Capítulo 6

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"Ela só quer paz" - Projota

S/N estava deitada no sofá, uma atadura no pé para tirar o inchaço remanescente do seu último terrível turno. O telefone jogado de qualquer jeito na mesa de centro apitava de vez em quando com alguma notificação nova de aplicativos ou do Instagram com outra publicação de algum site de fofocas aleatório.

Após um suspiro resignado depois de desistir de encontrar alguma série que a interessasse minimamente, ela pegou o celular e rodou a barra de notificações procurando algo interessante, como esperado de uma quinta com feriado não emendado, nada importante acontecendo.

S/N se levantou e andou para a cozinha, esquentou a chaleira elétrica e foi até sua geladeira ao lado da bancada, pegou uma caixa de leite e pôs sobre o balcão, enquanto esperava, olhou pela janela da cozinha, observando a pequena movimentação no terreno do pequeno condomínio, havia algumas pessoas saindo em grupos, provavelmente familiares, indo dar uma volta juntos como uma família normal e feliz costuma fazer, uma família que não se preocupa se vão ter paparazzi ou fotógrafos por perto.

O apito da chaleira despertou ela de seu sonho desperto, ela tirou da tomada e pôs a água na xícara azul que ela tem em seu armário, sua favorita, diga-se de passagem. Após o café estar pronto, ela começa a beber lentamente, ainda observando a movimentação, o que ela não daria para passar um dia com Eva... Como ela sentia falta de sua irmã.

Ao terminar o café, S/N lavou a xícara e secou, guardando em seu respectivo local, andou até o sofá e pegou o celular novamente, o que rapidamente chamou sua atenção foi a notificação do WhatsApp, uma chamada perdida, ao conferir o número, ela nota que ele não está salvo em seus contatos, será que era sua mãe tentando entrar em contato depois de tudo? A ideia perturbou sua mente, ela esperava que não, não havia um pingo de paciência para lidar com sua mãe, ela ainda se sentia frustrada com tudo. O telefone vibrou com o mesmo número tentando ligar, S/N pensou severamente em desligar e fingir que não era com ela. foda-se tudo

S/N apertou o botão verde, confirmando, assim, a chamada da pessoa misteriosa, S/N esperou até que o desconhecido dissesse algo, talvez um "bom dia" ou um "finalmente atendeu garota ingrata"  neste último caso, apenas se for sua mãe do outro lado da linha. Uns dois segundos se seguiram até o momento em que a pessoa notou que sua chamada havia sido aceita. - S/N? - uma voz feminina estranhamente familiar soou. - Alô, quem é? - ela perguntou com dúvidas, quem devia ser Anny e Sara não eram, ela reconheceria de imediato, Eva não teria como ser, seria um crime ela não reconhecer a voz de sua irmã, seu anjo no inferno que havia sido morar em casa. 

- Sou eu, a Beatrice, esse é meu número novo! - a voz, agora reconhecida como Beatrice, disse animada. Após minha ida a New Harmony a dois anos, eu e Beatrice mantivemos contato, posso até dizer que construímos uma boa amizade. - Bea? mentira! você do nada não estava mais respondendo minhas mensagens. - digo um tanto preocupada quanto ao motivo de seu sumiço. - menina, se eu te contasse, você não acreditaria - ela suspirou - tive que sair do país para resolver uns assuntos familiares, eu acabei deixando meu celular no Canadá, em um hotel, foi um problema gigante , fiquei alguns meses sem a maioria dos contatos, no outro celular, consegui pegar ele de volta essa semana - Beatrice suspira resignada e eu fico em choque, sinceramente, Canadá? Ela só não perde a cabeça pois está colada no pescoço. - você é louca - murmuro em choque e em resposta, Bea ri como se concordasse.

- Eu estou aqui em Atlantic City hoje, quer sair? - Beatrice pergunta do outro lado da linha, apesar do pé inchado, eu realmente quero dar uma volta com ela, não é sempre que Beatrice está na cidade. - Claro, pode ser, só irei me arrumar - passo meu endereço para ela e vou me arrumar, coloco uma calça Jeans, uma blusa preta e um coturno para que dê um pouco de estabilidade pro meu pé.

20 Minutos depois, enquanto S/N amarrava o cabelo, a campainha toca e S/N vai atender, Beatrice sorri e abraça a amiga. - Bea  - S/N cumprimenta feliz. - e aí? - A mulher mais velha sorri, mas uma carranca toma seu rosto ao vê uma faixa discreta no pé dela enquanto S/N manca. - o que houve com seu pé? -Beatrice a olha por um momento - aproveitou tanto assim a semana? - Beatrice provocou e deu uma cotovelada leve em S/N, insinuando. Ela suspira e debate severamente se deve contar para Beatrice o que houve ou não, após suspirar, ela decide ser sincera. - estou estou trabalhando na nova pizzaria do Henry e do William, apenas vamos dizer que não foi meu melhor turno - S/N suspira e a carranca de Beatrice se desmancha, dando lugar a tristeza. - entendo...

As duas foram para uma cafeteria no centro da cidade, quando entraram, se sentaram e começaram a conversar e atualizar suas vidas uma para a outra, Beatrice comentou que estava conversando com um homem lá da cidade dela, e que ela tinha esperança. S/N comentou sobre sua vida, tentando focar nas coisas positivas e deixar as ruins menos piores.

2 horas depois

S/N teria que admitir, nessas duas horas, ela riu e se divertiu mais do que no último mês, como ela sentiu falta disso, ela e Beatrice pagaram a conta do café, quando estavam indo para o estacionamento, Beatrice parou. - S/N quer ir comigo no apartamento do Henry rapidinho, preciso entregar o presente de aniversário do Sammy, é aqui do lado, daí já passamos em alguma loja para dar uma olhada, o que acha? - Bea disse esperando sua resposta,

Que mal tem?


e aí, quem é vivo sempre aparece né? Gostaria de agradecer aos comentários e ao apoio que recebi no último capítulo, esse é meu presente pelo meu sumiço, a principio vou atualizar mais frequente nessas duas semanas, já que é férias, mas bem, é isso, obrigada por ler, além disso, por favor, digam se vocês gostam que eu coloque a música que eu ouvi enquanto escrevia. beijos.


Instagram para atualizações: maria_donasci






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⏰ Última atualização: Jul 14 ⏰

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