8° Bate papo de um casal

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Pov Autora

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Flashback

"Era um dia de festa, o dia em que as famílias estavam reunidas para comemoram o natal e aguardarem ansiosos pelo ano novo, mas essa empolgação não era algo apoiado em todas as famílias, um exemplo disso era a família Andrade.
Ao contrario do que muitos pensavam naquela época, o Natal não era bem visto por Ricardo já que para ele já não havia motivos para comemorações, sua esposa já havia morrido e sua única filha era seu desgosto, ele não conseguia entender o porque de sua esposa ter dado a vida por aquele ser, sabia que era sua filha, mas preferia que fosse um menino, que se pudesse escolher, escolheria um garoto, ou sua esposa viva.
Já na família Freire sobrava felicidade, Juliette se divertia ao lado dos pais enquanto preparavam biscoitos, bolos e tudo que se tinha direito naquele dia.
Não eram tão ricos quanto os Andrade, mas tinham uma forma de compensar com todo carinho. Sempre aguardavam ansiosos essas ultimas festas do ano."

Casa dos Andrade (sonho Sarah)

- Papai...- a garota de cabelos loiros para a porta do escritório um pouco receosa, as mãos unidas se esfregavam nervosamente enquanto seus olhos verdes encaravam o homem alto que agora tinha uma barba por fazer.

-O que você quer garota? Já não lhe disse para não me interromper quando eu estiver mexendo com assuntos das propriedade?- a garota se balança nervosa, e seus dedos agarram o tecido rosa do vestido, imediatamente ela se pergunta em que momento ele não estaria com a cara enfiada nesses papeis? Balança levemente a cabeça negativamente, não valia a pena questionar, pois o máximo que conseguiria era ouvir xingamentos e quanto ele desejava que ela não existisse.

-Disse sim papai, mas eu pensei que o senhor não estivesse trabalhando, afinal hoje é natal....- diz a ultima parte em quase um sussurro sabia muito bem as palavras duras que viriam depois.

- Natal é apenas um dia como qualquer outro, usado apenas como desculpa pelos desocupados para fazerem badernas e atrapalhar quem realmente está interessado em progredir.- era um discurso de um velho capitalista, um homem que só desejava mais e mais dinheiro.- não comemoramos essa baboseira.- ele lança mais um olhar sobre a garota.

-Bom eu não vim pedir para a gente comemorar o natal porque sei que não vai passar de perca de tempo.- ela ergue a cabeça e fecha as mãos em punho, esse era outro motivo para David a odiar, era uma menina muito tímida, mas sabia ser bem petulante quando queria.

-Diga logo de uma vez a idiotice que você quer e saia daqui.-parecia um tremendo tom de ameaça.

- Juliette me convidou para passar o dia na casa dela, eles estão preparando doces.. E eu gostaria de ir...- diz em tom baixo, estava ansiosa, talvez o pedido desse ano funcionasse e ela pudesse ir para a casa da amiga sem precisar sair escondido.

- Se eu deixar você ir, você vai me deixar em paz o resto do dia?- um largo sorriso se abre nos lábios da garota ao ouvir aquele questionamento, um fio de esperança toca sua mente. Então mais do que de pressa a menina concorda com a cabeça.- tudo bem suma daqui!- a menina não esperou ele nem terminar a frase e já saia em disparada porta a fora.

A garota coloca seu melhor casaco e corre para a casa da amiga que não ficava muito longe da sua, para na porta observando alguns enfeites simples pendurados ali, abre um imenso sorriso e dá três batidinhas na porta, não consegui conter tamanha empolgação.

A porta se abre revelando uma bem moça morena com traços fortes, que se suavizam em um sorriso de orelha a orelha.

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Realidade

Pov Sarah

-Nossa....- sussurro ao abrir meus olhos, meu coração estava disparado como se eu tivesse corrido em uma maratona, o que naquele momento era impossível, então vagarosamente flashbacks do sonho estranho vem a minha mente.

-O que Juliette estava fazendo lá?- me pergunto olhando em direção a mulher que dormi agarrada ao travesseiro. Parecia até um anjo, nem parecia a mulher que ontem mereceu as palmadas.

Pelo menos no sonho, a Juliette adolescente pareceu contente em me receber para a festa de Natal, eu queria ter sonhado um pouco mais, entender o que realmente aconteceria, mas por mais que eu se esforçasse, não lembrava se sonhei o resto e havia esquecido, ou nem isso aconteceu.

Suspiro e me levanto sentindo uma baita dor no corpo, como isso era possível? dormi mais do que costumava dormir nesses últimos três anos! Talvez castigo? Han? o que ja estou pensando? Tenho que mandar uma para Ingrid e me desculpar por ter ido embora sem ao menos terminar o jantar, talvez marcaria uma outra hora para tentarmos novamente.

Faço minha higiene pessoal e coloco uma roupa bem casual, afinal não tinha muitos planos para hoje. Pego meu celular sobre o criado mudo, me surpreendo com o horário, eram quase nove da manhã, meu Deus aquele sonho estranho absorveu parte do meu descanso e quem sabe um pouco mais.

Desci as escadas digitando um texto para Ingrid, e não foi difícil ver a movimentação dos empregados pela casa, provavelmente estavam pondo a mesa agora, eu não me importava muito, não estava sentindo muita fome, acho que os pensamentos sobre a Juliette do sonho havia me roubado o apetite, era tão real, parecia tão palpável, meu estomago até doi, adentro a cozinha e a mesa ja estava impecável e vejo suspiros de alívio de algumas das moças ali.

Me:

"Oi meu bem, desculpe ter saído daquela maneira ontem, mas você sabe que o Arthur me tira do sério não é? Eu espero realmente que não tenha se chateado." Envio e pego um pouco do suco de uva e olho as mulheres que estavam em pé me encarando, desvio o olhar para meu celular que vibrou.

Imgrid:

"Gostosa relaxa, eu conheço meu irmão e sei que ele faz de tudo para implicar com você, ele ainda não superou o termino de vocês e saber que está casada agora e que não terá muita sorte com você, ainda mais com uma morena como aquela.

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CASAMENTO ARRANJADO •SARIETTE•Onde histórias criam vida. Descubra agora