Love In The Dark

VI

Você pode olhar para mim e no fundo dos meus olhos você poderá ver o seu reflexo e amor incompreensível que sinto por você
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-Me diga de uma vez! -Bati minha mão na mesa do refeitório onde se encontrava Taehyung e Hoseok que levaram um susto -Fala!

-Esta ficando louco?! -O azulado chamou minha atenção olhando para os lados, a maioria ali presente estava agora com seus olhares pousados na mesa que nos encontravamos -Abaixe o tom de voz e quando se acalmar fale comigo

-O que você fez com o Jimin?! -Ambos se entre olharam e riram, eu contei alguma piada? Eles chegaram atrasados e por algum motivo vi Taehyung arrastar Jimin pelo corredor

-Você com ciúmes se tornar outra pessoa

-Que tipo de amigos são vocês?! Não está na cara que eu gosto daquele muleque idiota?! -Às vezes o orgulho não nos deixa assumir o amor, portanto, deixe esse orgulho de lado e ame amar. Às vezes nos deixa tristes, mas ninguém encontra a felicidade sem antes ter conhecido a tristeza

-O Jimin tentou suicídio Yoongi -Soltou essas palavras, meu coração acelerou e por diversos motivos senti um vazio enorme em mim e um medo que nunca tive crescer em meu interior -Eu entrei no banheiro e o vi com um caco na mão, o braço cortado ele estava chorando muito então o levei ate a enfermaria e fiz alguns curativos -Disse como se não fosse nada, para ele não era, mais para mim...era o loiro que era a causa da minha paz interna -O que achou que eu tinha feito? Transado com ele no quartinho da limpeza?

-O que acha que está falando?! O Jimin pode gostar de você mais ele não é assim! Não se ache tanto seu idota! -E pela primeira vez sentia inveja de Taehyung, inveja do que ele conseguiria conquistar com um sorriso e eu com 3 anos não consegui chamar a sua atenção mesmo sendo amigo do seu crsh escolar

A Jimin, você não sabe o que eu fui sentir, você não sabe o que eu sinto em vão, olho para você no cantinho de uma mesa qualquer vazia todo encolhido olhando para a janela com gotas de água que nela escorria pela chuva grossa que caía do lado de fora, seu olhar distante com certeza pensava em sua mãe, olho para você em algum processo de transição, sem pensar duas vezes cruzei aquele imenso espaço do refeitorio e quando me vi estava a sua frente

-O que acha de um almoço? -Seus olhos castanhos claros cansados se pousaram em mim, por um momento pude sentir um pouco da sua dor

-Desculpe mais não -Não é possivel acabar com a sua agonia, estou perdido em meio o labirinto de minha mente, a escuridão é fria que eu mesmo a criei, mais irei encontrar a luz a minha paz e sei que ela está nesse amor não correspondido, me sinto como um diamante despresado por Jimin, mais enquanto eu puder fazer algo para ele e por ele eu farei

-Ok...-Peguei em seu braço com cuidado afinal eu não sabia qual era o braço com suas feridas e sai dali correndo pelos corredores

-Aonde está me levando? -Eu não podia estar me esforçando mais sabia que no fundo eu sou a minha fonte de coragem, se eu cheguei ate aqui é por que devo continuar tentando

-Espero que não se importe de ficar molhado Jimin -Ao parar no portão da escola entrelaçei nossos dedos e puxei para fora, minha avó me dizia que correr na chuva é purificação a alma deixando leve, na paz do silêncio de um diálogo consigo, pulsando as veias e clareando a mente envolvido no choro dos céus, livre e sem refúgio.

Logo atrás de mim vi Jimin sorrir algumas vezes, nossos pés ligeiros batendo contra as poças de água que se formavam na calçada, algumas pessoas nos olhavam como se fossemos loucos, mais e daí? Deixe que pensem, talvez sejamos mesmo loucos, loucos por querermos ter uma vida .
Alguns quarteirões se passaram, o parque se passou e a escola não era mais vista por nois, estavamos longi o bastante delas parados em frente a um restaurante chic, com as respirações pesadas minha mão foi ate a maçaneta da porta mais senti um puxão pelo loiro que me segurava firmimente no braço