Após uma feiticeira lançar uma maldição contra à família Park, devido sua ganância por dinheiro e poder, o filho mais novo da família sofreu uma maldição como consequência, que o impossibilita de amar e dar continuidade na geração dos Park. Há somen...
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As lembranças vagavam pela minha mente. Lembranças borradas da minha infância, como se fosse uma linha do tempo até a minha vida atual. Visualizava o meu quinto aniversário, quando ganhei um pônei gigante de pelúcia do meu pai após passar o ano inteiro insistindo para que eu ganhasse um. Em um piscar de olhos, visualizava o dia em que me apresentei no colégio e minha progenitora foi a única que não compareceu, mandou Sehun em seu lugar, o motorista acenava para mim com um sorriso compadecido. Sua expressão carregava pena. Pena de uma garotinha rejeitada pela própria mãe. O tempo passou, e cheguei no aniversário em que ganhei o famoso colar de rubi. A mulher ruiva que usava uma capa de chuva amarela, se aproximou de mim e me entregou o objeto. Ela dá as costas e vai embora. Sua imagem ficou gravada na minha memória, a meia calça azul com listras amarelas foi um tanto marcante, juntamente com seus pares de botas de plástico também amarelo. A própria banana em forma humana.
Me vi caindo em um buraco negro. Grande e fundo. Conforme eu ia caindo, conseguia ver cada etapa da minha vida. Cada acontecimento marcante. Vi até mesmo a Akemi, minha única e melhor amiga. De como eu era feliz no Japão ao seu lado, do quanto nos divertíamos juntas. Tudo mudou completamente após eu me ver chegando em Seongnam City. Me vi perdida, insegura, sozinha e confusa com todos esses acontecimentos estranhos. E quando visualizei a imagem do colar novamente, no momento em que perdi, o incômodo me atinge em cheio e um turbilhão de pensamentos me invade.
Como eu pude perdê-lo? Como eu pude ser tão descuidada?
O colar, uma das únicas memórias boas da minha infância. Ele me confortou no momento em que eu mais precisei. Naquela noite, eu me sentia uma pessoa horrível por não receber o amor da própria mãe, mas de alguma forma, quando aquela mulher me entregou o colar eu me senti feliz e amada.
E agora eu o perdi.
- Não encontrei nada de interessante nessa mente vazia. - Ouço a voz de uma garota. - Ela é tão triste. Teve uma infância péssima. Bom, não encontrei nada que indicasse onde ela perdeu o colar.
Me mexi de forma inquieta e escutei murmúrios. "Fiquem quietos, ela está acordando." Abri os meus olhos lentamente, e enxerguei tudo embaçado. Uma pontada forte na cabeça me atingiu em cheio, e fiz uma careta de dor. Tudo ainda permanecia embaçado, conseguia ver apenas vultos em minha volta, silhueta de três pessoas para ser mais exata.
Mas que merda aconteceu comigo? Onde eu estou?
- O que Taehyung disse no dia da festa? - Eu reconheci aquela voz. Era Jimin. - Ele me ligou dizendo que algo havia acontecido e que tinha a ver com ela.
- Precisamos falar disso agora? - A voz da garota saiu ríspida. - Você deveria encontrar o colar primeiro, pelo o que você mesmo falou as folhas começaram a cair. E ninguém sabe o que acontecerá após todas as folhas caírem, e convenhamos Jimin, desde que elas começaram a cair, você têm ficado mais pálido e cansado. - Por mais que ela falasse em um tom ríspido, sua voz continha preocupação.
