- digo baixo pegando na mãozinha minúscula da pequena Alicia e digo meio contragosto o nome e o assunto que envolvia aquele homem.- Arcrebiano está lá fora, você quer ver ele ?-ela me encara engolindo em seco e parece pensar sobre o assunto. Então alguns longos segundos depois ela nega com a cabeça.

– Eu não quero ver aquele homem, não depois do que ele fez... Ele podia ter matado a minha filha...-Carla parecia finalmente ter aberto os olhos para a verdade sobre aquele crápula.- Eu quero fazer um boletim de ocorrência.-ela diz determinada passando os dedos pelas bochechas rosadas de Alicia que parecia um pouco mais calma, já grudada ao seio da mãe após a ajuda de uma enfermeira.

– Acho que você está fazendo muito bem em denunciar aquele sem vergonha.- Sarah diz parecendo bem satisfeita com a decisão da garota.

Por incrível que pareça eu me senti mais aliviada também, se fosse algum tempo atrás eu ficaria sem chão, mas Arcrebiano agora representava um chão onde eu só pisava mesmo e não mais a base do que eu entendia em um relacionamento amoroso.

– O que falaremos com ele?- pergunto enquanto Sarah provavelmente ligava para a polícia, eu sabia que aquele imbecil não era tão burro quanto parecia.- Se ele desconfiar de alguma coisa vai querer fugir.

– Aguém tem que ir lá fora distrair ele até a chegada da policia.- Sarah diz baixo e olha para mim já que sua mãe parecia estar analisando a pequena, suspiro e caminho para o lado de fora e me deparo com ele sentado no mesmo lugar onde havíamos o deixado minutos antes.

– E como está a garota e Carla?- ele fala sem o menor interesse e nem fazia um pequeno esforço para esconder isso, era muito idiota, naquele momento sinto vontade de gritar e jogar algumas verdades na cara dele, mas seguro a minha vontade, pois estava ali para o manter ali e não colocar para correr.

– Para sua infelicidade elas estão muito bem e pelo visto isso não vai mudar em nada sua vida ou seu modo de pensar...- dou de ombros. Ele como que não queria nada se coloca de pé e se aproxima me causando calafrio a cada passo que ele dava em minha direção.

– Você se acha muito esperta Juliette, mas eu se que está morrendo de medo de dizer para sua mulherzinha que uma vez você gostou de homem de verdade.- ele segura no meu queixo me fazendo chegar mais perto, mesmo contra minha vontade, eu nunca havia pedido tanto para uma polícia ter o poder de se teletranportar.

– Tira essas mãos nojentas de cima de mim.- afasto sua mão bruscamente o encarando cheia de ódio, com ele eu estava a ponto de entrar em colapso a qualquer momento.- E você não é homem de verdade coisa nenhuma! É apenas um canalha que não tem nada na vida e quer ostentar, acha que eu não descobri que você usava algumas coisas de Sarah para dizer que pertencia a empresa do seu pai! Mentiroso, mas ainda bem que não tive interesse no seu falso dinheiro, sabe se lá quantos filhos você de ter espalhado por ai.

– Acha que realmente é alguma coisa importante querida? Você não passa de uma pobretona que se casou com alguém rico para subir na vida.- ele começa apertar meu braço e me puxar para mais perto. Um pouco nervosa de raiva tento me afastar de suas mãos asquerosas.

CASAMENTO ARRANJADO •SARIETTE•Onde histórias criam vida. Descubra agora